Qual é, e que idade tem a Geração de Ouro do nosso País?
Bem, deixa-me pensar um momento... entretanto lembrei - me do “mail” que
o meu amigo me enviou e da pergunta do neto para o avô. Tive de relê – lo ;
Nasci antes da televisão, e já crescidinho ela apareceu, com um único canal e a
preto e branco.
Nasci antes das vacinas contra a poliomielite, das comidas congeladas, da
fotocopiadora, das lentes de contacto e da pílula anticoncepcional....
Não existiam os radares, os cartões de crédito, o raio laser nem os patins .
on - line.
Não se tinha inventado o ar condicionado, as máquinas de lavar e secar, (as
roupas secavam ao vento) e frigoríficos quase ninguém tinha.
O homem ainda nem tinha chegado à lua.
Os meus avós e eu casámos e só depois vivemos juntos e em cada família
havia um pai e uma mãe.
"Gay" era uma palavra inglesa que significava uma pessoa contente,
alegre e divertida, não homossexual.
Das lésbicas, nunca tínhamos ouvido falar e os rapazes não usavam Piercings .
Nasci antes das duplas carreiras universitárias e das terapias de grupo.
Não havia computador, Comunicávamos através de cartas, postais e telegramas.
Mails, chats e Messenger, não existiam. Computadores portáteis ou
Internet nem em sonhos...
Estudávamos só por livros e consultávamos enciclopédias e dicionários.
As pessoas não eram medicadas, a menos que os médicos pedissem um exame
de sangue.
Chamava-se a cada polícia e a cada homem "senhor" e a cada mulher "senhora".
Nos meus tempos a virgindade não produzia cancro.
As nossas vidas eram governadas pelos 10 mandamentos e bom juízo.
Ensinaram-nos a diferencear o bem do mal e a ser responsáveis pelos nossos actos.
Acreditávamos que "comida rápida" era o que comíamos quando estávamos com
pressa.
Ter um bom relacionamento, queria dizer dar-se bem com os primos e
amigos.
Tempo compartilhado, significava que a família compartilhava as
férias juntos.
Ninguém conhecia telefones sem fios e muito menos os telemóveis.
Nunca tínhamos ouvido falar de música estereofónica, rádios FM,
Fitas, cassetes etc ....
CDs, DVDs, máquinas de escrever eléctricas, calculadoras (nem as mecânicas
quanto mais as portáteis).
"Notebook" era um livro de anotações.
"Ficar" dizia-se quando pessoas ficavam juntas como bons amigos.
Aos relógios dava-se corda todos os dias, mesmo aos de pulso.
Não existia nada digital, nem os relógios nem os indicadores com números
luminosos dos marcadores de jogos, nem as máquinas.
Falando de máquinas, não existiam as cafeteiras eléctricas, ferros
de passar eléctricos, os fornos microondas nem os rádios-relógios
despertadores. Para não falar dos vídeos ou VHF, ou das máquinas
de filmar minúsculas de hoje...
As fotos não eram instantâneas e nem coloridas. Eram a branco e preto
e a sua revelação demorava mais de três dias. As de cores não existiam
e quando apareceram, a sua revelação era muito cara e demorada.
Se nos artigos lêssemos "Made in Japan", não se considerava de má
qualidade e não existia" Made in Korea", nem "Made in Taiwan",
nem "Made in China".
Não se falava de "Pizza Hut" ou "McDonald's", nem de café instantâneo.
Havia casas onde se compravam coisas por 5 e 10 centavos. Os
sorvetes, os bilhetes de autocarros e os refrigerantes, que se chamavam
pirolitos, tudo custava 10 centavos.
Cem escudos dizia-se: "cem mil reis".
No meu tempo, "erva" era algo que se cortava e não se fumava.
"Hardware" era uma ferramenta e "software" não existia.
