OS DESPROTEGIDOS DA SORTE
O garoto. A rua. O pai doente, tuberculoso. A fome. Vamos parar um bocadinho. E agora? O mal é mais profundo, hoje!
Muitos ficam admirados e não querem acreditar que o mal tem avançado. O garoto, que em tempo, andava pela rua, o que era um mal, mas ele sentia-se ligado a alguém. Hoje, é um dos muitos sem-abrigo.
Negar ao homem o direito de exercer a sua humanidade é transferi-lo para a condição animal, aonde há a mesma luta pelo presente, dos que não acreditam no futuro e muito menos fazem planos para ele. Resgatar a cidadania de um homem é entender a espécie humana, seus anseios, suas fraquezas e idealizar uma solução, a mesma que se tornará um desejo público. Isto é, a única arma que une todos os mecanismos necessários para que o ciclo social aconteça, neste caso tirando a invisibilidade dos moradores na rua perante os outros cidadãos, devolvendo-os à sociedade, fazendo com que os seus direitos e deveres possam ser cumpridos de forma digna, reinserindo-os nas condições dignas de sobrevivência fazendo que o instinto animal apurado pelas situações de risco das ruas, se torne um passado.
As bombas e os canhões, podem matar os famintos, os doentes, os ignorantes, mas não podem matar a fome, as doenças, e a ignorância.
Agora, meu Deus, a legislação sobre os animais de estimação, para os donos lhes garantirem o seu bem-estar, mais não é que uma provocação doentia! Embora a medida seja justa.
Na idade escolar, no crescimento e desenvolvimento da criança, a alimentação saudável é um dos factores determinantes para o normal e concordante crescimento, desenvolvimento e promoção da sua saúde.
Mas para muitos milhares ou milhões de pessoas, também o é! Se há dinheiro para uma alimentação escolar saudável, porque razão não há para tanto idoso com reformas de miséria? Para tanto sem abrigo? Para tantos desempregados e famílias numerosas?
A preocupação é justa, mas um pouco de sensatez também seria de exigir nestas medidas chocantes!