REFORMAS ANTECIPADAS SEM PENALIZAÇÕES ?
As notícias postas a correr sobre esta matéria, são ultrajantes para qualquer bom cidadão atingido ou não. De resto, também o são para qualquer bom cidadão, mesmo descontando que está na hora de começarem as promessas eleitorais. Quisemos saber aquilo que o senhor ministro pretendeu informar aos portugueses, para tal demos uma volta na internet. Ficámos a perceber que ele quer lançar informações sobre assuntos para os quais já haverá entendimentos. Talvez com essa medida fique a conhecer a opinião geral dos portugueses.
Respondendo ponto por ponto, a tudo o que foi divulgado:
- Parece que quem iniciou a sua reforma contributiva antes dos 15 anos, e tem 46 anos ou mais de descontos, tem a reforma sem cortes!
Para se analisar este ponto, é fundamental separar os sexos. Para as mulheres isto é e foi, uma grande vantagem! Não tiveram que servir a pátria como os homens. Tiveram a ganhar dinheiro e a adquirir conhecimentos, para além de aproveitarem oportunidades que só de longe em longe podem surgir!
Para os homens, ninguém lhes dava emprego sem a tropa cumprida e isto, normalmente, só acontecia lá para os vinte e três anos de idade, no mínimo. Salvo para os políticos que se refugiaram no estrangeiro.
Ora, como 15 mais 46 dá 61 anos, com esta idade já estarão reformados, todos ou quase todos, com ou sem reformas antecipadas
Nota: Não esquecer que antes do 25 de Abril, os descontos eram feitos às Caixas de Previdência e elas davam conhecimento aos contribuintes da situação financeira dessas caixas. Com o 25 de Abril, essas caixas foram nacionalizadas e os seus dinheiros foram e são geridos em profundo “silêncio”!
Com excepção dos políticos e administradores empossados por eles, esses, têm garantidas, reformas douradas. Sem contribuições, há reformas “chorudas”.
"Também apurei que o Governo decidiu avançar desde já, com uma iniciativa legislativa, que aprovará brevemente, as medidas que têm a ver com a despenalização das muito longas carreiras contributivas". Parece já haver para tal, um "acordo generalizado" entre os parceiros quando a esta matéria.”
Aqui merece destaque a falta de respeito que levou (alguém) a promover tais penalizações!
Que se quis fazer com isto? Penalizar um trabalhador contribuinte por não ter morrido cedo? Uma alegria para gente que pagou as reformas de tantos outros trabalhadores, e que está viva entre nós! Já não se fala de méritos ganhos profissionalmente. Pois entre mortos já não haverá méritos a premiar! Contudo, espera-se que não haja esquecimento daqueles que mais pagaram para a concretização destas reformas pagas…. Reformas nunca actualizadas quanto ao factor inflação, pois de outra forma se iriam desvalorizando com o passar dos anos.
- Também se publicou, que nesta primeira fase estão em causa 15 mil pessoas e que a medida terá um custo anual de 49 milhões de euros.
É estranha esta preocupação dos valores envolvidos! Quanto aos trabalhadores e seus empresários pagaram mais ou menos, mensalmente, 30% do vencimento envolvido!
Que dizer a este respeito das reformas praticadas na Função Pública?
- Igualmente, parece já haver um "acordo generalizado" , entre os vários parceiros, quanto a esta matéria.
Falando de acordos, quem teria inventado as ditas reformas antecipadas? Não passará pela cabeças de ninguém que tenham sido os próprios trabalhadores a incentivarem tal medida das reformas antecipadas! Serão certamente reformas políticas. Então porquê? Já não sou jovem e lembro-me de no gabinete ao lado do meu, ter sido aberto outro gabinete, com gente alheia à minha empresa. Foi este gabinete que pela idade dos empregados os foi chamando e lhes explicou o que eram as “reformas antecipadas!
Como se tratava de uma empresa muito grande e com muito prestígio, este trabalho acabou por levar a reformas antecipadas, mais de 10 mil trabalhadores de uma assentada! Tudo gente para cima dos 50 anos de idade! Este processo estendeu-se por muitas de outras empresas!
Somos levados a pensar na criação, em simultâneo, da instalação de muitas novas universidades no País. Estas, davam trabalho a licenciados e desempregados. Então, ao jeito, bem português, era só tirar uns e meter outros. Os bancos do jardim nunca tiveram tanta gente lá sentada. Totalmente desaproveitada.
Só que fazer um empregado especializado leva a gastar muito dinheiro e muitos anos a conseguir, e estes licenciados, apareciam muito carecidos de tudo. Os trabalhadores atingidos, eram entrevistados e era-lhes dito o valor da reforma que traziam. Mas eram-lhes ocultados os cortes posteriores desconhecidos, a não actualização da inflação nas reformas etc.
Alguns já postos à prova não aceitavam e era gente popular, talvez escolhida. De algum modo ficavam isolados! O seu caso, chamava a atenção dos muitos ainda por chamar!
A percentagem de aceitação foi muito grande.
Então, feita a troca, concluiu-se demora na total cobertura do trabalho que era feito por quem saiu para sempre, sem um único obrigado!
Alguns desempregados arranjaram emprego. O Estado deixou de pagar subsídio de desemprego. Os políticos gabavam-se de terem diminuído o desemprego, sempre importante com eleições à vista. Os empresários perdiam temporariamente para se equilibrarem mais tarde. De novo o Estado, com mais ou menos impostos, lá ia caindo onde está actualmente. Altamente endividado!
Com o pagamento das reformas a curto prazo, seriamente comprometido! Os trabalhadores com reformas altamente desvalorizadas! Vergonhosamente cortadas e, ano a ano, a valerem menos.