QUAL DIREITA?
MUDANÇA PORQUÊ E PARA QUÊ?
Talvez cansadas da normalidade, as sociedades humanas parecem estar, ou estarão de facto, em permanente mudança! Tal mudança decorre em boa parte de um modo escondido, embora a parte restante, seja possível ser reconhecida por qualquer humano no seu dia-a-dia. Porque decorrem estas mudanças já será de explicação mais problemática. Todavia, a fome de mudança gira à volta de tudo aquilo que envolve o ser humano.
José Sócrates garantiu que o acordo com a troica da UE/BCE/FMI não levará a mais cortes nos ordenados da função pública nem nas pensões mais baixas. Portugal pode ficar nos 5,9% de défice este ano. E o empréstimo é de 78 mil milhões de euros.
Em boa verdade estes números escondem milhares de milhões de euros, porque através de desorçamentações endiabradas (PPP), e mil e um artifícios financeiros, a realidade é que nos próximos 30/40 os portugueses viverão a PAGAR DÍVIDAS que ele fez! E como acima se lê, a sua grande preocupação é proteger a função Pública (sem, cortes, pois, ela significa numerosos votos! Já o mesmo não aconteceria aos reformados, ou melhor só não aconteceriam “cortes “nas reformas mais baixas), os outros, seriam esmagados nas reformas’, que pagaram a si próprios e a muitos milhares de outros reformados. O economista indicado por Pedro Passos Coelho para acompanhar as negociações com a tróica lembrou que o PEC4 atacava um milhão de pensionistas. "Uma tragédia nacional que será certamente dissecada nas próximas semanas".
Falemos agora dos partidos socialistas na Europa, coisa que a nossa CS parece querer ignorar: O que ela não vê, é o mais importante: o consistente declínio dos socialistas. O Partido Popular Europeu perdeu deputados, tal como os perdeu o grupo socialista S&D (curiosa sigla), mas no Parlamento Europeu saído das eleições de 25 de Maio o centro-direita e a direita (conservadores, democratas-cristãos, liberais) têm a maioria absoluta.
O declínio do socialismo começou há anos e a sua passagem ao caixote de lixo da história é uma tendência consistente. Desde 2008 que os socialistas europeus esperaram em vão amealhar à conta de uma crise do capitalismo. O que os eleitores lhes disseram, em vez disso, foi que uma crise do capitalismo, da economia de mercado - da liberdade, em suma - se cura com capitalismo melhor, mais mercado na economia e a preservação da liberdade. Espanha, Irlanda, Alemanha, e a maioria dos países de Leste (mais lembrados dessa face totalitária do socialismo que ainda encanta 10% de portugueses) fortaleceram a vitória conservadora na Europa. Na França que tanto alimentou as bibliotecas e as pulsões jacobinas da nossa esquerda, o PC desapareceu há muito e os socialistas foram reduzidos a uns piedosos 14%.
Os socialistas portugueses iludem a questão falando de «políticas de crescimento» e «políticas para as pessoas», chavões sem sentido porque não há dinheiro para pagá-los. Pior, essas políticas foram tentadas por Sócrates, com o investimento público irresponsável que levou o país ao resgate de emergência e à atual austeridade. Ou seja, verificamos dolorosamente que essas políticas não conseguiram crescimentos e prejudicaram gravemente os portugueses.
Margaret Thatcher foi cruel ao dizer que o socialismo acaba quando acaba o dinheiro dos outros. A «solidariedade», outro chavão socialista para referir o dinheiro dos outros, também não virá da Europa. Não virá da Europa, sobretudo, nessa aceção de dinheiro a fundo perdido para ser gasto por quem não produz. Na Europa saída das eleições de 25 de Maio, as políticas perdulárias não têm hipótese alguma.
Na campanha em marcha, ouvimos António Costa a ludibriar os eleitores chamando, desdenhosamente à Coligação Governamental, de direita PORTUGUESA!
A verdade nua e crua, é de que em Portugal não há direita, o que temos, é:
Extrema-esquerda
Esquerda
Centro Esquerda
Centro Direita.
Pois é, em Portugal não há direita nem extrema-direita, aquilo que António Costa sabe perfeitamente. Mas nisto, e em tudo de que fala há uma clara intenção de enganar os eleitores, enquanto pela Europa fora muitos países já votam maioritariamente na direita e extrema-direita!
Na Grécia acabamos de ver em 20-09-2015 os seguintes resultados:
21h14: DADOS OFICIAIS (61,69% dos votos contados, com uma taxa de abstenção próxima dos 45%)
Syriza: 35.44% (145 deputados)
Nova Democracia: 28.27% (75 deputados)
Aurora Dourada: 7.07% (19 deputados)
PASOK: 6.40% (17 deputados)
Partido Comunista Grego (KKE): 5.43% (14 deputados)
To Potami: 3.98% (11 deputados)
Gregos Independentes: 3.66% (10 deputados)
Esta é a plena confirmação, daquilo que se escreveu acima, o partido socialista grego, anda de mão dada com o partido comunista, só em Portugal e apesar das três “bancarrotas” os portugueses parecem continuar a querer levar Portugal para mais um desastre! Isto não tem perdão….