Depois de um enorme e insistente fervor ateísta assistimos agora, também impotentes, a uma transformação subtil e perigosa de algumas correntes radicais a favor de uma desconstrução da nossa cultura europeia e ocidental! Com isso, todas as sociedades ocidentais estão a entrar em perda de harmonia estrutural, logo de solidez. E por isso eles, na sua atuação, estão a comprometer o presente e o futuro desta nossa milenar civilização.
Tais correntes radicais são certamente o expoente máximo de um bem-estar social a que chegou esta nossa cultura e que é hoje tomado por elas como escasso e também considerado como um dado adquirido num mundo repleto de incertezas no futuro.
Os sistemas de ensino entraram, em Portugal, numa desencantada e vazia fonte de aprendizagem não dando aos alunos uma perspetival real da cultura que nos trouxe até aqui, perdendo-se ultimamente em preocupações “abrilistas”, sobre figuras de um passado recente, bem pequenas e irrisórias quando comparadas com uma larga visão de um mundo, de um país e de uma civilização de milhares de anos.
Nunca tais racionalistas radicais poderão entender a grandeza de gente muito anterior ou posterior a Cristo que, muito para lá da barriga e do conforto, se preocupou essencialmente em desvendar os segredos da natureza, do Homem e do universo, procurando descobrir o seu lado espiritual e superior.
Nunca eles poderão entender ou querer entender, se o universo funciona como um grande pensamento divino. Tais seres limitam-se a pensar que eles próprios são o universo!