HÁ LICENCIADOS A MAIS, EM PORTUGAL?
Estarão as nossas escolas e universidades a formar profissionais competentes, ao serviço da nossa economia e das necessidades do país que os vai remunerar?
Por outro lado, estará Portugal, simplesmente, a exportar licenciados? Quanto custa formar um licenciado?
Não podemos olvidar, que é indispensável assegurar a autoridade e dignidade dos professores, a responsabilidade dos alunos (e famílias), a repressão dos comportamentos contrários à moralidade escolar e cívica. Mas, para que isso não se traduza apenas em votos piedosos e formaturas piedosas, é preciso que a escola deixe de ser uma selva massificada, ao contrário daquilo que a escola deve proporcionar. Lembrando que a despesa do Estado em educação “per capita”, entre 1972 e 2009 foi de 2,6 para 800,1, pergunta-se: Que representa tal despesa, comparada com o desenvolvimento ocorrido no País? Qual a percentagem de licenciados absorvida pela função público?
Entretanto, a decisão do Reino Unido de abandonar a União Europeia não travou a entrada de portugueses. Em 2016, mais de 30.543 portugueses rumaram a terras de Sua Majestade. Em três anos, a emigração de portugueses para o Reino Unido duplicou: passou de 111 mil em 2012 para 219 mil em 2015! Os números que vêem a público raramente são desenvolvidos e, assim, desconhecemos quantos licenciados lá estarão incluídos! Estamos, também, a desprezar o número de emigrantes para todo o mundo em 2015, (2016 está no cofre), por ser mais fácil concluir o que queremos, mas, falta dizer que em 2015 os nossos emigrantes enviaram para a pátria mãe cerca de 284 milhões, o valor mais elevado de sempre! Portanto trabalharam e receberam!
Temos dados para concluir o seguinte: não sabemos, como é conveniente, quantos licenciados terão emigrado. Sabemos que os emigrantes enviam dinheiro para Portugal. Nada mau. Mas, não sabemos quanto enviaram os licenciados! Também sabemos que para serem licenciados o nosso país gastou muito dinheiro com eles! Quanto não sabemos, nem numa estimativa englobando todas as despesas, desde a “Parque escolar” até ao gigantismo do respectivo ministério..
Se tivessem ficado em Portugal teriam, quando muito, recebido o subsídio de desemprego, cujo valor nem por estimativa obtivemos. De certo, estariam no desemprego se não tivessem optado pela emigração.
Estamos a licenciar pessoas para quê? Para irem enriquecer os outros países? Só sabemos que saíram de cá para emigrarem para a Austrália (72), Dinamarca (642) Nova Zelândia (41) Suécia (380) etc. Enfim ou existem dados que não vêem a público, ou com estes muito globalizados não é possível fazer uma boa gestão neste país! Também para elucidar quem vota e tem obrigação de o fazer, com estes dados coça na cabeça e vota num qualquer! Este país tem de mudar e acabar com esta massificação na educação, acima de tudo, na tão apregoada “Educação Pública”! Licenciar para ficar no desemprego, é um luxo que nem para países muito ricos, quanto mais para Portugal que tem a terceira maior dívida dos países da União Europeia!
Entretanto não há dinheiro para actualizações das reformas de quem as pagou no devido tempo! Em lugar de justas actualizações o que temos são cortes ilegais!
Será bom não ignorar de que em 2040 haverá 4 milhões de idosos. Que vamos fazer com eles? Estes idosos, certamente não emigrarão, e terão de ser dignamente tratados, porque os licenciados terão de trabalhar, seja no que for.