ASSÉDIO MORAL
Há muitos homens e mulheres vítimas de assédio moral nas empresas. A denúncia é reiterada por uma União dos Sindicatos que ainda luta contra o “machismo enraizado” nas empresas. Quem denuncia não revela dados concretos, mas nota que os trabalhadores são bastante atingidos por práticas que os levam a adoecer, a pedir baixa, a deixar o trabalho.
Outra dirigente da sindical acredita que é possível mudar esse quadro, mas para isso exorta os trabalhadores vítimas de assédio moral a agir, a denunciar e a associar-se ao movimento sindical. O assédio moral é uma praga que alastra também na Madeira.
Essa forma de assédio revela-se sob diferentes maneiras de agir quer do patronato, quer das chefias e, por vezes, até de colegas a mando das chefias, afirma a dirigente sindical. Dá-se como exemplo de assédio moral situações em que a empresa pressiona os trabalhadores com vista ao seu afastamento. Fazem-no através da desqualificação, de indicações de que o trabalho está mal feito ou de que há outros pretendentes que o fazem melhor, desafiando as trabalhadoras a ir para casa de baixa médica ou até a seguirem para o desemprego. Quando a pressão é muita, alguns aceitam esse caminho, outros até procuram novo trabalho onde lhes pode acontecer a mesma coisa.
O assédio moral gera precariedade laboral e interfere na vida das trabalhadoras e família, acrescenta-se. Também por isso, a União dos Sindicatos desafia o Governo a aumentar a fiscalização, sugerindo à Inspecção Regional do Trabalho que passe mais tempo com os trabalhadores do que com o patronato. Ao nível legislativo, a US reivindica normas claras que proíbam o assédio moral no local de trabalho e um quadro legal que seja efectivamente punitivo para quem pratica qualquer forma de assédio moral. Afirma-se de que estas formas de procedimentos podem fazer surgir no País movimentos racistas e xenófobos.
Afinal métodos destes em nada ajudam a ultrapassar os “défices de conhecimento” que é o maior défice que o País tem acumulado há séculos. Pelas escolas passa alguma coisa do nosso atraso, mas com estes procedimentos agressivos e desumanos, não haverá a economia a crescer, sem fantasias.