O DESEMPREGO CONJUNTURAL
E DE LONGO PRAZO
O desemprego conjuntural resulta, normalmente, de uma situação temporária. Quando um país enfrenta problemas económicos, aparece um abrandamento da produção industrial e agrícola, diminuição das vendas no comércio, e diminuição na prestação de serviços. Em resultado disto, surge a eliminação de muitos postos de trabalho e o consequente aumento do desemprego. Tais postos de trabalho perdidos durante a crise económica, tendem a ser novamente recuperados com o fim da crise.
Nos últimos anos o desemprego em Portugal vem aumentando muito rapidamente, situando-se nos 16/17%. A nossa vizinha Espanha, país desenvolvido tem 26/27 % de desemprego (superou 5 milhões de desempregados), em apenas um ano (entre fevereiro de 2012 e fevereiro de 2013), acumulou mais 328 mil desempregados, um aumento homólogo de 6,96%.
Os dados mostram também uma nova queda de 22 mil pessoas no número de trabalhadores ativos, para cerca de 16,15 milhões. A perda de emprego ocorreu em todos os setores e afetou maioritariamente homens. Não seria boa altura face ao aumento de esperança de vida e ao enorme desemprego (conjuntural ou não) o mundo começar a criar um novo conceito de emprego? Talvez, com menos horas de trabalho e mais assistência familiar e, na nossa área de residência com maior prestação de cuidados ao ambiente? Pelo menos diluiríamos os elevados custos da assistência aos doentes e idosos e também ao ambiente do local onde residimos. Além do mais, haveria lugar para mais trabalhadores! E feitas as contas, ninguém perderia e talvez todos ganhássemos?