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O ENTARDECER

O ENTARDECER

Um país desinformado

 

 Não existe informação na nossa comunicação social,  e muito menos existem estudos profundos e credíveis! Passa-se a vida a discutir palavras adulteradas no seu exacto sentido, por descontextualização. Os nossos telejornais abrem, correm e fecham com polémicas estéreis repetidas dezenas de vezes, fazendo por esquecer os factos reais e as  causas profundas. Ideologias mais que ultrapassadas no mundo de hoje, têm os seus representantes, em contínuo, nas nossas casas, descaradamente sentados à nossa mesa, do pequeno-almoço ao jantar!  

Afirmou-se há meses que algumas famílias não poderão comer bife todos os dias, como faziam antes, e que outras terão de poupar mais.

Disse-se também que se os sem-abrigo aguentam, pessoas que vivem com muito menos dificuldades também podem aguentar

- O Presidente da República declarou que as suas reformas, depois dos “cortes”, não lhe deveriam chegar para pagar as despesas, tendo de recorrer às suas poupanças e às da mulher.

Que passamos a vida a discutir palavras, é uma realidade indesmentível. Outra realidade é que todas estas coisas foram ditas, por quem as disse, com mágoa e triste constatação e os órgãos de informação puseram-nas a correr com o seu real sentido desvirtuado.

Não teria sido muito mais profissional que os senhores jornalistas tivessem aprofundado cada um dos casos que põem a correr, de modo a explicar à população coisas como:

As causas da nossa triste situação, ou como pode alguém que representa o governo mais responsável neste caos, vir falar de “retoques”? Porque aumentam os desempregados? Quais as reformas que temos de fazer e porquê? Como se pode crescer sem dinheiro nem credibilidade externa, agravada pela instabilidade de rua e greves contínuas? Por que motivo toda a gente pode acumular empregos, menos a maioria dos reformados? Que governos compraram tais  automóveis? Causas do desemprego? Descontos feitos param as reformas no sector público e privado? etc.  

Tenham pena e respeito por este povo, e ajudem quem quer acabar com toda esta triste realidade para onde o país foi atirado com um estranho silêncio da maioria da nossa comunicação social!

A sociedade de consumo

A partir dos anos cinquenta, por todo o mundo se começou a sentir um excesso de consumo que arrasta um excesso de produção e, logicamente, uma maior oferta de emprego. Isto fez com que, principalmente nas grandes cidades fosse fácil arranjar uma colocação. Por outro lado o interior, de cada país começou por ficar mais despovoado com a fuga dos trabalhadores para as grandes cidades e arredores. Assim aconteceu com o nosso jovem que se foi habituando a gostar da capital. Arranjou amigos ouviu falar de política e fez como dizia Mister Churchill: “Quem aos 18 anos não é de esquerda, não tem coração e quem aos 30 não é de direita, não tem cabeça.”

Também o nosso jovem alinhou na esquerda, principalmente nas tentativas de derrubar um sistema político ao qual chamavam ditadura! Porém, as coisas não são assim tão fáceis, como adiante veremos.

O derrube fez-se e o tal sistema caiu. Contudo de lá para cá foi sempre a pior. O nosso jovem foi-se integrando na vida citadina. Perderam-se as colónias e as muitas riquezas que de lá vinham, ganharam-se centenas e centenas de retornados, logo, começou a sentir-se o desemprego. As qualidades da “democracia” não se fizeram sentir, num povo e numa sociedade mal preparada para a mudança. Fomos muito influenciados, e ainda somos, por idealismos utópicos, em queda no mundo inteiro!

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