Para se poder gerir com eficácia o nosso país, seria impossível fazê-lo sem o auxílio de um Banco de Dados à escala nacional. Muitas coisas, os portugueses desconhecem de Portugal mas, o PORDATA já é, mais ou menos, do conhecimento público. De lamentar que, com um Estado Monstro, não tivéssemos este precioso auxiliar, tão essencial, que foi levado a cabo por uma entidade privada!
Onde pára o nosso serviço público?
Todo o negócio, seja ele pequeno, médio ou grande, tem como maior objectiva o lucro (no Estado isto é discutível).
Chegar aos melhores resultados, principalmente quando à frente desse caminho surgem os complicados desafios que, hoje, enfrentam as empresas de transporte rodoviário e urbano de pessoas, não é tarefa fácil. O aumento da concorrência direta, indireta e, inclusive, as condições das estradas; a falta de segurança; o o preço dos combustíveis, as várias questões relativas à legislação existente e o próprio momento político e económico, são factores que não podem ser deixados de lado. A crise do actual modelo de urbanismo, (as Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto, fizeram enriquecer milhares de pessoas!), em vez de um todo, ligado com harmonia, temos um total desordenamento, altamente dispendioso!
As mudanças políticas, sociais e económicas à escala mundial, requerem um novo esforço de organização desse espaço urbano, do transporte público, privado e de um trânsito sem loucuras. Congestionamentos crónicos, que originam a redução e desordenamento da oferta do transporte público, a queda da sua mobilidade e acessibilidade, a degradação das condições ambientais e os altos índices de acidentes de trânsito, são o cenário presente em muitas cidades e vilas. O inadequado modelo actual de transporte urbano é um fator agravante, gerando elevados dispêndios e atraso no desenvolvimento económico da sociedade. As cidades e vilas portuguesas, como de resto muitas outras de países desenvolvidos ou em desenvolvimento, foram transformadas, nas últimas décadas, em espaços virados para o automóvel. O transporte próprio dominou o panorama urbano. O número de carros foi sempre crescendo, definindo-se como a única alternativa eficiente de transporte para as pessoas. Mesmo para as pessoas sem grandes recursos financeiros. O sistema viário foi adaptado e ampliado, com elevados gastos de erário público, para garantir melhores condições e fluidez. Todavia, a situação do trânsito não teve melhoras, antes pelo contrário! Isso, teria resolvido muitos problemas. Os Sistemas Urbanos de Transportes, vivem crises cíclicas, em virtude, principalmente, da incompatibilidade entre custos, e receitas e das deficiências na sua gestão e operacionalidade. Em breve surgirão os impactos da escassez do crude.
A implementação dos Sistemas Interligados de Transporte Urbano, nunca foi uma realidade em Portugal. De resto, a falta de comunicação e diálogo entre operadores e utentes tem sido tão grande que nem os próprios funcionários das empresas concessionárias sabiam, muitas vezes, precisar a veracidade das informações que circulavam e, ainda, precisar o prazo para as mudanças urgentes.
De bem imprescindível, o transporte público transformou-se num mal necessário para as pessoas que não podem dispor de um automóvel. Mesmo para as que podem, os dias estão chegando ao fim.