O EMBUSTE DA SAÚDE E DA EDUCAÇÃO
PARA A ESQUERDA E PARA A DIREITA
EDUCAÇÃO – A muito custo têm sobrevivido em Portugal estabelecimentos privados a funcionar ao lado de numerosos estabelecimentos oficiais! Todas as estatísticas nacionais ou internacionais detectam uma má qualidade do ensino prestado em Portugal. Também uma indesejável intromissão ideológica nos conteúdos leccionados. Apesar disso, o custo desse ensino, comparativamente, é mais caro no nosso País, do que na maioria dos países europeus! Nas estatísticas nacionais, os estabelecimentos privados aparecem sempre nos primeiros lugares dos “rankings” de melhor qualidade! Há, notoriamente, uma muito melhor qualidade no ensino privado.
Claro, estes estabelecimentos, sem dinheiro público, só são acessíveis às famílias com elevados rendimentos.
Outros defendem que a má qualidade do ensino oficial se deve exactamente à origem humilde das famílias de onde provêm a maioria dos seus alunos. Nunca ninguém se atreveu a mostrar ao País o custo médio de aluno/doente do privado e o custo médio do oficial. É um dado que pode desmistificar as teorias da esquerda. E ela, em sua defesa, esconde-os. São pagos com o dinheiro de todos nós! Com os impostos directos e indirectos!
SAÚDE – Com a saúde passa-se mais ou menos o mesmo que na educação. Dados relevantes e isentos, não aparecem à luz do dia! Todavia, a cobertura dos cuidados de saúde é praticamente nula em vários casos como os “dentistas”, ou muito deficiente como em “oftalmologia”. Recordemos os milhares de doentes que tiveram de se deslocar a Cuba para fazerem operações às “cataratas”! Ou os casos de cegueira provocada por deficiente manuseamento de medicamentos nos hospitais etc. ! Os Centros de saúde funcionam mal e muito aquém das capacidades que poderiam oferecer. Muitos casos de menor gravidade, poderiam ser confiados a estes centros de saúde desanuviando, assim, o seu actual e normal congestionamento, com listas de espera que atingem anos!
A DIREITA – Defende que tanto na saúde como no ensino se deve liberalizar o recurso de todos, aos cuidados privados ou oficiais. São os doentes e estudantes ou suas famílias, que devem optar por quem lhes ofereça mais confiança e melhor preço. São os alunos e doentes ou suas famílias, que devem fazer a triagem entre público e privado e nunca os políticos. Defende um mercado a funcionar livremente, criando condições para uma escolha livre da parte dos utentes. Todos teriam acesso aos cuidados do ensino e saúde privados, sem excepção.
A ESQUERDA – Contínua a defender o público, amedrontando a população com o “papão” da gratuitidade falaciosa, a fim de deterem o controlo sobre milhares de profissionais de si dependentes, inclusive, na sua ascensão existência profissionais. Alguns políticos, muitas vezes impreparados ou manhosos,, querem e conseguem dominar legiões de profissionais, doentes, alunos e famílias no sentido eleitoral e político desejado, com medo de deixarem de poder manipular, os ingressos, e restante funcionamento do maior meio profissional deste país!
Pode-se concluir que o evoluir desejado pela direita, lento e cauteloso, poderia a prazo reduzir o gigantismo de funcionários públicos e consequentemente reduzir a despesa orçamental do Estado para níveis bastante inferiores aos actuais.
Conseguido isto, seria possível baixar impostos e libertar os empresários e toda a população dos encargos exorbitantes que hoje têm de suportar com impostos. A economia ficaria muito agradecida pois, tornar-se-ia muito mais competitiva e dessa forma aumentariam as nossas exportações e diminuiria o défice da nossa balança de pagamentos ao exterior. Todavia a esquerda prefere continuar a agitar o falso “papão”da gratuitidade dos serviços. O “emprego” dispararia! Os precários não páram, aumentam sem parar e os impostos também!
António Reis Luz