BOLSA DE TERRAS
Precisamos de um D. Dinis para repensar a agricultura em Portugal”
“Onze meses depois de ter sido criada, a Bolsa de Terras só foi palco de duas transações| Está previsto que as terras do Estado venham a ser disponibilizadas na Bolsa de Terras mas ainda falta legislação para que isso aconteça.”
É no estado de graça - que não é mais do que o choque dos adversários e a expectativa dos apoiantes - que se tem de decidir. Romper, avançar, demonstrar firmeza e consistência.
A demora, por si só, não é hesitação. É demora. E a demora trava o impulso e redobra a inércia. Tudo o que se adia custa mais a fazer - ou não se faz.
A agricultura deve deixar de ser encarada numa perspetival estritamente económica, mas como uma “questão estratégica de defesa nacional”. De facto, Portugal transformou-se rapidamente num país com uma economia eminentemente terciária, de prestação de serviços, não apostando na produção de bens tangíveis.
Portugal deverá voltar a virar-se para a produção agrícola como aposta na criação de riqueza e valor internos, apoiando a agricultura e os agricultores. O país deve manter uma capacidade de produção que garanta a autonomia perante os mercados internacionais.
A aposta no desenvolvimento da agricultura é, também, necessária na medida em que esta contribuirá para atenuar as disparidades entre interior e litoral. Uma aposta rápida, forte e clara neste sector de atividade teria tido repercussões positivas em todo o território nacional. Mesmo assim, mãos à obra.