“ Os partidos e os interesses “
“ À medida que a sociedade avança, os factores de distorção do nosso regime são cada vez mais notórios e mais limitativos do exercício da democracia representativa, tal como foi pensada e praticada, durante anos e anos, nas mais diversas nações.
Os partidos são pressionados por dois tipos de interesses perfeitamente distintos. De um lado, os pequenos interesses, representados por aqueles que dominam as suas estruturas e as fecham à sociedade e, do outro, os grandes interesses representados pelos que dependem dos seus negócios com o poder, seja ele central, regional ou local. Os primeiros são os principais responsáveis pela degradação da qualidade da classe política. Os segundos, por decisões, cujo principal pressuposto não é o interesse público, mas sim outro, normalmente antagónico. Um e outro degradam o regime, retiram-lhe eficácia e prejudicam sobremaneira o regime. “
Se pensarmos que os partidos são o alforge dos políticos destinados a pôr em prática as políticas representativas do melhor para o país e para os portugueses. Se pensarmos que estes mesmos políticos, muitas vezes, aparecem nestas posições apoiando-se em procedimentos do género exemplificado nas transcrições que fizemos.
Acaba por crescer em nós um sentimento de grande desilusão.
A situação é deveras comprometedora para o país e para a classe política e toda a gente com responsabilidades na governação finge não saber!
FiIguras políticas da nossa governação, colocadas perante situações de fraudes praticadas por pessoas da sua esfera de influência, na presença de centenas de militantes, preferiram defendê-los e defender-se. A verdade não conta, mesmo quando se apregoam virtudes ao País!
"O líder da distrital do PSD de Lisboa, Pedro Pinto, vai ciar um grupo para tomar medidas contra a "compra" de votos em eleições internas. A decisão surge depois de relatos de transporte de militantes para irem votar. "
CM - 22- Julho-2017