Vimos aparecer milhares de outras coisas, nunca vistas. Vimos cada uma delas evoluir, não parar de evoluir. Habituámo-nos a aceitar que tudo muda, nem sempre para melhor, mas só pode evoluir na continuidade e com muito suor. Recusaríamos deixar para trás os mais velhos, a vida só pode existir com eles. Sempre com eles, se alguém está a mais são os mais novos que se licenciam sem saber escrever correctamente na sua própria língua! A culpa não é só deles . É da geração revolucionária.
Quando ouvimos falar de trapalhadas começámos a ficar perplexos e, mais ainda ficámos, quando mais à frente as mesmas coisas passaram a ser tratadas de enganos.
Fomos a última geração que acreditou que uma senhora precisava de um
marido para ter um filho.
Somos a geração que nasceu nos anos trinta e nos anos quarenta do século passado e que começou a trabalhar respectivamente nos anos cinquenta e sessenta, sempre antes de ir às “sortes” como se dizia então.
Apanhámos toda a evolução atrás referida e sem ter tido condições de ir para a universidade ou mesmo ao secundário, fora ou dentro do país. Mas, nos anos em que estudámos aprendemos muito, se lhe juntarmos a experiência adquirida, em valor relativo temos uma licenciatura e em civismo um doutoramento licenciado.
Não nos manifestámos contra as propinas, embora tivéssemos pago os estudos a muitos alunos e a tudo nos adaptámos. Aprendemos a arranjar e a trabalhar tudo que havia, computadores, televisões, máquinas de lavar, frigoríficos, automóveis, aviões etc., tudo aquilo ( milhares de coisas) que Portugal nunca tinha visto e que em meia dúzia de anos nos invadiram.
Devemos ter sido a última geração a ter ouvido alguém dizer para se :
“ Produzir e Poupar”.
As seguintes foram incentivadas a recorrer ao crédito até atingirem o endividamento que é hoje dos mais elevados e escandalosos do mundo! Alguns acreditaram depois da revolução dos cravos que o consumismo trazia a abastança ao país. Mesmo sem produzir !
Tivemos uma alimentação deficiente e ainda ouvimos falar de “ uma sardinha para três”. Não tivemos médicos, nem professores, nem tudo aquilo que agora se esbanja para apresentar indicadores de gente rica.
Os professores, os médicos, os juizes etc. , que havia, não pensavam nos interesses de classe. Pensavam no serviço público que muito os honrava.
Saímos de casa dos pais cedo, muito cedo, às vezes para muito longe e muitas outras vezes para nunca mais voltar. Roíam as saudades, mas era preciso poupar para enviar “dinheiro” que assegurasse algum sustento aos país já velhinhos e ajudasse a equilibrar as finanças da mãe pátria, já que ela não nos tinha podido ajudar.
Sempre com Portugal no coração, mesmo sem dinheiro para vir de férias, íamos mandando para cá o pouco que sobrava, ou fazíamos sobrar, apertando o cinto. Soubemos mais tarde que era esse pouco de cada um e o muito porque éramos muitos, que ia permitindo ao nosso país manter uns senhores doutores a ganhar bem e a dizer que a culpa do estado do país era nosso, porque não tínhamos estudos! Não há melhor universidade que a vida! Os maiores empresários portugueses e do mundo não tinham cursado, mas Deus deu-lhes o dom de saberem reproduzir a riqueza!
Íamos mantendo um país que comia muito mais do que aquilo que produzia e assim desequilibrava, anos a fio, a sua balança de pagamentos e as contas do Estado.
Fizemo-nos empresários espalhados pelo mundo e fomos admirados e respeitados pelo comportamento cívico que soubemos ter . Os nossos filhos respeitaram-nos.
Nós que aguentámos tantas guerras, como a da Guiné, de Angola, de Timor, de Moçambique, da Índia etc. Quantos de nós lá morreram? Quantos ficaram feridos para sempre ? Quantos perderam o sossego e ganharam noites de insónias sem fim ?
