Aptidões Morais
A honestidade é a compostura, decência e moderação, da pessoa, das suas acções e palavras. É a condição básica para aspirar converter-se num grande árbitro. Sem ela não pode haver equidade, objectividade, imparcialidade, e por fim justiça.
O conjunto de aptidões morais baseadas na honestidade é o que forja a conduta ética imprescindível para cada contacto, cada relação, em qualquer momento.
Consideramos que o árbitro enquanto ser humano deve ser honesto consigo mesmo, com os que dirige, com os seus companheiros, com toda a sociedade.
Honesto consigo mesmo: a partir de uma sincera autocrítica, sabendo ouvir, admitindo os seus erros e tentando corrigi-los.
Sem sombra de dúvida, tudo que mexe neste mundo, precisa de uma boa arbitragem. Recordemos então que, também a política está por demais carente de uma arbitragem forte e independente, mas mesmo assim, nada nos pode garantir que sejam alcançados DESÍGNIOS MORAIS MINIMAMENTE SAUDÁVEIS PARA UM QUALQUER PAÍS.
Afinal, se pusermos um árbitro de futebol também a jogar, além de arbitrar, marcando até os penaltis mais valiosos, quem poderá pôr as mãos no lume por ele?
Passando a assuntos mais sérios e importantes, compare-se A ACTIVIDADE ECONÓMICA DE UM PAÍS a uma actividade desportiva com semelhantes árbitros!
Será ou não verdade que qualquer economia se desenrola com fortíssimas concorrências e interesses de toda a ordem. Lembremo-nos que qualquer governo tem em si, forte intervenção na condução dessa mesma economia. Deve arbitrar com extrema lealdade esta luta de gigantes. Assim, como pode ter esse governo largas faixas económicas sob a sua inteira responsabilidade! Como pode ele dominar aquilo a que chamam de empresas públicas e ainda largas fatias na economia privada! Em termos de ARBITRAGEM estamos falados.
Só por muito descaramento se pode acreditar em tal soberania ou arbitragem, ou mais ainda, como pode ele, com isenção, gerir saudavelmente toda a economia de tal PAÍS?