A Educação Escolar na Europa
Um sistema educacional moderno e exemplar, opera na Suécia:
O sistema educacional sueco baseia-se na autonomia. É normal aperceber-se nas escolas a presença de oficinas e cozinhas que permitem que os alunos, a partir dos treze anos, exercitem a sua capacidade de consertar aparelhos domésticos e também preparar alguns pratos na cozinha, além de aulas de corte e costura. Outro detalhe importante é que, tanto as meninas como meninos participam do mesmo tipo de aula.
A Suécia é um dos países que mais investem em educação no mundo. Uma reforma educacional intensa nas últimas décadas passou a assegurar direitos básicos aos estudantes. A garantia de todos os cidadãos em receber uma educação uniforme, independente do sexo, grupos étnicos ou classes sociais é um dos princípios fundamentais do sistema educacional sueco. Há ainda uma grande integração entre ensino regular e ensino especial, o que gera uma cooperação mútua, concedendo aos deficientes os mesmos recursos disponibilizados aos outros estudantes. Cabe ao ministério definir o currículo nacional e verificar se todos o cumprem. Desde 1995 que foi facilitada a abertura de escolas privadas, que são designadas por independentes. Só no último ano entraram 560 novos pedidos.
Os motivos para o sucesso do ensino desenvolvido por estas instituições podem ser justificados na escolha cuidadosa dos educadores. Algumas características como, amplo conhecimento acerca da matéria, oferecer ao aluno a responsabilidade pelos seus estudos, colaborar com outros professores e ter uma perspectiva rica para ensinar, são definidas como os atributos para um bom educador.
As escolas suecas podem parecer diferentes para quem vive noutros países. Entre os anos de 1991 e 2006 o número de instituições privadas cresceu bastante no país. Porém, ainda que sejam particulares, essas escolas são totalmente gratuitas, sendo financiadas e abertas ao controle do Estado.
Essa expansão deve-se ao incentivo por parte do governo, compreendendo que as escolas independentes têm a possibilidade de conceder melhor atendimento e diferentes peculiaridades e anseios da comunidade, permitindo também a livre escolha dos alunos que, por meio de um “requerimento” têm o direito de decidir onde desejam estudar. De acordo com esse sistema, as escolas têm a tarefa de atrair um número mínimo de alunos, caso contrário podem ser fechadas. Dessa maneira, há uma maior competitividade e qualidade entre as escolas.
A percentagem de escolas privadas sem apoio do Estado, onde os pais suportam integralmente o custo de educar os seus filhos, é marginal em todos os países europeus. Em 2012, Espanha (8%) e Portugal (7%) são os países com a maior percentagem de escolas privadas independentes.