Quantos vimos desaparecer do conceito de pátria que nos tinham ensinado, partes de Portugal como Goa, Damão e Dio, Macau, Timor, Angola etc. Nós até sabíamos que esses povos supostamente independentes iriam passar um longo calvário e que, no fundo, se consideravam também portugueses, porque nos bancos da escola foi isso que aprenderam.
Quantos anos temos é o que menos importa, pois, o que mais importa é que temos uma experiência de vida nunca antes alcançada por outra geração anterior ou posterior. Polivalentes, experientes e com uma alma de “ antes quebrar que torcer”.
Pela experiência de vida que temos, vivemos muitos mais anos que a média de esperança de vida referida nas estatísticas oficiais, mesmo sem os vivermos.
Nós que do pouco que ganhávamos sempre descontámos para na velhice termos uma reforma e que vemos agora uns senhores doutores reduzirem - na e porem em perigo aquilo que nós honestamente conquistámos. Eles que arrecadam reformas chorudas em 4 ou 5 anos de pouco ou nulo trabalho.
Eles que acumulam erros graves na governação do país a todos os níveis, não os assumem, nem há quem os faça assumir. Erros que somos nós a geração de ouro que paga em sacrifícios e muito sofrimento.
Os mesmos senhores doutores que nos atiraram para reformas antecipadas que não queríamos. Nós sempre quisemos trabalhar até poder. Quiseram dar o nosso lugar a jovens que dizem ter cursos superiores, mas na realidade pouco sabe e por essa razão o país está e continuará a estar, como todo o mundo sabe. Sempre a pedir cada vez mais sacrifícios.
Os donos das tais universidades que leccionam cursos sobre tudo e sobre nada, têm os bolsos cheios. Pela sua influência atiraram e continuam a atirar trabalhadores honestos e competentes para a pré-reforma para o negócio continuar a render e qualquer dia somos como o Brasil onde todos são “doutores” e as favelas proliferam num país rico!
É preciso arranjar trabalho para tanto licenciado desempregado e a segurança social já não tem fundos para suportar maios trabalhadores na pré-reforma. Agora é preciso reduzir centenas e centenas de cursos sobre nada e encaixar nas autarquias milhares de licenciados que a actividade privada não precisa nem quer! Lá vão mais uns milhões em subsídios para colocar licenciados.
Entretanto recebemos milhares de emigrantes porque os portugueses não sabem ou não querem arranjar torneiras, televisões, barcos etc. Os alunos das estatísticas nacionais sabem de tudo e não sabem de nada. O mercado de trabalho não os quer! Também eles não têm culpa, hoje já nem podem empregar-se na função pública de onde terão que sair muitos milhares de trabalhadores considerados excedentários. Saem por um lado e entram por outro ( licenciados estagiários) !
A Geração de Ouro não pertence às que se lhe seguiram e a quem disseram que o 25 de Abril lhes daria tudo, mesmo sem trabalharem e, disso, muito se orgulha.
As outras gerações também não têm culpa, são igualmente vitimas. A culpa será dos poderes de decisão deste país estejam eles onde estiverem.
Em 2006 o Desemprego e as Dívidas levam os portugueses a continuar a procurar melhor sorte noutros países.
O Instituto Nacional de Estatística ( INE ) diz que, em 2006, 30 mil portugueses fixaram residência por mais de um ano noutros países, mas a Igreja católica e os sindicatos dizem que, neste ano, foram mais de cem mil os cidadãos lusos a procurar emprego e melhor sorte além – fronteiras, o que corresponde a um aumento de 20 por cento em relação a 2005.
Será ainda preciso não esquecer os milhares de portugueses que têm contratos sazonais, os muitos milhares que estão ilegais e os milhares que trabalham em Espanha, indo ao domingo e vindo à sexta-feira! São explorados e trabalham e vivem em “péssimas condições”, comparáveis às que se viviam nos anos 60 e 70 do último século.
O destino preferido está a ser o Reino Unido, que o ano passado acolheu cerca de 40 mil portugueses e onde, os últimos dados, indicam que a comunidade lusa nas ilhas britânicas já deve passar as 400 mil pessoas.
