A RIQUEZA DA FLORESTA
Precisamos, como de pão para a boca, de uma organização estatal estável, competente e muito preocupada na sua dedicação à formulação de políticas e de tecnologias para o uso e gestão sustentável das nossas Florestas, e da melhoria do bem-estar dos habitantes envolvidos neste mundo fascinante. Assolada pela calamidade dos fogos, temos visto uma das maiores riquezas nacionais – a floresta – ser dizimada, pondo em causa o equilíbrio ecológico de muitas áreas e a sustentabilidade de muitas populações que, assim, se vêem empurradas para a desertificação. A maioria dos países que têm riquezas, por exemplo petróleo ou minerais, protegem essas riquezas, nós que temos entre as maiores riquezas a floresta, o que é que fazemos? Deixamos que seja consumida pelo fogo! Entretanto, discute-se o que deveria ter sido feito e não foi, procuram-se razões e culpados, perde-se o pouco tempo que ainda temos para salvar o que resta do nosso delapidado património florestal.
Em primeiro lugar, devemos aprender com a história, pois desde o tempo da monarquia até aos anos 60, havia uma preocupação com a florestação e com a manutenção da floresta que se mantinha em equilíbrio com as populações locais. A partir dessa altura, o fogo, juntamente com a alteração dos sistemas agrícolas, encarregou-se da desflorestação e da desertificação e só, esporadicamente, temos visto algumas tentativas de se colocar ordem na