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O ENTARDECER

O ENTARDECER

O Novo Testamento

 

Como é sabido Cristo não deixou nada escrito, daí tudo o que dele sabemos em torno da sua personalidade é aprendido através dos escritos dos seus discípulos. Assim, Paulo de Tarso, na Cecília, fora um zeloso e inteligente israelita. Não conheceu Jesus durante a sua vida terrena, mas, convertido ao cristianismo e mudando o seu nome de “Saulo” para o de Paulo, tornou-se o maior apóstolo do cristianismo. No Velho testamento, Deus, tinha dado aos homens a lei que não tirava o pecado. No Novo Testamento, Deus mediante a graça de Cristo, tira o pecado do mundo.

Os Evangelhos são quatro:

De Mateus, Marcos e Lucas – são considerados sinópticos – formam um grupo à parte, por certa característica histórica e didática, que os torna comuns e os distingue do quarto Evangelho, o de João, de carácter mais especulativo e genérico.

A solução do problema do mal

Não há dúvida de que o problema do mal foi o escolho contra o qual se bateu, debalde, a grande filosofia grega, como qualquer outro, visto ser o mal um problema racionalmente insolúvel. Devemos considerar naturalmente, o mal físico e o mal moral, e este totalmente relacionado com o homem. É antiga e famosa a contradição: de que modo pôr de acordo a sabedoria e o poder de Deus com todo o mal que há no mundo, por Ele criado?

O Pecado Original

Acredita-se que o Homem teria participado – com uma natureza extraordinariamente dotada – da vida de Deus, teria gozado de uma espécie de deificação, não por direito, mas por graça. Todavia – devido a uma culpa de orgulho contra Deus, cometida pelo primeiro homem, Adão, do qual pela natureza humana, devia descender toda a humanidade. Teria, assim, o homem perdido toda a harmonia e dignidade sobrenatural, juntamente com os dons conexos. Por estes motivos existem uma espécie de enfermidades e um enfraquecimento espiritual e físico no ser humano, desde o nosso nascimento, e que deve, por conseguinte, ser herdado. Basta lembrar como pela lei da hereditariedade se podem transmitir doenças físicas e morais: deficiências que não dependem dos indivíduos.

Redenção pela cruz

Mas, que sentido tem o mal no mundo? Conseguiu o homem, mediante o pecado, frustrar o plano divino da criação? Conseguiu o próprio mal prejudicar o poder divino? Tudo isto se explica num segundo dogma da revelação cristã, o dogma da redenção operada por Cristo. Segundo este dogma, o Verbo de Deus, a Segunda Pessoa da Trindade divina, assume natureza humana, precisamente para reparar o pecado original e, por conseguinte, as suas consequências naturais. Deus precisava de uma reparação infinita, que unicamente Deus podia dar. Sendo, porém, o homem que a devia pagar, entende-se como o Verbo de Deus, que Cristo assuma a natureza humana.

Para a Redenção, teria sido suficiente o mínimo acto expiatório de Cristo, pois esse acto teria um valor infinito, devido à sua dignidade. Contudo, Ele sacrifica-se até à morte na Cruz. Fez isto para dar toda a glória possível, à infinita majestade de Deus no reino do mal e da dor proveniente do pecado; é, pois, a glória de Deus o fim último de toda a atividade divina.

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