Com encerramento de consulados e embaixadas, as comunidades lusas nunca no pós 25 de Abril estiveram tão esquecidas pelo governo português como agora, e tal problema irá ser abordado na reunião do próximo Dia Mundial do Migrante e Refugiado.
Portugal com o potencial mais baixo da União Europeia.
Quem haveria de dizer que uma lavadeira de Linda-a- Pastora entraria na história da literatura portuguesa! Pois, tal aconteceu. Foi a Senhora Francisca, lavadeira bem conhecida do lugar, que " deu a última e, ao que parece, mais correcta versão que do presente romance se tinha obtido.
Deixo, pois, notações somente das principais versões da lenda, ou seja, acrescentarei mais esta outra, que a lavadeira de Linda - a - Pastora, de nome Sr.ª Francisca, terá contado a Almeida Garrett, durante o verão que aqui passou e que foi por ele publicada no "Romanceiro":
Nada melhor para definir o segredo do que descrever o polvo:
“Octopus vulgaris”. Agarra-se a tudo que passa ao seu alcance. As mandíbulas são terríveis. Atrai o peixe miúdo e o graúdo Aprecia especialmente as lagostas e as santolas. O polvo é capaz da camuflagem mais perfeita mais adequada a cada situação. Mas, não se engana quem considera o polvo um ser manifestamente róseo ou rosado, tendo essa tonalidade predominante e mimética, múltiplas gradações de intensidade variável. O polvo é pois um predador inveterado. Sempre pronto a lançar nuvens de tinta negra para se disfarçar e ocultar situações, exímio na mudança de cor e de atitude ao sabor das conveniências, dotado de um apetite insaciável!
O nosso País precisa, isso sim, de organizações que debatam as grandes dificuldades que enfrentamos, até pode ser em segredo, mas no plano da execução o «segredo» tem que ficar de fora, para que tudo possa reflectir o máximo de transparência. Ela, a transparência, é a única forma de captar a confiança do povo e a sua inteira motivação para a luta que nos espera. O segredo incentiva as práticas ilegais e menospreza o ser humano.
Desde a criação de muitas ideias até chegar a uma única ideia verdadeiramente excelente, existem alguns métodos para iniciar a sua sessão de colaboração. As soluções são fantásticas...mas só se compreendermos correctamente os problemas que estamos a tentar resolver. O diagrama em espinha proporciona um método de diagnóstico de todos os potenciais problemas, grandes ou pequenos.
Como tema poderemos imaginar um país onde existem somente licenciados, no mundo de trabalho, masculinos e femininos! A febre dos licenciados mais a demagogia eleitoralista, criaram esta hipotética realidade. Operários competentes e bem preparados, podem ser tanto ou mais importantes que licenciados. A cada um o seu valor e a sua recompensa justa.
A partir deste ponto deixaremos a pergunta, este país funcionaria?
Sim, funcionária, mas com mais investimento produtivo e competitivo, tudo poderia melhorar muito.
Para tal, uma maior informação aos portugueses, sobre quem produz valores económicos ajudaria o governo a dar uma ajuda. É de admitir que se fosse publicado na comunicação social, o desenvolvimento da verba atribuída à Economia no orçamento de Estado, seria de todo o interesse do país e dos nossos empresários.
Todos conheceriam quem mais produz e em que condições o faz! Afim de se poder melhorar o valor arrecadado neste campo, nomeadamente com mais ajuda do Estado, com a finalidade de tais empresas poderem melhorar a sua competitividade, entre outras coisas com equipamento mais actualizado.
O povo pôde perceber que paga tudo quando liquida os impostos, obrigatórios, que podiam e deveriam ser bem mais leves.
Para lhe permitir melhor compreensão deste e de muitos outros factos, foi-lhe demonstrado quanto custa cada aluno, ou cada doente, ou cada julgamento, ao erário público? Foi-lhe demonstrado que em tudo isto, em pura concorrência Estado/Privado, os custos a suportar desceriam e a qualidade do serviço subiria em espiral.
