ELEVAR OS NÍVEIS DOS PARTIDOS
É este um problema demasiado importante para, ao lê-lo, poder calar o que penso em matéria tão delicada. Se para tudo, existem hoje " ENTIDADES REGULADORAS", como poderemos admitir e deixar "andar" os Partidos políticos, sem a mínima preocupação com o nível profissional, moral, cultural e de cidadão, como se percebe estar a acontecer com os militantes de cada um?
Estará isto a acontecer em nome da liberdade democrática? Se está, isso constitui um preço demasiado elevado para o país e para as carências que o nosso tem. Também para a própria DEMOCRACIA!
Em primeiro lugar um partido político não pode ser comparado a uma organização cultural, desportiva, etc. Um partido existe é pago pelo Estado para dele saírem pessoas, acima de qualquer suspeita moral e intelectual, que irão dirigir o País, a bem de toda a população.
O problema levantado, não é só de lealdade / liberdade individual! É muito mais lato.
Retirar ao Estado o direito de repor dentro dos partidos (intromissão) um nível compatível com os altos desígnios da nação é, no mínimo, impensável.
Se os partidos são os pilares da República, como admitir deixá-los cair na situação em que estão e que tem sido descrita por gente de muito mérito?
Como pode alguém comandar o País, se foi nomeado para candidato no interior do partido por processos antidemocráticos, se não directamente, pelo menos de forma indirecta, mas com o seu conhecimento? Quem aceita estas situações não tem moral para impor seja o que for aos portugueses!
Altos responsáveis afirmam a existência de “sindicatos de votos”, quotas pagas por outros que não os próprios, atropelos à democracia interna, etc. Sabe-se do afastamento de milhares de portugueses dos partidos por não poderem pactuar com tais situações e o Estado, através dos tribunais não tem o direito e o dever de intervenção? Pode ser perigoso, mas a situação descrita também o é!
Desculpem, mas assim não vamos longe. De facto a qualidade dos governantes tem de ser baixa, para o País ocupar os últimos lugares a nível Europeu.
Comentário para quê? Sem retorno aos valores, não vejo como mudarmos.
O regresso aos valores não se faz de um dia para o outro. Certo.
Foram precisos anos para se atingir o caótico estado actual. Correcto!
Serão precisos anos para se atingir o mínimo de vivência salutar, baseada nos indispensáveis valores humanos. Mas temos de lutar nesse sentido!
Acontecem todos os dias os comportamentos mais execráveis, no domínio da corrupção, do egoísmo, da falta de respeito pelos outros e a generalidade dos cidadãos nem pára para pensar, contínua, aparentemente indiferente!
É assim como nas grandes cidades, uma mãe com um filho ao colo está a ser assaltada e toda a gente, no seu redor, finge que não vê!
Parece que tal situação interessa a muita gente, se reflectirmos convenientemente, não interessa a ninguém.
Quanto à modificação do actual estado de coisas, só sei que ela tem que mudar, como, de facto não sei! Só sei que todos teremos que mudar, a bem de um futuro de melhor qualidade para cada português e cada família!