Uma parábola do evangelho
Numa certa parábola do Evangelho podemos ler: “Quando fores convidado vai-te sentar no último lugar, e assim, quando vier aquele que te convidou, dir-te-á: “amigo sobe muito mais para a frente”.
Tudo o que de bom acontece algures, traz, quase sempre, a marca de um homem que dedicou a sua vida, numa absoluta entrega, à resolução dos problemas da sua terra ou da sua gente, fossem eles, de que cariz fosse. Hoje, normalmente, estes homens são esquecidos ou, maltratados de toda a forma.
É contudo no domínio do social que mais se admira a grandiosidade de uma obra. Porque no desempenho de funções cada vez se percebe melhor a fragilidade da sociedade que temos, face à gravidade dos problemas sociais existentes.
Na passagem do “Ano Internacional do Idoso” (1999) sentirmo-nos profundamente chocados ao constatar que à medida que subia a esperança de vida, naturalmente subia o número de idosos, mas a capacidade de resposta por parte dos poderes instituídos, era pouco mais do que nula.
Naturalmente que não vale a pena apontar o dedo aos verdadeiros responsáveis, mas choca perceber que os responsáveis em governação, mais não poderão fazer que, pesando o mal menor, despejar os custos da bancarrota, também nos mesmos idosos. E, antolhá-los numa austeridade indigna! Roubar-lhes as reformas que pagaram!
É exatamente no domínio do amor, carinho, cuidados de saúde, físicos e morais, que um simples resguardo de conforto, para amnistiar tanto sofrimento, traria um pouco de agrado aos nossos idosos. Temos de sonhar todos os dias, porque se choras que a noite não tem sol, então as lágrimas não nos deixarão ver as estrelas!
O tempo não poderá apagar obras de grande envergadura social. O barco não poderia navegar se uma só amarra ainda o prendesse à margem.
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