UM ORÇAMENTO DOMÉSTICO:
Devemos fazer para cada mês um orçamento, lançando nele tanto as receitas quanto as despesas da família, este é um comportamento fundamental para organizar as contas e conquistar o equilíbrio financeiro.
Porém, se o orçamento não contemplar nem mantiver actualizados todos os itens, independentemente de serem regulares ou eventuais, tal planeamento pode ser seriamente comprometido e, até levar ao descontrole e ao nosso endividamento.
- Não se esqueça nem perca o prazo
Uma das vantagens de ter um orçamento mensal completo e mantê-lo sempre à vista é que nenhuma despesa será esquecida na hora de pagar as contas. Pelo contrário, você poderá se organizar para pagá-las sempre na data prevista, evitando a cobrança de multas e juros por atraso.
- Fuja dos gastos supérfluos
Quem planeja a vida financeira a partir de um orçamento, pode prever, logo no início do mês, os riscos a que pode estar exposto e, assim, controlar suas despesas “voluntárias”. Em geral, são gastos frequentes ou esparsos que, mesmo parecendo pequenos, quando somados viram uma quantia expressiva. Eliminando os gastos supérfluos fica mais fácil reconquistar e manter o equilíbrio financeiro.
Entre estas despesas “espontâneas” que podem ser reduzidas sem causarem maiores problemas, estão actividades de lazer, como idas ao cinema, a lanches, restaurantes e outras compras. Normalmente, agregadas a elas, também vem outras despesas, como estacionamento pago etc. Até aquela sobremesa deliciosa depois do almoço e seu sucessor, o café expresso, assim como o refrigerante e o sorvete da tarde entram no rol das despesas “espontâneas e voluntárias” e podem ser, sem culpa, sacrificados!
- Compartilhe o orçamento com a família
Assim como a fartura e a alegria, convém que o orçamento também seja compartilhado com toda a família, desde as crianças até os mais velhos. Deste modo todos ficam informados sobre os recursos, as possibilidades e os desafios e sobre o nível de participação e empenho que é necessário para que os objectivos financeiros sejam atingidos.
- Controle as despesas variáveis
Todo orçamento doméstico tem despesas de dois tipos: as fixas e as variáveis. As primeiras são aquelas “inevitáveis” e em geral de valor definido, como aluguel, condomínio, mensalidade escolar e plano de saúde, entre outras. Já as despesas variáveis são aquelas cujo valor oscila mensalmente, conforme o consumo ou o uso: energia eléctrica, água, combustível, telefone e afins. Controlando estas despesas, a economia vai ser considerável.
Em geral, não é comum conseguir reduzir as despesas fixas, já que muitas delas são estabelecidas em contrato, mas com as despesas variáveis é diferente. Basta diminuir o consumo e evitar toda forma de desperdício, como verificar as fugas na rede hidráulica, apagar a luz de dependências vazias, usar ao máximo a luz natural e desligar da tomada aparelhos eléctricos que não estiverem em uso..
No caso de uma família, a mudança de hábitos pode ser muito vantajosa no longo prazo, por meio da formação de uma cultura de uso racional dos recursos. Se os filhos aprendem desde pequenos a consumir com consciência e sem desperdícios, ganha o planeta e a saúde financeira do lar.
- Fique de olho nas metas
Outra grande vantagem de se ter um orçamento doméstico é que ele facilita planear metas e monitorar todas as etapas de seu desenvolvimento, até à sua conclusão. O orçamento, inclusive, permite fazer projecção de economias e gastos, para acertar as finanças e recuperar o equilíbrio do orçamento. Com ele, é muito mais fácil ficar de olho nas metas e corrigir atitudes e situações financeiras negativas que, se não forem alteradas, terminarão por se transformar numa irreversível “bola de neve”.
Se todos os governos do mundo gerissem as contas públicas seguindo estes pontos com rigor e verdade (sem manipulações eleitoralistas), ganhariam todos com isso! Famílias, órgãos estatais, o povo e o próprio País. Há em isto uma semelhança maior do que parece, mesmo imaginando que as Contas do Estado são desmedidamente grandes e complexas! É tudo uma questão de seriedade e verdade, mas teremos de explicar de forma simples e clara esta realidade ao povo, pois no fundo, é ele que sofre ou beneficia com a devida transparência das suas contas e com as Contas do Estado!.