AS NOSSAS BRUXAS
Tal como as bruxas, nas quais poucas pessoas acreditam, também o “ sistema “ existe, embora, como elas, nada visível. Penso que ele assenta, sempre, num “ vanguardismo iluminado “, apoiado em exércitos numerosos de “tropas de choque “ para quem o escrúpulo tem uma enorme elasticidade e que estão permanentemente de mão estendida à espera de benesses. Naturalmente que neste momento, estamos de novo a entrar em “levitação”.
O estado da nossa sociedade civil, é realmente o problema crucial que hoje nos aflige, e que não tem nada a ver com as elites, essas sim, indispensáveis ao nosso desenvolvimento, desde que sempre abraçadas à lisura humana.
Nesta ficção, a preocupação reside nos meios de que elas (elites) deitam mão, acabando por se criar uma situação na sociedade civil extremamente pantanosa e, por isso mesmo, muito injusta para o normal cidadão.
Com o trabalho apresentado, aparece a pretensão de clamar, a quem detém o poder sobre estas coisas, para que comecem a corrigir a rota lentamente mas com firmeza, enquanto é tempo.
Neste Portugal que orgulhosamente deu novos mundos ao mundo, hoje, só por receio, é que as pessoas mais esclarecidas não gritam alto e bom som, que na actual sociedade civil portuguesa HÁ MEDO. É ele que tolhe todo o grande sentido criativo do povo que fomos e, que necessariamente ainda somos. Aprisiona, igualmente toda a militância, tão decisiva e importante no desenvolvimento do nosso País!
O enorme, perigoso e complexo “ Sistema “que tem vindo a ser montado na nossa “ Sociedade Civil “, para além de iludir a democracia, é essencialmente inibidor da criação de valores, em cada uma e em todas as pessoas. É de supor que o número dos incluídos no dito “ Sistema “ cresça, continuamente, pois cada vez são mais as pessoas que se vão apercebendo dele. Em tal situação ou fingem não perceber, para evitar problemas, ou de forma oportunista procuram deixar-se seduzir.
Impõe-se urgentemente uma moralização! Como processá-la é difícil antecipar.