O MERCADO DE QUEIJAS
Quinta-feira, 24 de Julho de 2008
Os habitantes de Queijas têm, naturalmente, motivos para algum desconforto ao lerem, no “Correio de Oeiras” de 16/07/2008, opiniões sobre o Mercado de Queijas, do Presidente da Junta e de um vereador da CMO. As opiniões recolhidas pelo jornal, também não ajudam muito, na medida que não foram diversificadas, antes demasiado seletivas e em cumplicidade.
Ficámos a saber que o Mercado de Queijas está sem vida própria, sem atividade comercial e com lojas fechadas. Para os lados da Cheuni há um centro comercial no mesmo “estado de alma”!
Comecemos por tentar entender o PJ de Queijas; Sabemos que há muito não vivia nesta vila e cá se instalou para ser o tal Presidente que o movimento IOMAF precisava ou lhe foi imposto. Entretanto, foi afastado do PSD e juntou-se a três outros cidadãos que nas anteriores eleições tinham integrado uma lista independente contra a CMO. É muito complicado, mas dá para as pessoas desconfiarem. Se quiserem.
Naturalmente faltava ao atual presidente o conhecimento do passado, sempre muito importante. Não teve, também, humildade para se inteirar. Antes, entregou-se nas mãos destes “ independentes”, o que leva a crer que, afinal, não o são (INDEPENDENTES). Com o senhor vereador e jornalista passar-se-á o mesmo. Assim, não sabem bem como dar a volta à situação!
Prosseguimos para dar a estes senhores a informação que a área do mercado, não é agradável nem convidativa. Com uma Casa de D. Miguel ao abandono e barracas de permeio, ainda não resolvidas. Com um lago cheio de pedras e lixo e sem um repuxo (que teve), num local onde abunda a água (um extenso lençol de água no subsolo). Existem três bombas a retirar água e a lançá-la no esgoto, para que o parque de estacionamento não fique inundado! Há quem tenha ouvido o Sr. Presidente da CMO em 2001, em visita ao mercado, dar ordens aos senhores arquitetos, para na frente do mercado, serem colocados efeitos de água, visando o embelezamento local. Até hoje nada.
O aspeto exterior não abona pela falta de limpeza e ajardinamento! Quanto ao interior as coisas ainda se complicam muito mais. O mercado, depois de uma fase inicial (1998/2001) em que manteve atividades lúdicas e muitos atracões artísticas de qualidade, foi sendo deixado ao descuido. Hoje tem lojas vazias, falta de qualidade e credibilidade. Tudo acrescido com a ocupação de duas lojas pela CMO. Numa, colocaram um serviço meramente de campanha (pequenas assistências a idosos pobres) esquecendo que Queijas, como as outras terras vizinhas, tem idosos (ainda bem), mas não são indigentes. Claro que há oportunistas! À frente dela colocaram uma figura sobejamente conhecida em Queijas. Demais! Liderou o IOMAF local na última campanha autárquica, e tem mais de setenta anos e praticamente não sabe ler! O que faz, quem lhe paga e como, é um mistério. O IGAT deveria ter investigado. O abandono do mercado tem muitas origens!
Na outra sala, a que a Junta chama de multiusos, têm tentado fazer cultura (?) ou coisas parecidas. Sem conseguirem. Normalmente está fechada. Os elementos do executivo, nunca subsidiaram a Associação Cultural de Queijas, que poderia ou deveria utilizá-la. Se assim fosse, muita gente seria atraída diariamente ao local. Pretenderam manipular esta associação e ela não nunca deixou que o fizessem, até que a ocuparam ilegalmente! Ela era, talvez, a única coisa independente em Queijas.
Os mercados de Algés e Carnaxide não são comparáveis com o de Queijas. Existem há muito mais tempo e souberam ganhar o seu espaço. O de Queijas, muito por culpa da tal figura colocada no mercado, foi sendo prometido e quando chegou já não fazia sentido! Era o tempo dos Centros Cívicos. Os erros são sempre pagos pela população.
Quanto ao Centro de Saúde de Queijas ou como mais modernamente diz o Presidente da Junta USF, está desde os anos 1998/2001, com protocolo assinado entre a CMO e o Ministério da Saúde. Deu muito trabalho e dias inteiros de reuniões. Foi assinado em direto na SIC, para todo o país ver e ouvir, entre estas duas entidades. Lamentavelmente parece que a CMO tem interesse em resolver este problema primeiro em Algés e Carnaxide. Não admira, são áreas onde habitam muitos votantes. Existem gravações destes factos e por eles o presidente da Junta poderá certificar-se deles e ver como a Junta de então conseguiu estar em direto de manhã no programa de Fátima Lopes e á tarde, a cobrir uma grande manifestação de gente desta vila frente ao Centro de Saúde de Carnaxide. Presentes centenas de pessoas e o Presidente da Junta com a vereadora da saúde de então, Teresa Zambujo. Por último se informa que também esteve presente um dos acuais “ independentes”, que faz parte de vários executivo, com proteção assegurada por “alguém”! Provavelmente até já se esqueceu! Não é autarca quem quer mas quem tem a “bênção dos Deuses”! Mesmo que não valha muito como autarca! A ele outros “autarcas independentes” se vieram juntar a troco de silêncios cúmplices!
O povo paga tudo. É a vida……