DE RERUM NATURA
Composição do poema-
Neste poema épico, o filósofo e poeta romano Lucrécio
Argumenta, entre outras coisas relacionadas com a natureza, que todo o universo é composto de pequenos átomos movendo se num infinito vazio.
O poema é composto pelos seguintes argumentos.
- A substância é eterna.
- Os átomos movem-se num infinito vazio.
- O universo é composto de átomos e vazio, nada mais. (Por esta razão, Lucrécio é visto como um atomista.)
- A almado homem consiste em átomos diminutos que se dissolvem com o húmus quando este morre.
- Deus existe, mas não iniciou o universo, e não lhe interessa as ações do homem.
- Existem outros mundos como o universo e são similares a este.
- Devido a sermos compostos de uma sopa de átomos em constante movimento, este mundo e os outros não são eternos.
- Os outros mundos não são controlados por deuses, tal como este.
- As formas de vida neste mundo e nos outros estão em constante movimento, incrementando a potência de umas formas e diminuindo a de outras.
- O homem deve pensar que desde o seu início selvagem tem vivido uma grande melhoria em habilidades e conhecimentos, mas isto passará e virá uma decadência.
- O que chega a saber o homem provém só dos sentidos e da razão.
- Os sentidos têm dependências.
- A razão deixa-nos a possibilidade de alcançar motivos ocultos, mas esta não está livre de falhas e de falsas inferências. Por este motivo, as inferências devem ser continuamente verificadas pelos sentimentos.
- (Diferente de Platão, que acreditava que os sentidos poderiam ser confundidos enquanto que a razão não.)
- Os sentimentos percebem as colisões macroscópicas e interações dos corpos.
- Mas a razão infere os átomos e o vazio que os sentidos percebem.
- O homem evita a dor e procura tudo aquilo que lhe dá prazer.
- Uma pessoa normal (média) está impelida sempre para evitar as dores e buscar os prazeres.
- As pessoas nascem com dois medos inatos: o medo dos deuses e o medo da morte.
- No entanto, os deuses não querem provocar-nos dano, a morte é fácil quando a vida se vai.
- Quando alguém morre, os átomos da alma e os átomos do corpo continuam a sua essência dando forma às rochas, lagos ou flores.