O ZÉ POVINHO
Rafael Bordalo Pinheiro, vai a caminho de dois séculos, sentiu absoluta necessidade de criar uma “figura” bem representativa do português comum.
Ficou tal figura conhecida até aos nossos dias por Zé Povinho.
De calças remendadas e botas rotas, é a eterna vítima dos partidos apesar de ir dando a vitória ora a um, ora a outro.
O sucesso obtido foi tão grande que Bordalo acabou por recriar no barro, em tinteiros, cinzeiros e apitos, a figura símbolo do povo português, lado a lado com a inseparável Maria da Paciência, velha alfacinha alcoviteira.
Desde então é o “Zé Povinho, que motivado única e simplesmente pelo interesse comunitário, trabalha em prol das suas actividades, sejam elas religiosas, profanas ou culturais.
É o Zé Povinho que sem estudos e diplomas, após um dia de trabalho árduo vai à igreja, ao clube para reunir, planear e organizar procissões e festas etc.
Entretanto vai-nos dizendo: “ aguento como posso, e quando as coisas me irritam, encho-me de força, de tal forma que já me quiseram chamar Maria da Fonte. Mas eu acho que sou apenas eu - o POVO.”
O meu nome é Zé Povinho, pois então.
“Represento, na perfeição, todas as características do nosso povo sejam elas boas ou más.”