QUE GRANDE ROLHA!
E se não houvesse artigos assinados. Tanto na política como na economia, mesmo na área cultural ou no desporto. Os autores escreveriam o que realmente pensassem, sem temer represálias políticas, sociais ou profissionais. |
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Enquanto esse dia não chega, mas vai chegar, um governo neste sistema, promoveria debates sobre a reforma do Estado em que os participantes falavam à vontade, porque sabiam que a autoria das intervenções estaria salvaguardada por um acordo de confidencialidade.
Sem isto, o que temos é uma forma encapotada de (auto) censura?
Em Portugal, o medo de se dizer o que se pensa é tristemente real. A ‘lei da rolha’ na discussão pública não mostra a doença deste governo.
Mostra, uma coisa mais grave, a doença deste País: uma cultura de cobardia (e de hipocrisia) em que só, sob anonimato, se dizem as verdades.
Verdades encapotadas, meias verdades mais que envergonhadas e principalmente muitas mentiras descaradas. Também traições à família, ao sistema e principalmente ao povo. Do povo sem emprego, nem uma palavra. Dos reformados sem as reformas que pagaram, e que são roubadas para pagar uma dívida externa sem limites, também não!
QUE GRANDE ROLHA PRECISAMOS NÓS!