É isso, que os “donos do Estado”, parecem querer continuar a esconder?
A burka, traje islâmico que cobre o rosto e corpo da mulher, tem a sua origem num culto à divindade Astarte, deusa do amor, da fertilidade e da sexualidade na antiga Mesopotâmia. Em homenagem à deusa do amor físico, todas as mulheres, sem excepção, tinham de se prostituir uma vez por ano, nos bosques sagrados em redor do templo da deusa. Para cumprirem o preceito divino sem serem reconhecidas, as mulheres de alta sociedade acostumaram-se a usar um longo véu em proteção da sua identidade.
Com base nessa origem histórica, Mustapha Kemal Atatürk (1881 – 1938), fundador da moderna Turquia, no quadro das profundas e revolucionárias reformas políticas, económicas e culturais, que introduziu no país, desejoso de acabar de uma vez por todas com a burka, serviu-se de uma brilhante astúcia para calar a boca dos fundamentalistas da época. Pôs definitivamente um fim à burka na Turquia com uma simples lei que determinava o seguinte: «Com efeito imediato, todas as mulheres turcas têm o direito de se vestir como quiserem, no entanto todas as prostitutas devem usar a burka».
REMÉDIO SANTO…No dia seguinte, ninguém mais viu a burka na Turquia. INTELIGÊNCIA EM VEZ DA FORÇA Essa lei ainda se mantém em vigor.
“Isto te servirá de sinal, Ezequias: Este ano, comereis do que nascer sem plantar; no ano que vem, do que brotar sem semear; no terceiro ano, porém, ides semear e colher, plantareis vinhas e comereis os seus frutos.” (Isaías 37, 30)
Nunca vislumbrei algo escrito, que nos dissesse que comeríamos da terra sem plantar! Como se diz acima e quando muito, teríamos um ano para comer sem trabalhar.
O que aconteceu em Portugal foi muita gente a abandonar a terra e a comer fruta importada. No primeiro ano paga com as poupanças de gente difamada, depois, comiam aquilo que a terra ia dando sem plantar. Já sem poupanças, tudo foi piorando em nome de um socialismo que tira aos ricos para dar aos pobres. Por fim, só restam as manifestações para apagar a revolta da míngua “dura e crua” e uma crença estúpida de que mudando de governo, a terra dará o que precisamos sem termos de semear nada. Mudou-se de um para outro governo e nenhum faz milagres!
Enquanto isso, a nossa dívida foi crescendo e tornou-se impossível de pagar! Resta protestar contra uma qualquer troika que caíu na asneira de nos emprestar dinheiro, na esperança de que voltássemos a trabalhar a terra. Mas o “canto da sereia” que aparece do nosso lado esquerdo, leva, como já levou de muitas outras vezes, a população para a rua, afirmando que “com manifestações” isto vai! Mas não vai, pois, sem a enxada já lá não vamos e mesmo com ela, teremos de comer pouco menos, porque a terra não tem sido estrumada! Por fim pergunta-se:” quando é que este povo percebe que sem uma enxada, não vamos lá? Quando percebe ele, que há promotores de greves e manifestações pelos quatro cantos do mundo e, ao que se saiba, em sítio algum conseguiram pôr a terra a dar frutos! Mudar de governos e líderes governamentais, só nos faz perder tempo e suor?
Os verdadeiros culpados, quando se chega a este ponto, já há muito se puseram ao “fresco”, comendo frutos sem pegar na enxada!
As virtudes teologais aparecem profundamente entrelaçadas na vivência espiritual e na ação apostólica da nova beata portuguesa Maria Clara do Menino Jesus. Numa retrospetiva da sua vida, o Pe. Henrique Pinto Rema escreve que a Irmã Maria Clara do Menino Jesus surge “com virtudes humanas únicas, com uma Fé exemplar, com uma Esperança a toda a prova, sempre otimista e realista no meio das maiores contrariedades, a jogar firme e forte no futuro, e com uma Caridade que a enobrece junto de Deus e dos homens”.
