QUEIJAS, DE CANDEIAS ÀS AVESSAS
QUEIJAS, DE CANDEIAS ÀS AVESSASNas últimas autárquicas (2005), um candidato falou muito na expressão indicada no título deste artigo. Talvez por isso, de lá para cá, Oeiras, Portugal e o próprio mundo, parecem estar de “candeias às avessas”.
No Jornal de Oeiras (2006-Junho) li um relato descritivo, sobre aquilo a que chamaram “Inauguração da Alameda de Queijas”. O Presidente da CMO elogiou o construtor e claro quis ser o protagonista desta inauguração. Teresa Zambujo também o quis ser, todavia durante a campanha autárquica de 2005, viu um “out door”, que aludia a esse facto, colocado em Queijas, mesmo em frente do Posto Policial, pela calada da noite, um carro abalroar toda a estrutura desse “out door”, danificando tal intenção.
Em boa verdade esta Alameda, deveria ter sido inaugurada no final dos anos oitenta do último século, data em que foi inaugurada a mancha A da Cooperativa Cheuni, anexa a essa alameda. Não foi e foi muito estranho que se tivessem dado licenças de habitação a todas aquelas habitações, com aquela área repleta de cardos, mato e lixo de todo o tipo! Se a responsabilidade de fazer tal alameda seria da CMO ou da Cooperativa Cheuni, tanto importa. A verdade é que ela tardou muito, mas existe, quanto à paternidade vamos mais DEVAGAR. Em Assembleia de Freguesia de 1999, foi lançada a enorme vontade de a fazer. Todos os partidos deram a sua colaboração. As propostas foram para a CMO e o Presidente da Junta de então, acompanhou todos os detalhes da sua concepção. Até da sua realização. Foram os seus impulsionadores.
Já em 1998 foi lançado pela Junta um concurso, sobre o nome da pessoa dado à sua rua. De todos os trabalhos apresentados, salientou-se o de uma menina de seis anos, moradora nesta alameda, à data uma verdadeira lixeira! Passo a transcrever o seu trabalho:
Cada Rua uma História – Alameda de Queijas
Acompanhando um desenho podíamos ler; era assim que eu gostava que fosse a minha rua. A minha rua tem um espaço cheio de ervas, mesmo em frente da minha casa. Eu gostava que tivesse um parque. Se tivesse um parque podíamos brincar e jogar à bola. Nesse jardim podia haver um escorrega e baloiços, assim como uma coisa para trepar. Devia também ter bancos para a minha avó se sentar a bordar com as suas amigas. Eu gostava que tivesse um lago com nenúfares, peixes e rãs e muitas flores para as abelhas tirarem o mel. Podíamos plantar muitas Árvores, que seriam bonitas como os pinheiros do meu avô. Há muitos anos quando o meu avô veio morar para esta rua, ele plantou uns pinhões na terra. Agora temos três grandes pinheiros que dão muita sombra. Ao pé dos pinheiros, o meu avô também plantou rosas. Há outras pessoas na rua que plantam árvores bonitas ….. . Mas não é a mesma coisa. Se houvesse um parque todo arranjadinho a minha rua ficava mais bonita e os meninos de Queijas teriam um sítio grande e bom para brincar … ficávamos todos mais contentes. Catarina Flores Henriques – 6 anos!
Esta criança é que merece a paternidade da Alameda de Queijas. É por isto que vale a pena ser autarca, não por qualquer feira de vaidades ou paternidades.
António Reis Luz