A verdade nua e crua
É fácil perceber quem fala verdade, mesmo sem enrredos no discurso.
Copiado de um diário, transcreve-se um artigo, assinado por Assunção Cristas em 25 Maio 2017.
“Em 2009 Portugal entrou no procedimento por défice excessivo. Em 2010 o défice atingiu o pico de 11,2%. Em 2011 o país foi resgatado, com um memorando assinado por José Sócrates.
O governo PSD-CDS teve pela frente um processo doloroso de redução do défice. Em 4 anos reduzimos mais de 8 pontos: passámos de 11.8% para 2,98% (sem o efeito Banif). O actual governo manteve o objectivo e baixou o défice para 2% ou seja, um ponto num ano e é pena que não se tenha batido para sairmos do procedimento logo no ano passado.
O mérito é de todos os portugueses que, não tendo contribuído para o desgoverno socialista que nos levou a entrarmos neste procedimento, fizeram todos os esforços e sacrifícios para dele sairmos. E agora? Agora ganhámos alguma liberdade. Continuamos a ter regras para atingir o chamado ”objectivo de médio prazo” e garantir que não voltamos aos 3%. Mas podemos fazer reformas que impliquem custos ou determinados investimentos sempre que isso conte para o défice. As regras são, ainda assim, apertadas. Mas é bem melhor do que as limitações que tínhamos até aqui.
O mais importante é aproveitarmos esta oportunidade para: colocar o país a crescer de forma sólida e a criar emprego, o que passa por dar confiança às empresas e investidores; recuperar o investimento público (que neste governo sofreu um corte brutal) e garantir um nível adequado de serviços públicos, da saúde à educação, dos transportes à segurança, com orçamentos realistas que não vivam dos cortes cegos das cativações.
( Tudo isto aqui escrito, não precisa de “piruetas” para se perceber, tendo um mínimo de conhecimentos, ser a verdade nua e crua.)