UM SENHOR CHAMADO PORTUGAL
Não sei se ainda é um senhor, ou mesmo Portugal! É um país sempre à beira da bancarrota. Mais parece uma criança grande atormentada por pesadelos e muitos complexos. É tudo isto que não o deixa ser feliz como criança. Mas o presente e o futuro desta criança atormentada, que convive com tantas outras igualmente atormentadas e sem auto-estima, não depende só dos défices, dos endividamentos, das cativações, das rendas e das obras públicas! Depende acima de tudo de todas estas crianças sem auto-estima e mal almoçadas, e ainda mais dos idosos sem medicamentos, muito maltratados, com carências alimentares, que vivem neste pobre até a morte chegar. Vivem mal neste país que arde de fio a pavio! Ninguém os estima ou, sequer, os admira!
Dependem mais ainda, das suas tomadas de decisão na escolha dos políticos que governam este país. Embora nada saibam sobre aqueles em quem lhe mandam votar!
Será o caso daquela outra criança triste, desmotivada e complexada, que um dia abordou o seu professor para desabafar sobre os seus medos e angústias.
Ter-lhe-á dito: “ vivo triste e sem confiança em mim. Ninguém quer ouvir o que digo e até se riem quando falo, por favor ajude-me."
O professor prometeu ajudá-la mas, primeiro, ela tinha de o ajudar a ele. Preciso urgentemente de dinheiro, muito dinheiro. Uma moeda em ouro não chega. Pega neste meu anel e vai ao mercado. A todas as pessoas que lá encontres pede-lhes que comprem o anel. A criança, feliz por poder ser útil, assim fez. A todos pediu que lhe comprassem o anel por uma moeda de ouro.
De todos ouviu gargalhadas, palavras provocadoras e só um velhinho triste e enrugado lhe ofereceu três moedas de prata, porque mais não tinha para dar.
A criança voltou e com tristeza informou o professor do fracasso. Então o professor pediu-lhe de novo que fosse a uma joalharia e pedisse que lhe avaliassem o anel.
Assim fez o jovem. O joalheiro disse-lhe que o comprava e lhe dava 58 moedas de ouro. Todavia, informou-a de que com mais tempo lhe poderia dar 70, que era o seu valor real! O menino não vendeu conforme estava avisado pelo professor.
Informado da situação o professor replicou:” como podes ver só quem sabe avaliar consegue saber o valor real de qualquer pessoa ou coisa. É por isso que não deves importar-te com aquilo que os outros dizem de ti”. O defeito é deles.
Retomando o senhor Portugal e a sua bancarrota para longos anos, mais os défices e os endividamentos a corrigir, e os fogos a apagar, são as decisões que os portugueses tomam em democracia na escolha dos seus representantes políticos, que estão na origem do actual estado do país. Os portugueses são crianças que não têm conhecimentos para poder avaliar esses ditos políticos que lhe põem à frente. E, normalmente erram, por desconhecerem quais as qualidades que deveriam ter para desempenhar funções de tanta responsabilidade num governo.
Por esta razão, deixo uma sugestão ao Governo, se ele a quiser entender como válida.
E essa é outra história mais complicada. Bom, sugiro que com o dinheiro gasto nas auto-estradas e escolas novas, em diplomas sem validade, ordenados e reformas chocantes, se invista em formação cívica para todos os portugueses.
Formação que de uma forma muito simples, mesmo sem refeições especiais, explique o que é a política e os ideais que ela tem de atingir e como se cria riqueza e como ela deve ser distribuída por todos. Quanto a despesa, mais devagar, fugindo da bancarrota como o "diabo da Cruz". Só se gasta aquilo que temos e com moderação!
Os nossos idosos, são o símbolo máximo do trabalho de uma vida e do respeito pelos outros!
Por tudo isso, e como respeito por toda a população, os nossos idosos seriam os primeiros a ensinarem aos outros portugueses tudo à cerca de civismo e amor ao próximo. Eles aprenderam com a vida, os sacrifícios e o respewito pela verdade.
António Reis Luz