O fogo amigo
Um repórter estava no norte do Iraque, a acompanhar um esquadrão de forças especiais americanas e tropas curdas quando por engano dois F – 15 americanos os atacaram. Foi uma cena infernal. O tradutor do grupo morreu. Ficou sem as duas pernas. Todos os veículos (oito ou dez) ardiam. Há corpos a arder à minha volta, há corpos espalhados por todo o lado, há bocados de corpos no chão. O médico de serviço foi atingido, mas, explicou depois: Nada de grave, «o colete salvou-me a vida». Mas na altura gritou aos militares em desespero: «Digam-lhes para se irem embora. Não os deixem mandar mais bombas!» Outro incidente ocorreu quando uma comitiva da embaixada russa no Iraque se preparava para abandonar Bagdad e foi apanhada por fogo cruzado. Desta vez, sem baixas mortais.