PREMIAR O MÉRITO
O Pleno emprego português é uma pura ficção, porque é decorrente de uma legislação laboral cheia de rigidez. Seria possível alcançar uma produtividade 15 ou 20% superior com uma menor ocupação de trabalho e mais um pouco de desemprego. “ Todos nós percebemos que em determinados locais de trabalho a mesma função podia ser desempenhada mas com muito menos gente. Mas como se privilegia o emprego acima de tudo, no sentido cristão do termo, os salários são baixos e a produtividade também”.
A luta por um pleno emprego, tem impedido a modernização da economia, porque um país que está auto-suficiente e que não cria circunstâncias para “motivar as pessoas a lutar pela vida”, está a investir no seu atraso. “As pessoas que têm de lutar pela vida não estão à espera que o Estado paternalista lhes venha resolver tudo.”
Existem muitos casos de empresas que não se importavam de contratar certas pessoas, mas muitas destas recusam os empregos porque têm o rendimento mínimo garantido”. Um segundo emprego ainda se consegue para quem for visivelmente produtivo. Ou então, aqueles que têm confiança nas suas capacidades de trabalho, emigram e largam um trabalho que sabem não os merecer. Por outro lado existem líderes políticos que só olham para projectos que “enchem o olho”, como por exemplo: Ordenado mínimo mais alto, igualdade entre homens e mulheres etc. São projectos que motivam muita gente a votar num partido, e ninguém lhes explica que por este caminho as nossas empresas só perdem competitividade! O país, em virtude deste caminho eleitoralista, sai igualmente prejudicado. Por outro lado, os trabalhadores mais produtivos, desmotivam-se e alinham na produção mais baixa!
Aqui, torna-se de extrema importância a mentalidade do empresário. Deseja-se que não seja um déspota, mas sim quem saiba motivar e estimular com quem ele trabalha. Só que a maioria dos trabalhadores são agentes passivos e por isso pouco produtivos. Para inverter esta situação, torna-se necessário que os trabalhadores estejam minimamente conhecedores dos valores que a sua empresa pode oferecer por uma entrega maior. Torna-se necessário que eles sintam que sempre que produzam, mais serão recompensados. Finalmente, as pessoas deviam ser avaliadas pelo seu real desempenho e se produzem mais criando mais valor, deviam ser recompensadas por esse facto.
Só que segundo o que se observa, os sindicatos favorecem a igualdade salarial e são contra a individualização das remunerações. Seria óptimo que políticos, empresários e trabalhadores na luta pelos seus objectivos salariais ou outros, nunca esquecessem os interesses nacionais que devem servir para socorrer e proteger todo a população na saúde, segurança e diversas anormalidades que podem ocorrer, independentemente da idade, do estado de saúde, ou demais adversidades que infelizmente sempre ocorrem. Acima de tudo, deve-se sempre premiar o mérito e disto ninguém se pode esquecer.