PAIS EXIGEM REVOLUÇÃO
NO MODELO DE ENSINO –
O descalabro nos resultados das provas de aferição leva os encarregados de educação a pedir mudanças urgentes ou seja, contestam o modelo do autocarro na sala de aula, com todos os alunos a olhar para as costas dos colegas!
É certo, que estamos a competir mundialmente com uma série de países - não é só a China, são os EUA, a Inglaterra, a Polónia - que têm, em muitos aspectos, uma educação mais exigente que a nossa e com melhores resultados que a nossa. Isso significa que temos de recuperar o nosso atraso. E, nesse sentido, ao vermos uma percentagem tão elevada de negativas e possíveis reprovações, significa que ainda temos um longo caminho a percorrer. Caminho esse, a ser realizado sem falarmos na educação dos governos anteriores!
Somos um país que ainda luta contra o abandono escolar e que tem altas taxas de reprovação... É verdade. Deveríamos ter feito grandes progressos nos últimos anos e isso não aconteceu, desse facto deveriam ser responsáveis os professores, os directores e as escolas. Não conseguimos baixar a taxa de abandono nos últimos quatro anos. Por outro lado fizeram-se mexidas ao sabor do nosso individualismo, sem respeito pelo esforço dos anteriores responsáveis e de uma continuidade sempre de respeitar.
O importante é o seguinte: não podemos mascarar a realidade em relação à educação, pelo contrário, devemos reconhecer a realidade, actuar sobre ela, ser mais ambiciosos e querer que os nossos jovens saibam mais. Não podemos olhar para os resultados educativos que são ainda fracos e pensar "vamos mascarar esta realidade" seja eliminando avaliações, ou baixando o nível dos exames e das provas, ou simplificando os programas. Não podemos pensar assim, devemos pensar ao contrário. Temos de pensar que os nossos programas devem vir a ser ainda mais ambiciosos, que os nossos jovens devem saber ainda mais.
As Associações de pais defendem ainda, que é preciso incentivar as crianças no gosto pela descoberta. Numa mudança feita com calma mas com alma e serenidade, envolvendo todos os intervenientes, no respeito pelos anteriores responsáveis e no desejo de melhor futuro, acima de tudo sem politizações neste campo do ensino e das crianças repletas de sensibilidade.