CORTES E CATIVAÇÕES NAS REFORMAS
A reforma para a grande maioria dos nossos políticos só tem um significado, cortar nas reformas de idosos para “tapar” outros buracos! Cortam nas reformas sem respeito pelo facto de elas terem sido pagas ao longo de uma vida pelos trabalhadores. E com muito sacrifício”!
Eles, em breve vão morrer e por agora já não votam!
Esta gente sem formação moral ou social, pensa desse jeito, muito mais ainda para os lados da geringonça. Esta gente sem passado e de futuro duvidoso, nunca saberá ou perceberá o que é passar uma vida a trabalhar e fazendo sacrifícios para ajudar toda a família, pagando uma reforma que antes de chegar a si, terá servido para muitos outros aguentarem a velhice. E outros, terem que comer antes da morte!
Mesmo sem terem descontado um tostão!
Também para manterem precários ou melhorar, taxas propagandísticas de desemprego! Sempre, tendo em vista, as próximas eleições, que para eles assim, são canja!
Quem descontou uma vida inteira, vegeta com uma reforma de mais ou menos mil euros mensais que não chega para se ter uma velhice digna, sem falarmos do custo da habitação, do IMI, das pequenas ou grandes reformas na casa em que vivem, e da dependência física e mental de toda a família.
Mas 85% dos nossos idosos têm uma reforma igual ou inferior a 409 euros e a média mensal é de 387€, dados de Maio. Se não fossem os apoios da Segurança Social, das instituições de solidariedade social e das famílias, a maioria não conseguiria sobreviver com o que recebe ao fim do mês como reforma. É isto que se houve como lamúrias de quem está velho e doente! Ao invés, as reformas de políticos e muitos outros fiéis servidores desta gente, são completamente escandalosas! Na maioria das vezes sem descontarem um tostão para elas!
- Os reformados, ou mesmo pré-reformados, com pouco dinheiro no bolso e alguns pobres sonhos na cabeça, não se deitam tarde, pois as preocupações com o dia seguinte não os deixam dormir! Mas levantam-se com o nascer do sol que já entra por uma telha partida. Nos dias de chuva entra pela fresta do telhado a água que vem do céu! Pôr uma telha nova no telhado já não é obra para idoso e puxar do bolso algumas moedas só resulta para o Estado.
- Para o Estado, sim é! Hoje paga imposto quem compra e quem vende, mas aquele que lucra é sempre o mesmo, o dito Estado, que nada produz e só gasta! Fingindo que é dono do dinheiro apanhado a quem trabalha ou trabalhou, mesmo pré reformado!
- Depois do parco pequeno-almoço, vão à padaria, buscar o alimento do dia! Isso é sagrado, a par de dois dedos de conversa com os vizinhos igualmente madrugadores! E todos os dias pagam 1,20 euros pelo pão, uma parcela "pequenina", mas que ao fim do mês representa 12,8% da pensão, a mínima do regime rural! E "Chamam a isto uma reforma?"
- A pensão mínima do regime rural (224,60€), segundo os dados de Maio do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, é a que recebem 191 800 pensionistas. Mas existem 33 031 com uma pensão social (187,18€). E 85% dos idosos portugueses têm um rendimento mensal igual ou inferior a 409,50, a reforma mínima do regime geral. É assim que se leva a vida. "Lamentações! Para quê? A extrema – esquerda só fala no aumento do ordenado mínimo!
- Mas temos de ter espírito alegre, é isso que nos faz viver", justifica-se esta gente. "A minha filha teve de se mudar para uma casa mais pequena e acabei por ir para um lar. Éramos uma família. Agora recorda sobre como foi divertida a sua vida e as viagens que fez devido à profissão do pai, "deputado da Nação".
- A solução para muitos idosos foi encontrar apoios extra familiares, o que representa um grande encargo financeiro. "É muito complicado conciliar a vida profissional com a familiar e a minha mãe recebe a pensão mínima. Mas ela gosta de convívio e é muito importante que essa vivência lhe seja garantida", justifica a sua filha.
- A pergunta que se coloca ao reformado é: "Porque não optou por um lar mais económico?" "Tendo em conta a pessoa que ela é seria muito mau se a colocassemos num espaço cheio de idosos e num ambiente depressivo. Vi lares que não eram muito mais económicos e tinham menos condições", disseram-nos.
- Quanto à situação de carência dos portugueses com 65 ou mais anos, não temos dúvidas em afirmar: "É impossível diminuir as prestações sociais. Se não fossem esses apoios, a maioria dos idosos não sobreviveria. E a classe média é sempre a que acaba por ter maiores dificuldades. O meu filho é autónomo e não tenho dívidas. Caso contrário, não conseguiria garantir à minha mãe as condições ideais que tem."
- As utentes do Centro não trazem pulseiras nem fios, algumas nem sequer têm dinheiro para comprar ou mandar arranjar a placa dentária. E há quem adie a ida ao oftalmologista, com medo que ele os faça comprar outros óculos.
- Num lar para 120 pessoas, todos com alguma dependência, é um centro de dia que recebe 70 idosos diariamente e dá o apoio domiciliário a mais 80. Os pedidos de inscrição é que não param. Tantos que nem vale a pena fazer lista de espera para as entradas no lar. Já o centro de dia e o apoio domiciliário vai-se esticando conforme as necessidades. É a vida ….
- Nos Centros de Dia, os gastos com as habitações, as refeições, os consumíveis e com os 160 funcionários fazem com que cada idoso internado custe 1300 euros, 700 no apoio em casa e 600 no centro de dia.
- "Tomara eu poder trabalhar. Agora é que se ganha dinheiro. Fui mulher-a-dias e no meu tempo era uma miséria. Estará no centro de dia enquanto "tiver pernas", o que não acontece com o marido que sofreu um AVC e "não se mexe, coitadinho". Tem duas filhas, que "também têm as suas vidas e fazem o que podem. Coitadinhas!"
- A forma como se vive a velhice depende de múltiplos factores, nomeadamente do sítio onde se vive, no meio rural ou citadino, rodeado por prédios ou por árvores.
- "Tomo um Vastorell de manhã e à noite (3,95 euros a embalagem, arteriosclerose) e uma aspirina ao almoço. O meu marido sofre de reumatismo e tem de tomar mais remédios para as dores. O dinheiro vai dando graças a Deus. Conseguimos equilibrar as contas. Com esta idade, já temos o que nos faz falta, o resto é para a comida, água, luz, a botija de gás e os medicamentos", dizem muitos idosos!
- Estar por "nossa conta" significa que não dependemos da filha de ambos e do filho dele, tanto para as despesas como para a organização doméstica. "Enquanto pudermos, ficaremos na nossa casinha. Não estaremos encafuados num lar."
- Muitos idosos têm de andar de canadianas, nada que os impeça de ir ao café, todos os dias depois do almoço, com a esperança que apareça "um companheiro" para conversarem.
- É frequente cruzarmo-nos com alguém que já ultrapassou os 70 aos, ao contrário do que acontece com crianças que ainda não estão na escola.
- Os jardins estão povoados de pessoas com mais de 65 anos, a maioria homens. Eles vão jogar às cartas e ver quem passa, as mulheres ficam em casa na lida doméstica.
- "Custa muito, vou indo”. Estive em casa dos meus filhos, que me dão muito apoio, mas vim para a minha casa. Não quero ser um peso!" lamentam-se quase todos.