O Orgulho numa História
Decerto que não existiram no país idealizado muitas quintas que se possam orgulhar de ter uma história tão completa, tão interessante, e sobretudo ininterrupta, ao longo da vida do seu país.
A Quinta, situada no centro do país, talvez vinda da pré-história, atravessou a Monarquia, sobreviveu ao Liberalismo, passou pela República, ultrapassou uma Revolução em 1974 e, embora combalida com o aumento dos custos laborais, continuou de pé.
Se analisarmos a Quinta no tempo que decorreu, podemos rebuscar as suas origens e dos seus primeiros habitantes e traçar as etapas por que passou esta Quinta ao longo de muitos séculos, ao longo dos vários reinados, e até durante várias gerações de algumas famílias que a possuíram, sempre que tal foi possível.
No espaço, procurando estabelecer uma ligação entre os homens que habitaram esta quinta e as suas marcas deixadas no terreno; quer construções, quer culturas agrícolas, algumas das quais, como é o caso da vinha, dos cereais e da oliveira, que ainda chegaram aos nossos dias.
Por força de uma Revolução Liberal ocorrida, foi decretada a extinção das ordens religiosas e a nacionalização das suas casas e bens. Inicia-se a venda em "hasta pública" dos bens nacionais. A Quinta foi arrematada na Junta da Crédito Público por um cidadão endinheirado.
Os donos vendem a Quinta em 1831- a um oficial que veio da Alemanha, para servir como alferes no Regimento de Lanceiros da Rainha.
Em 1929 um seu familiar continua a exploração da propriedade.
Na entrada do século XX - A Quinta, uma das mais importantes do país, continuava na posse dos descendentes do oficial alemão. Ainda dobrou a primeira metade deste século!