A NATUREZA FINITA
A natureza finita dos recursos, saltou à vista quando os recursos desenvolvidos pelos Estados Unidos para dar uma vida melhor ao seu povo, se propagaram internacionalmente.
O mundo começou a entender as ligações entre o excessivo consumo, o prejuízo ambiental e a degradação da qualidade de vida.
Urge fazer as pessoas entenderem que teremos de adotar uma nova atitude ambiental, a caminho de uma nova moralidade de grupo. Deveria estar ao alcance de cada consumidor individual perceber que tem de renunciar a certas formas de consumo de energia agora, para garantir a sua disponibilidade para os seus filhos, ou mesmo para a sua própria geração no futuro. A riqueza é criada pelo cérebro humano, não meramente desenterrada do solo. Mas existem limites, e estamo-nos a aproximar bastante de muitos deles. É difícil prever, quando um determinado limite será atingido.
Se um recurso como o estanho, se torna escasso e caro, como se poderá dizer? Se certos veios do metal serão descobertos, ou se certos progressos tecnológicos não tornarão o estanho menos essencial Quando a população mundial era relativamente pequena, não tínhamos de nos preocupar com o sistema ecológico total, em que ainda eramos uma parte menor e sem influência! Entretanto, a população mundial vai disparando.Tal como o corpo humano adquire finalmente uma condição de crescimento zero, o mesmo deve acontecer à população como um todo.
Para uma boa gestão dos recursos naturais é forçoso estabelecer, de forma consistente, políticas e ferramentas públicas ambientais. Também diagnósticos sistemáticos sobre o estado do meio ambiente. Conhecer por exemplo dados sobre o número de espécies e composição da biodiversidade; o estado dos solos; a situação das águas superficiais e subterrâneas; atmosfera; ambientes marinhos e costeiros; recursos pesqueiros; ocorrência de desastres ambientais e análises da qualidade ambiental urbana. Tudo isto num quadro focado nos indicadores do Desenvolvimento Sustentável. Todo este trabalho deve ter como objetivo obter dados ambientais sustentáveis concretos, mostrando que os nossos recursos naturais são mensuráveis. Ou seja, que podem ser contados, pesados, medidos ou mesmo estimados. Não deve esmorecer a esperança de derrubar o mito, ainda muito arreigado, na cultura popular da inesgotabilidade!