RÃS E SAPOS
A morfologia das rãs é única entre os anfíbios. Comparando com os outros dois grupos de anfíbios, salamandras e gimnofiónios, as rãs são invulgares porque não têm cauda como adultos e as suas pernas são mais apropriadas para saltar do que andar. O habitat das rãs estende-se por quase todo o mundo, com a exceção da Antártida e não estão presentes em muitas ilhas oceânicas.
Populações de rãs têm estado em declínio drástico desde a década de 1950: acredita-se que mais de um terço das espécies estão ameaçadas de extinção e mais de 120 espécies são suspeitas de estar extintas desde 1980. A perda de habitat é uma importante causa de declínio populacional em rãs, tal como poluentes, alterações climáticas, a introdução de espécies não indígenas predadoras/competidoras. Um estudo canadiano realizado em 2006, sugeriu que o tráfego intenso perto de habitats de rãs é uma grande ameaça para as populações de rã. Em alguns casos, têm sido tentados programas de reprodução em cativeiro para aliviar a pressão sobre as populações de rãs, e estes têm tido êxito. Zoos e Aquários de todo o mundo chamaram a 2008 o Ano do Sapo, para chamar a atenção para as questões de conservação.
Supostamente com usos na agricultura e na investigação as rãs são criadas comercialmente para vários fins. São usadas como fonte de alimento; pernas de rã são uma iguaria na China, França, Filipinas, no norte da Grécia e em muitas partes do Sul dos Estados Unidos, especialmente no Louisiana. Rãs mortas são por vezes usadas para dissecção nas escolas secundárias e aulas de anatomia da universidade Na década de 1990, a Europa importou 6.000 toneladas de pernas de rã. Entre 1981 e 1984, os EUA importaram mais de três milhões de quilos de pernas de rã a cada ano. Isto é aproximadamente equivalente a 26 milhões de animais.
As rãs têm servido como organismo modelo e importante em toda a ciência. O biólogo do século XVIII Luigi Galvani descobriu a ligação entre a electricidade e o sistema nervoso através do estudo de rãs. Têm sido usadas também em investigação sobre a clonagem etc.
Dentro das crenças culturais, as rãs e sapos têm um lugar de destaque no folclore, contos de fada e cultura popular. Eles tendem a ser retratados como benignos, feios, desajeitados, mas com talentos ocultos. Exemplos incluem O Príncipe Sapo e Cocas, o Sapo caracterizado no desenho animado “One Froggy Evening”, só executa a sua rotina de cantar e dançar para o seu dono. Mal outra pessoa olha para ele, ele volta a uma pose de sapo. "O Príncipe Sapo" é um conto de fadas de um sapo que se transforma num belo príncipe uma vez beijado. Cocas, o Sapo, por outro lado, é um personagem consciente e disciplinado dos Os Marretas e Rua Sésamo; enquanto abertamente simpático e muito talentoso, ele é frequentemente retratado como submisso em relação ao comportamento fantasioso dos personagens mais extravagantes. O povo Moche do antigo Peru adorava os animais e muitas vezes representava as rãs na sua arte.