A FÉ MOVE MONTANHAS
Quem circulasse há um ano atrás, na auto-estrada Lisboa - Cascais apercebia-se dos sinais de progresso, que em Queijas vêm ganhando expressão, bem como da beleza natural envolvente a esta Freguesia; mas colhia também uma imagem de subúrbio desqualificado, uma vez aqui e ali se aglomeravam umas quantas famílias em bairros degradados, onde se acolhia a pobreza, falecia a esperança e germinava a marginalidade e a exclusão.
Os Taludes de Queijas, Senhora da Rocha, Beco dos Pombais, Atrás dos Verdes e Alto dos AGUDINHOS, sempre foram manchas na paisagem e na consciência dos homens.
Essas manchas estão hoje em vias de desaparecer, darão lugar a jardins, a espaços de lazer, quem sabe, de inspiração, nesta terra de poetas.
Apagar da paisagem uma casa degradada, é acender uma vela de esperança, no seio de uma família, na mão de uma criança, substituir um bairro degradado por um jardim é um poema de fé.
Quando assim acontece, quando seis bairros degradados desaparecem, como que por encanto, do habitat duma freguesia, não temos senão que nos regozijar.
Que melhor maneira teria esta Freguesia de celebrar o Jubileu de 2000, do que a de extinguir o vitupério e vitoriar a solidariedade. Em nome da dignidade humana, Queijas pode hoje aspirar a ser Vila; sê-lo-á então, como noiva imaculada e radiosa.
Porque acima de tudo o que está em causa, caros concidadãos, é a dignidade humana, acima das discórdias, dos orgulhos e das vaidades. E é na família, berço da vida e do amor, onde o homem nasce e cresce, que se realiza em primeiro lugar a dignidade.
Por isso a família, valor único e insubstituível da sociedade, constitui o primeiro espaço para o empenhamento político e social. Onde se realiza em plenitude, a dignidade humana, aí está Deus.
Neste Natal de 2000, aspiremos pois, meus amigos, ao dom da fé, porque a fé move montanhas.