O INVESTIMENTO TEM DE TER, UM CRIVO BEM SÓLIDO.
É um acto que pode levar o país à ruína e os portugueses à miséria. Não pode ser obra duma maioria no poder! Tem de ser muito consensual no país! E financeiramente, muito seguro.
Continuo a não perceber bem o que é a democracia representativa (2009). Serão os deputados nacionais mandatados para os cargos por via da vontade popular expressa nas urnas ou mandatados por vontade expressa dos partidos? Faz confusão o facto de os deputados serem instruídos previamente para votar de acordo com as intenções das facções que lideram os partidos. Quem é que os deputados representam? A vontade popular ou os interesses político-partidários? Se o Governo (eleito) pertence à vontade popular e comanda os destinos da vontade popular, porque é que os homens fortes da Nação continuam a agir segundo interesses político-partidários?
Este é um grave problema, mas existe outro que em nada é melhor ou pior: analisemos um caso recente que nos lançou na maior austeridade, talvez, de sempre (exemplo escolhido para evitar as tendências partidárias):
“Cravinho alerta para os grandes investimentos”
Cravinho defendeu que “o Governo deve reflectir muito profundamente sobre quais são os grandes projetos que devem seguir nos próximos quatro anos”. Tudo porque, disse, “não é altura de comprometer definitivamente o país por dois ou três meses de pura ânsia e sofreguidão (eleições) num caminho que depois pode ser muito difícil para o País”.
Em causa estão obras públicas como auto-estradas, TGV e o novo aeroporto etc.
“Um Governo num país democrático, não pode fazer o quero, posso e mando. Dizer «eu tenho a minha vontade e porque tenho maioria e dentro de duas semanas posso já não as ter, vou usá-la hoje para criar obrigações contratualizadas» que, no fundo, se o futuro Governo ou se o país quiser desfazê-las, então paga um balúrdio tal que, aí sim, coloca o país de tanga”.
"Políticos e fraldas devem ser trocados de tempos em tempos pelo mesmo motivo."
Eça de Queirós