AS GUERRAS NOS PARTIDOS
Pelos jornais, revistas ou outros meios de informação, toda a gente já ouviu falar desta palavra, “Globalização”. Julgo que para a grande maioria das pessoas não é também novidade a realização, de vez em quando, de reuniões mundiais sobre este assunto. Normalmente, em simultâneo, realizam-se outras de contestação. Estas reuniões são acompanhadas de manifestações contestariam. Por vezes violentas!
A questão que coloco, volta a ser a mesma, ou seja, o desconhecimento que a maioria esmagadora da população tem sobre este e quase todos os assuntos políticos nacionais e internacionais.
Acredito que existem, de facto, problemas importantíssimos para resolver a nível mundial. Problemas como a segurança no mundo, melhor dizendo a abolição das guerras, passam, sem dúvida, pelo equilíbrio económico no Globo.
Acabar com as grandes desigualdades e a fome, trazendo para patamares mínimos de dignidade toda a população mundial, deve constituir a preocupação de qualquer pessoa bem formada.
Pretender conhecer todas estas coisas em pormenor, seria ridículo. Todavia considero, pessoalmente, que mais informação seria uma boa coisa para o desenvolvimento de tão ambicioso projecto.
Finalmente, pelas razões expostas, volto a considerar que também a palavra GLOBALIZAÇÂO, está envolta, para quase todas as pessoas, num significado extremamente vago e mesmo confuso.
Deveriam ser os órgãos de informação e os partidos políticos num esforço contínuo a proceder ao esclarecimento de toda a população.
Em lugar dessa prestação à sociedade os partidos acolhem no seu interior guerras sem quartel. Os militantes de um partido estão longe de serem grupos de amigos.
As guerras internas têm motivações muito mais profundas e estão ligadas às tendências, aos” Barões”, aos “Grupos”, “Sensibilidades” e coisas similares. Tais guerras e lutas, muitas vezes frenéticas, só podem ter motivações alheias aos partidos.
Tais motivações não podem ser confundidas com ideologias. Porque não é disso que se trata. Se as facções, famílias, tendências etc. Lutassem no partido pelo comunismo, pelo socialismo, pela social-democracia ou democracia-cristã, tudo estaria bem. Não haveria guerras!
Não é comum, mas também não é raro, ouvir-se ou ler-se que os verdadeiros inimigos de um militante estão dentro do próprio partido.
Não será difícil perceber-se que assim deve ser, basta pensar que cada grupo não luta contra o partido rival, mas sim contra os outros grupos dentro do próprio partido.
Esta é a pura realidade!
Os partidos albergam as lutas e as guerras mas como partidos não existem.
Aqui ou nos anexos transcrevemos artigos e notícias que comprovam esta dura e aparentemente inacreditável realidade.
Por fim , a tudo isto , teremos que juntar exércitos e legiões de pessoas, que não estando filiadas em nenhum partido , entram como podem nas guerras, nas lutas e , chegam a ter muito mais peso dentro dos partidos que os seus militantes. São as tais pessoas que têm o cartão “gold” (já falado), que só alguns militantes conseguem possuir.
Depois de tudo o que foi dito é a vós que pergunto: acham que o « poder», está dentro dos partidos ? Eu acho que não. Quando muito passa por lá. Os partidos mais não são que um local de passagem dos movimentos de interesses a montante e a jusante.
Sobre a população a sensação que tenho é idêntica àquela que me dá a água que corre por entre as pedras do nosso rio com tanto vigor , mas sem sequer saber onde vai parar! De tudo isto só pode resultar para ela, o alheamento e o desinteresse, ficando as sinergias tão necessárias ao desenvolvimento, arredadas de todo o processo, por ausência de motivação.