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O ENTARDECER

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COMO MATAR O MONSTRO

COMO MATAR O MONSTRO

Ouçam-se as vozes da gente simples que vêm das famílias, dos vizinhos, das igrejas, dos pequenos clubes, das colectividades, das associações, dos ranchos folclóricos, dos dadores de sangue etc. São estas as vozes que ninguém ouve e precisam ser ouvidas. São as vozes desta gente anónima, que não fala nos telejornais, que derrubam os governos. Embora não pareça.

Mas cuidado com as vozes dos que dizem representá-los. Essas vozes estão contaminadas! As redes sociais que por aí andam, são a fingir.

 

Explique-se à população que é mentira haver, entre outros, sistemas gratuitos como a educação e a saúde. Publiquem-se nos jornais, em linguagem simples, os números astronómicos que os portugueses pagam por eles.

 Os números que os portugueses pagam para gáudio das corporações.

 Pagam e depois vêm a péssima qualidade de ensino ministrada, os atrasos de anos na justiça, as longas listas de espera para se ser operado! Sentindo que cada vez vivem pior.

 Pagam quando liquidam os impostos que podiam ser bem mais leves.

Para permitir melhor compreensão dos factos, diga-se aos portugueses, quanto custa cada aluno ou cada doente, ou cada julgamento ao erário público. Assuma-se criticar a gestão dos milhões e milhões do financiamento feito no ensino e na saúde, de natureza pública. Ou nos tribunais.

Permita-se que ao lado do público funcione o privado, sem medo. Não se privilegie nem um nem outro. Inverta-se o modo de financiamento, entregando o dinheiro aos utentes (ou família), em vez de financiar as instituições. Isto, sim, é que é democracia. Porque democracia é pôr as pessoas a decidir, todos os dias, onde devem gastar o seu dinheiro.

Fazerem o povo pagar impostos e depois gastar o dinheiro em opções erradas, é não dar ao povo a possibilidade de participar na democracia, para além do voto. Muito para além do candidato que lhe querem impingir.

Esta, será a grande “Reforma da Função Pública” e de Portugal.

A “Sociedade Civil”, mesmo intoxicada pela informação que lhe chega, acabará por perceber e escolher entre quem a serve melhor e mais barato. Não ignoro as lutas que se levantarão com esta nova forma de fazer política; manifestações de rua, greves, boicotem, etc. E, indubitavelmente, sempre o mesmo argumento:

 “Isso é servir o capital.”

Dirão isto, todos aqueles que gerem o dinheiro do povo de forma incompetente e irresponsável. Mas não querem largar o poder. Dirão isto, todos aqueles que dizem representar o povo, mas somente representam mesquinhas ideologias muito afastadas do verdadeiro povo.

António Reis Luz

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