CAMPEÃO DA DESIGUALDADE
Em 2008,Maria Cachada tem oitenta e quatro anos e a reforma de 300 euros que recebe mal chega para “ir sobrevivendo” numa antiga estância de animais que divide com o filho, de 56 anos, na Areosa.
Vive com cinco euros, tal como 2% da população portuguesa, denúncia o relatório social na Europa, ontem divulgado em Bruxelas!
Portugal surge neste relatório como o país da União Europeia (EU) onde o fosso que separa ricos de pobres é maior.
Vamos, agora, saltar para 2017. Cerca de 40% dos novos contratos de trabalho celebrados em Portugal entre Janeiro e Março, pagam o salário mínimo! Um relatório revela que no primeiro trimestre do ano, havia 730 mil portugueses a auferir o salário mínimo: 22% de todos os trabalhadores no País. Entre o salário mínimo, (a coroa de glória da esquerda) existe todo um mundo de arrepiar (idosos sós, marginais, famílias destroçadas, economia paralela, etc.
Claro que a esquerda, na sua visão curta das situações, bate-se pelo salário mínimo! Tudo isto com eleições à vista! Conseguiram passar de 530 euros para 557, em Janeiro de 2017, fazendo alarde de tal conquista.
Infelizmente, as coisas não são assim tão lineares! Bom, há vários parâmetros a considerar! Do lado dos empresários (esqueça-se a Função Pública, onde há dinheiro e regalias a esmo), as preocupações vão para os equipamentos no local de trabalho e acima de tudo para uma “produtividade em concorrência feroz com outros países do mundo onde se paga “tuta-e-meia” e se trabalha em vãos de escada! Para o empresário português, é, ainda, fundamental estimular o mérito produtivo e a motivação!
O operário português é mesmo uma contradição com pernas, trabalha como um marroquino mas quer os luxos de escandinavo. O português mantêm-se ….. Português durante a semana (isto é trabalha devagar e devagarinho); mas, no fim-de-semana, calça um sapatinho mágico e transforma-se numa “cinderela” dinamarquesa (isto é, finge que tem uma carteira nórdica até à meia-noite de domingo).
Ao governo e os empresários portugueses, para governarem as empresas e Portugal, implica confrontarem-se com o seguinte: “Meus caros, não podem ser napolitanos e, ao mesmo tempo exigir o estado social dos bávaros!”
Por último, diga-se que há “mais de 89 mil pessoas com o salário mínimo face a Março de 2016”. Tudo isto num país onde não se consegue conduzir com muita segurança, existem carros estacionados e em movimento por todo o lado, agora quem quiser que estude este fenómeno. Porém, diga-se que não chega, de perto ou de longe, aumentar o “Salário Mínimo” e nalguns casos até complica!