A extinta freguesia de Queijas nunca esquecerá esta Irmã dos pobres, principalmente na assistência que prestou aos mais desfavorecidos desta terra na qual, através de uma estátua e da sua memória, a lembramos e lhe agradecemos a sua caridade que a enobreceu junto de Deus e dos homens.
“Senhor nosso Deus, que concedeste à Bem-aventurada Maria Clara do Menino Jesus a graça de viver sob o Teu olhar providencial, inteiramente dedicada ao cuidado dos mais necessitados, faz de mim, neste dia, uma oferenda permanente pela intenção deste dia, e conduz-me no caminho da fidelidade ao espírito das Bem-aventuranças, no exercício das Obras de Misericórdia corporais e espirituais, a exemplo da Bem-aventurada maria Clara.
Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa gaiola e, no meio desta, uma escada com bananas em cima.
Toda a vez que um dos macacos começava a subir a escada, um dispositivo automático fazia jorrar água gelada sobre os demais macacos.
Passado certo tempo, toda vez que qualquer dos macacos esboçava um início de subida na escada, os demais o espancavam (evitando assim a água gelada).
Obviamente, após certo tempo, nenhum dos macacos se arriscava a subir a escada, apesar da tentação.
Os cientistas decidiram então substituir um dos macacos. A primeira coisa que o macaco novo fez foi tentar subir na escada. Imediatamente os demais começaram a espancá-lo.
Após várias surras o novo membro dessa comunidade aprendeu a não subir a escada, embora jamais soubesse por quê.
Um segundo macaco foi substituído e ocorreu com ele o mesmo que com o primeiro. O primeiro macaco que havia sido substituído participou, juntamente com os demais, no espancamento.
Um terceiro macaco foi trocado e o mesmo (espancamento, etc.) foi repetido. Um quarto e o quinto macaco foram trocados, um de cada vez, com intervalos adequados, repetindo-se os espancamentos dos novatos quando das suas tentativas para subir na escada.
O que sobrou foi um grupo de cinco macacos que, embora nunca tenham recebido um chuveiro frio, continuavam a espancar todo macaco que tentasse subir na escada.
Se fosse possível conversar com os macacos e perguntar-lhes por que espancavam os que tentavam subir na escada... Aposto que a resposta seria:
“Eu não sei – essa é a forma como as coisas são feitas por aqui”
“É mais fácil quebrar um átomo do que um preconceito.” (Albert Einstein)
Era, desde princípios de Setembro de 1999, uma realidade legalmente constituída.
Contudo, ela nasceu efectivamente algum tempo antes, precisamente, na altura em que a Junta de Freguesia fez as comemorações do seu 6.º aniversário, Fevereiro de 1999.
Nas andanças do Presidente da Junta de então, em resposta a convites de outras freguesias, ele tinha sempre o maior prazer em encontrar gente de Queijas participando em exposições de pintura e artes plásticas noutras freguesias.
Foi então que todos perguntámos; porquê aqui e não na nossa terra?
Palavra passa palavra, e aconteceu o maior acontecimento cultural de Queijas, a sua primeira Exposição Colectiva de Pintura e Artes Plásticas, que reuniu mais de 40 participantes.
Foi bonito de se ver durante dez dias, registando a visita de centenas de visitantes..... Até ministros!
E agora?
Foram outras perguntas que colocámos uns aos outros. Perder todo este trabalho e capital de experiência, tão arduamente amealhado, nem pensar!
Apertámos mais as mãos, que ainda estavam dadas, e em uníssono decidimos: vamos em frente.
A Junta cedeu instalações, apoiou, e o projecto lindo nasceu, chamando-se Junt'arte - Associação Cultural de Queijas.
Todos éramos gente sem fortuna à mão, por isso haveríamos de ser fortes e criativos. Fomo-lo, e a obra sonhada passou também a ter Estatutos, Regulamentos e Corpos Associativos.
