AS VOLTAS DAS CONTAS
Passados alguns séculos, da invenção da escrita, foram inventados os algarismos numéricos, que tinham um desenvolvimento mais lento que a escrita, enquanto a escrita se desenvolvia através de vários símbolos para diferentes sílabas , as contagens continuavam a ser feitas com base no conceito 1. Um evento igual a um risquinho numa pedra, numa árvore ou num osso.
Uma das categorias que contribuíram para o avanço da ciência do cálculo foram os primitivos pastores. Durante séculos eles soltavam seus rebanhos pela manhã, para pastar em campo aberto, e recolhiam à tarde. Tudo de maneira simples, até que um dia alguém perguntou para um pastor como é que ele sabia que a quantidade de ovelhas que saiu foi a mesma que voltou? Esse "seríssimo" problema foi resolvido por um pastor, que pela manhã, fazia um montinho de pedras, colocando nele uma pedra para cada ovelha que saia, e à noite retirava uma pedra para cada ovelha que voltava. Mesmo sem saber foi o primeiro ser humano a calcular. Porque pedra, em latim, é calculus.
A primeira maneira que os homens encontraram para mostrar a quantidade a que se estavam a referir foi com o uso dos dedos das mãos. Cinco mil anos atrás para se contar até 20 eram necessários 2 homens, porque tinham que ser usadas quatro mãos, até que alguém percebeu que bastava apenas acumular o resultado de duas mãos, e voltar à primeira mão.
Até essa época a maioria das pessoas só sabiam contar até três.
Há cerca de 4 mil anos os mercadores da Mesopotâmia desenvolveram o primeiro sistema cientifico para contar e acumular grandes quantias. Primeiro eles faziam um sulco na areia e iam colocando nele sementes secas (ou contas) até chegar a dez. Depois faziam um segundo sulco, uma só conta – que equivalia a 10 –, esvaziavam o primeiro sulco e iam repetindo a operação: cada dez contas no primeiro sulco valia uma conta no segundo sulco. Quando o segundo sulco completava dez contas, um terceiro sulco era feito e nele era colocada uma conta que equivalia a 100. Assim uma quantia enorme como 732 só precisava de 12 continhas para ser expressa.
Apesar de o homem ter começado a fazer, com elas também vieram os erros, e para diminuir esses erros os homens preocuparam - se em inventar um aparelho para auxiliar na contagem
Do ábaco à Internet
A primeira tentativa bem sucedida de criar uma máquina de contar foi o ábaco. O nome tem origem numa palavra hebraica abaq (pó), em memória a antiquíssimos tabletes de pedra, aspergidos com areia, onde os antigos mestres desenhavam figuras com o dedo para educar seus discípulos.
Os inventores do ábaco, aparentemente foram os chineses, que deram o nome de suan pan. Os japoneses também reivindicam a invenção – no Japão o ábaco chama-se soroban – , para não falar nos russos: o deles se chama tschoty. Feito com fios verticais paralelos pelos quais sues operadores podiam fazer deslizar sementes secas, o ábaco chinês era incrivelmente eficiente. Um operador com pratica podia multiplicar dois números de cinco algarismos cada um com a mesma velocidade com que alguém hoje faria mesma conta numa calculadora digital. Quase 3 mil anos depois de ter sido inventado, o ábaco ainda é muito utilizado na Ásia por muitos comerciantes.
Os fundamentos da revolução do computador edificaram-se de maneira lenta e irregular. Um dos pontos de partida foi o desenvolvimento - há mais de 1500 anos, provavelmente no mundo mediterrâneo - do ábaco, um instrumento composto de varetas ou barras e pequenas bolas, utilizado pelos mercadores para contar e calcular. Em termos aritméticos, as barras atuam como colunas que posicionam casas decimais: cada bola na barra das unidades vale um, na barra das dezenas vale 10, e assim por diante. O ábaco era tão eficiente que logo se propagou por toda a parte, e em alguns países é usado até hoje.
Antes do século XVII, época de intensa ebulição intelectual, nenhum outro instrumento de cálculo podia competir com ele.
Historicamente, o primeiro artefacto humano utilizado para realizar contas foi o ábaco.
A sua origem remonta à Ásia Menor, 500 anos atrás.
Existiram várias formas de ábacos, idealizados pelas várias culturas em que foram usados.
No entanto, o seu uso sofreu franca diminuição, sobretudo na Europa,
a partir da consolidação do uso do papel e da caneta.
O espectacular avanço da Revolução Industrial durante o século XIX, assim como a grande complexidade da organização social, apresentou um novo problema: o tratamento de grandes massas de informação.
Seguindo a linha histórica, e lidando com "engenhocas" mais sofisticadas, é criada por Pascal, em 1642, a primeira máquina de calcular de que se tem notícia.