“ O Padrinho e os Afilhados “
“O major Valentim Loureiro portou-se como um verdadeiro padrinho em relação aos seus dois afilhados predilectos. No caso do afilhado mais novo , João Pinto , “ garantiu “ que não tinha agredido o árbitro . Ele não tem a mínima dúvida de que tudo não passa de uma “ tentativa de crucificação pública “.
Coitado do João Pinto, como todos sabem, a imprensa desportiva está sempre a atacá-lo. Perante o pormenor de o árbitro ter escrito no relatório que tinha sido agredido, o major teve a resposta extraordinária:
“ Os árbitros escrevem o que quiserem nos relatórios “.
Aí está, o presidente da Liga deu o exemplo para o próximo campeonato: se os relatórios não agradarem, todos podem dizer que os árbitros escrevem o que querem. Vai ser bonito! Para o segundo afilhado, António Oliveira, teve as seguintes palavras:
“ Ele merece continuar o projecto inciado há dois anos “ .
Que ninguém tenha dúvidas, o Sistema “ vai fazer tudo para manter o Oliveira na selecção.
Vão começar a dizer que o “objectivo”, apurar Portugal para o Mundial, foi alcançado. Para 2004 isto não chega, visto que os portugueses já estão apurados. Como país organizador, Portugal tem que aspirar a ser campeão. Para isso, já se viu que Oliveira não serve. Se os Loureiros e os Mandailes deste país insistirem na “ besta bestial “, proponho uma revolta popular: no próximo jogo particular da selecção ninguém vai ao estádio. A imagem de um estádio vazio num jogo do país organizador obrigará a despedir o treinador. A ideia é muito simples. Dado o peso da Olivedesportos na Federação, Oliveira só irá para a rua quando perceber que o seleccionador Oliveira está a dar prejuízo ao “ empresário “ Oliveira.”
INDEPENDENTE - 21 de Junho de 2002