Teve também legalização formalizada com escritura e respectiva publicação em Diário do Governo.
Nos nossos estatutos e regulamentos, aparecem gravados alguns princípios cheios de idealismo associativo.
Qualquer pessoa pode aparecer e inscrever-se, independentemente dos conhecimentos que tenha ou das suas possibilidades económicas.
A idade não conta, pode ser, de maneira pouco rígida, dos oito aos oitenta.
Os professores são os que sabem, os outros são alunos. Mas como ninguém sabe tudo, um formador numa valência pode ser aluno noutra, e o contrário também é verdadeiro.
Com o tempo, virão os mestres.
Com esta linha de orientação foi sempre a somar sócios e êxitos. Muitos êxitos em muitas exposições colectivas, na nossa terra e pelos arredores.
Exposições em pintura, cerâmica e artes decorativas estiveram à disposição da população em Queijas, no concelho de Oeiras e noutros concelhos.
Talvez a que mais nos tenha marcado, tenha sido uma realizada no Palácio dos Anjos em Algés, com o patrocínio da Câmara Municipal de Oeiras.
Também surgiram dificuldades, mais derivadas de gente que não consegue fazer a separação entre cultura e política. É a vida... por vezes com altos custos e danos morais e materiais, para as pessoas e respectiva freguesia! +Hoje volta a acontecer. Isto é um crime hediondo!
Nessa actualidade, os alicerces estavam sólidos, o edifício estava (aparentemente) indestrutível desde que sem intromissão de gente com pouca dignidade, e Queijas, teria a sua Associação Cultural.
Alguma coisa foi entretanto mudando, os ideais da fundação tiveram que ir dando lugar a uma orientação mais realista.
Assim, começámos por ter monitores muito competentes e algo profissionais, as estruturas financeiras foram-se estabilizando.
A autarquia (CMO) foi apoiando numa responsabilidade que é sua, ajudando a propiciar uma actividade cultural à sua população de Queijas.
Mais tarde, entrou a política no assunto, como vai acontecendo pelo nosso país!
A Junta de Freguesia remodelada só destruiu! E continuou, infelizmente a fazê-lo!
Nós, os seus fundadores, continuámos a sonhar, mas com os pés no chão, nem que para isso haja, como houve, membros da direcção a fazerem a limpeza das exíguas instalações que o Centro Social de Queijas, por intermédio do seu Pároco, nos cedeu.
Por virtude da mesma política tivemos de nos mudar para a Rua Júlio Diniz n.º 20A.
As pessoas de Queijas tiveram sempre à sua disposição, um lugar onde podiam conviver e praticar cultura, a preços módicos, nalguns casos até, sem necessidade de pagar.
Ao abrigo de um protocolo, os monitores da Junt’ Arte, deram também acompanhamento cultural adequado aos utentes do Centro Social (lar) em Queijas e Linda a Pastora.
Muitas peças valiosas, degradadas, da Igreja local, foram sendo recuperadas pela nossa associação e devolvidas à paróquia.
Foi pintado um crucifixo símbolo da “Nova Evangelização. E doado à Igreja.
Igualmente acarinhámos o teatro local, através do Grupo de Teatro Fersuna, com exibições em vários palcos, nomeadamente nas “Mostras de Teatro do Concelho”.
Um grupo de gente quase anónima, teve sobre os seus ombros a responsabilidade de fazer a cultura caminhar nesta freguesia de Queijas, mais tarde sem qualquer apoio da autarquia local (JUNTA), só eles poderão dizer porquê, mas até há pouco, felizmente, com o apoio da nossa Câmara Municipal.
Foi a ela que continuámos a pedir um espaço cultural digno e, essa é a razão pela qual tanto temos lutado na defesa da Casa de D. Miguel, imóvel degradado, central e historicamente ligado à cultura.
A política tornou-se intragável e movida por gente sem preparação social nem gestora!
Assim, bati com a porta e afastei-me não tardando o grande edifício construído a ser destruído e reduzido a zero!