AS GERAÇÕES VINDOURAS
Deixar o caminho preparado para as gerações vindouras, faz parte da moral universal.
Os sistemas de rega são programados, através de computorização, para que um bem tão escasso e caro na sua obtenção, não volte a faltar. Nessa linha de preocupações foram estudadas as novas técnicas de rega. Entre elas, foi desde logo dada toda a prioridade à rega “gota a gota”. Todas as técnicas de cultura, usadas desde há muito, foram objecto de profundos estudos. Sem descurar a crescente vontade em inovar. Em muitas houve profundas alterações. Em muitos casos as culturas no solo foram abandonadas, para passarem a ser feitas em extensos tapetes rolantes mecanizados. Com suficiente altura de boa terra, eram “lavrados” antes da plantação e depois das colheitas mecanicamente. Enquanto isso, as terras caiam ou subiam em tanques apropriados, onde a terá era fortificada e adubada. Também a plantação como a rega e a apanha eram automáticas, assim como o seu transporte para o espaço de armazém. Em certas culturas de vegetais, passaram a utilizar-se estufas altamente preparadas, na rega e humidade do ar, assim como no tempo de exposição ao sol. Além das estufas, eram também utilizadas e devidamente orientadas, culturas em escadaria (qual anfiteatro), com largas vantagens no tempo gasto em cuidados normais e exigíveis. Toda a água das chuvas era recolhida em depósitos colocados na parte mais alta e, com aproveitamento dos sucessivos declives, utilizada em rega “gota a gota”, automática! Laboratórios de preparação de boa terra, procediam com base nos conhecimentos da célebre «Terra Preta» da Amazónia, à obtenção da terra utilizada pelo mundo fora. Ainda sobre a terra da amazónia, até onde se sabe, continua por desmistificar o mito de que tais terras eram pobres e impróprias para a agricultura. Mas, no que se refere à “terra Preta”, o mestiço, diz que nela tudo dá. Pesquisadores do Brasil, Europa, Estados Unidos e América Latina, debruçaram-se sobre aqueles lugares arqueológicos para tentarem perceber com se formou aquele tipo de solo. Tal descoberta significaria uma revolução, e a chave do desenvolvimento da agricultura sustentável no mundo! Sobre isso, ainda há muito para discutir, principalmente como foi a “Terra Preta Arqueológica” formada. Os pesquisadores sabiam da importância dessa descoberta, pois conseguir reproduzir essa terra, significaria um grande salto em frente para acabar com a fome para sempre, no mundo inteiro. Então, foi isso que aconteceu. Estranhamente, veio-se a descobrir que a própria “Terra Arqueológica encerra em si um ecossistema, que a leva a auto-reproduzir-se. Assim, a sua produção foi industrializada, e essa terra, apareceu espalhada por todo o mundo. Neste momento (2040), tenta-se com ela, a recuperação dos grandes desertos. Deste modo, está a ser ganha a batalha contra a desertificação. Os custos deste projecto foram substancialmente diminuídos, com a poupança de adubos, de alfaias agrícolas e energia gasta na preparação da terra e nas colheitas. Também se desenvolveram inovações para transformação das temperaturas extremas em energia eléctrica, acontecendo o mesmo com a luz solar dos desertos. A produção agrícola mundial, teve ganhos de produtividade impressionantes.