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O ENTARDECER

O ENTARDECER

O QUE ACONTECEU A ESTE PORTUGAL?

 

Fui criado com princípios morais comuns a toda a gente. Sonhei com a liberdade e a justiça social.

Pela mão dos meus pais, professores, avós, tios e vizinhos percebi que a Justiça estava ao serviço das vítimas e da Comunidade. Tínhamos medo apenas do escuro, do “papão”, de filmes de terror e da polícia política. Hoje temos a justiça, os pedófilos, os terroristas, os compadrios públicos, os fiscais das repartições de finanças …. Justiça para gáudio processual de advogados de luxo? Liberdade ou libertinagem?

Garantias de defesa, ou evitar que se faça justiça? Julgamento da Casa Pia, ou decidido nos telejornais e por mensagens de telemóvel a 20 cêntimos?

Negociar com terroristas em nome da paz ou dizer “BASTA” aos cobardes e anafados da política? Diálogo e tolerância para criminosos e deveres ilimitados para cidadãos pacíficos e honestos? Amnistiar os que devem ao fisco e suspeitar permanentemente de quem paga os seus impostos, será esse o nosso futuro?

Que VALORES temos nós hoje? Que ELEIÇÕES temos nós hoje?

Você sabe quem é o 7.º candidato da lista do PARTIDO em que você vai votar nas próximas eleições? De que me serve um aumento de 3 euros na minha pensão? Porque é que as disparidades sociais nunca foram tão gritantes como hoje o são? Você sabia que em 23 de Abril de 2004 o CDS, PSD e PS fizeram uma revisão constitucional que submete a Constituição Portuguesa a qualquer Constituição Europeia que venha a ser aprovada por Bruxelas? Que eles não foram capazes de alterar as leis eleitorais só para continuarem a eleger-se a eles próprios?

Que 25 de Abril foi este que comemoramos?

Quando foi que esqueci o nome do meu vizinho? Quando foi que olhei nos olhos de quem me pede roupa, comida, calçado, sem sentir medo?

Quando foi que me FECHEI?

Quero de volta a minha dignidade, a minha paz, a minha LIBERDADE. Quero LIBERDADE com SEGURANÇA!

Quero tirar as grades da minha janela e ter a porta aberta nas noites de verão. Quero honestidade como motivo de orgulho. Quero a rectidão de carácter, a cara limpa e os olhos nos olhos.

Quero a esperança, a alegria. Abaixo o “TER” viva o “SER”! Quero discordar do absurdo e da mentira em que vivemos.

UTOPIA? NÃO  ….    

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