A NOSSA INFÂNCIA
As lembranças da nossa infância, perduram para sempre!
Apanhar fruta na árvore, nadar em rio, pescar e viver uma vida mais saudável estão em quase todas as recordações, de qualquer ser humano.
Normalmente, quando olhamos para o nosso passado, sobretudo para quando éramos crianças, o que nos vem à cabeça é uma grande nostalgia e temos a tendência de considerar aqueles tempos de enorme felicidade, mas que não voltarão. Quem não gosta de perder tempo, a lembrar-se de cada uma dessas histórias que não conseguimos apagar?
Contudo, a realidade dura e crua da vida, acaba sempre por nos levar para o futuro, no qual e apesar de tudo temos uma palavra a dizer.
Não podemos, nem devemos querer, ignorar o realismo de viver o presente, sem, contudo deixarmos deixar de questionar o futuro. Afinal, acabamos por nos repartir pelo passado, presente e futuro.
Apanhar frutas, sozinho ou com amigos, era um dos divertimentos com mais aventura. E apanhá-la no mais alto possível, fazendo malabarismo e correndo o risco de uma queda que poderia causar problemas. Neste caso, quando mais difícil, melhor.
- Tomar banho em rio! E não era só isso, não. Fazíamos de uma pedra um grande escorregador, saindo em escorregadela e mergulhando mais à frente. Ah! Como era divertido. E não tínhamos, mais uma vez, nenhuma noção de perigo. Alguns sustos apareciam de permeio.
-Pescar e caçar - No primeiro caso, pescava-se, com canas improvisadas, no rio da nossa terra, depois, no segundo caso, no tempo da apanha da azeitona, podia-se apanhar um ou outro coelho, mais distraído, e alguns pássaros na mata próxima da casa, que, eram preparados pela minha mãe, para toda a família. Hoje não se faria nada disto! Tempo, de muita carência e enormes dificuldades para gerir um orçamento, bem magro.
A descoberta da leitura – Da infância para a adolescência descobre-se a leitura e a viagem que ela proporciona. Inicialmente, em revistas de adultos e jornais. Depois, nos livros, emprestados por amigos, ou da biblioteca ambulante, de onde se podia. Foi, sem dúvida, um tempo muito divertido. Posso, no meu caso, considerar-me um privilegiado por ter tido uma infância rica em experiências e, ao mesmo tempo, protegido no meio da família. Foi, também, um tempo rico de aprendizagem, e de ver como o mundo era, logo, preparando-nos para ele. E, desta forma, íamos formando o nosso caráter.
Preciso reviver, eu bem sei,
Mesmo que só na lembrança,
Voltar à minha antiga casa,
Rever a minha infância
e todos os momentos felizes que lá passei.