Denúncia de contrato
Sexta-feira, 2 de Abril de 2010 | 10:31 |
Submarinos: Denúncia contrato pode provocar fim da Autoeuropa
O almirante Vieira Matias considerou hoje que Portugal deve «comportar-se como um país adulto» no processo dos submarinos, alertando que uma denúncia do contrato pode eventualmente provocar o encerramento «de grandes empresas de capital alemão», como a Autoeuropa.
O antigo chefe de Estado Maior da Armada (CEMA), cujo mandato (entre 1997 e 2002) coincidiu com o lançamento do processo de renovação da capacidade submarina, antevê consequências económicas para o País, caso se verifique uma «não concretização de um contrato assumido pelo Estado português», devido à participação de 30% da Volkswagen na Man Ferrostaal, uma das empresas do consórcio alemão vencedor do concurso, o German Submarine Consortium (GSC).
Para Vieira Matias, Portugal pagaria «amargamente uma negação do contrato, com certeza até com o fechamento de grandes empresas de capital alemão», apontando a fábrica da Autoeuropa, em Palmela, como exemplo. O ex-CEMA defendeu que a renovação da capacidade submarina faz parte do «interesse nacional» e que «qualquer intenção, velada ou não, de prejudicar a capacidade submarina da Marinha, ou seja, de Portugal, é um crime de lesa pátria».