AS BARRACAS E O REALOJAMENTO
Toda esta região que foi conhecida como área pastoril e mais tarde como área agrícola, cheia de pomares e quintas, aparece de repente transformada num grande dormitório da capital.
Como já se disse, em situações onde a oferta de habitação não se adequa à procura a preços ajustados, assiste-se também à implantação de núcleos de construção clandestina, ou bairros de barracas.
Assim e infelizmente, à volta de todo este crescimento habitacional, enxameiam, em todo o concelho, especialmente na área desta freguesia de Queijas, os chamados bairros degradados da Senhora da Rocha e Gandarela, Detrás dos Verdes, Pombais, RIGUEIRA de Queijas, Forte de Caxias, alto dos AGUDINHOS, Suave Milagre, Eira Velha, Rádio da Marinha, etc.
Trata-se pois, de muita gente que veio da província à procura de trabalho na capital e seus arredores. Muitos do Alentejo.
São milhares de modestos trabalhadores, que na maioria pagam rendas mensais pelos terrenos que ocupam com as suas barracas.
São milhares e milhares de braços ocupados na produção industrial, que habitam numa terra que ainda há pouco vivia do amanho agrícola, que hoje ninguém quer fazer, ou fazem para subsistência própria em terrenos baldios.
Trabalham nas imensas obras, mas também nas muitas industrias que na freguesia ou nos seus limites se foram fixando. Etc.
Existem ainda muitas centenas de unidades de produção de média ou pequena dimensão que dão emprego a muita gente que veio à procura de emprego até esta freguesia, mesmo com salários muito baixos e se fixaram em habitação degradada neste local.
No mandato daquele que foi criança, jovem, adulto e CHEFE DE FAMÍLIA, também morador e presidente da junta. Num trabalho conjunto com a câmara, no final do mandato todos os moradores das barracas foram alojados em casas condignas.