ECONOMIA A CRESCER
Negócios de carros velhos importados
Importação de usados com valor recorde em 2016. Alterações ao ISV, que penalizam os carros mais poluentes, tornam o negócio um pouco menos lucrativo
A seguir - Famílias e empresas vão poder receber 2.250 euros para a compra de carros elétricos.
Um em cada quatro carros vendidos em Portugal no ano passado (2016) foi um usado importado –
A importação de veículos usados bateu o recorde de 59 mil unidades. Alemanha, França, Bélgica e Espanha são as principais origens.
O fisco acabou por travar o negócio com as alterações fiscais para os carros mais poluentes. “O aumento do imposto torna impossível a importação”, garantem os stands.
Mas comprar um usado no estrangeiro ainda continua a compensar no caso de veículos mais recentes e com taxas de emissões mais baixas. O imposto sobre veículos para importados contempla descontos em função da idade – vai desde 10% para veículos até um ano até aos 80% para aqueles que têm mais de dez anos -, mas há que ter em conta que a componente ambiental, em função das emissões de dióxido de carbono, está também contemplada nos cálculos do ISV final a pagar. Ou seja, os carros de maior cilindrada e mais poluentes são mais penalizados, porque o desconto do imposto não é aplicado à componente ambiental. Como se poupa, então?
Pela simples razão que a componente fiscal sobre um carro novo em Portugal corresponde a 50% do seu preço, muito acima dos valores praticados no resto da Europa. Em Espanha, por exemplo, são 10%. Os veículos têm, logo à partida, um preço mais baixo lá fora, tornando atrativo o custo da sua legalização cá dentro.
- Este negócio dos carros em segunda mão, tem muitas implicações, tais como; Registaram-se mais 44 vítimas que no mesmo período de 2016. Os acidentes nas estradas portuguesas provocaram no primeiro semestre do ano 237 mortos, mais 44 do que em igual período de 2016, segundo a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).
No que diz respeito aos acidentes, segundo a ANSR, foram registados no primeiro semestre do ano 60.904 desastres, menos 681 do que em período homólogo de 2016
(no ano passado registaram-se 61.585).De acordo com a Segurança Rodoviária, os distritos com o maior número de mortos são Porto (35) e Setúbal (33) e Lisboa (24) e Santarém (23), Faro (19) e Aveiro (15).
A ANSR indica também que nos acidentes 974 pessoas ficaram feridas com gravidade, mais 48 em igual período do ano passado (926 em 2016).
Na última semana (22 a 30 de junho), foram registados pela PSP dois mortos e 12 feridos graves.
A GNR detetou na última semana nove mortos e 27 feridos graves em acidentes rodoviários.
Os dados da ANSR dizem respeito às vítimas cujo óbito foi declarado no local do acidente ou a caminho do hospital.
SINISTRALIDADE - ONZE ACIDENTES POR DIA SEM SEGURO! Fundo Garantia Automóvel recebeu 2007 participações e pagou 7,6 milhões de euros em indemnizações nos primeiros seis meses do ano!
- Nove mil apanhados sem carta, 900 estavam presos em 2016
- Tornou-se quase impossível encontrar um lugar para arrumar o carro. Etc. etc. e entrar em Lisboa tem dias contados.
CARROS DO ESTADO - Custam 36 milhões ano. A maioria destas viaturas têm mais 16 anos. São 25671 veículos a fazerem manutenção!
- O número de carrs eléctricos vendidos no primeiro semestre do ano passado, segundo a Associaçlão Automóvel de Portugal, que representa o sector. Desde o início do milénio, foram vendidos em portugal perto de três mil veículos eléctricos!
Que influência tiveram todos estas vendas na taxa da economia a crescer? Quais as despesas que elas acarretaram ao nosso país?