Tudo muda no decorrer da nossa vida! Haverá períodos em que nos sentiremos intensamente criativos e activos, mas haverá igualmente alturas de baixa ou de alta energia. Haverá ainda períodos em que tudo nos parecerá estagnado. Em que nos convencemos de que nunca atingiremos os nossos objectivos! Todos estes ciclos tanto poderão durar horas como anos.
Por outro lado, sempre teremos muita dificuldade em aceitar os períodos descendentes ou tentar que eles o não sejam.
A natureza cíclica do Universo está intimamente ligada a todas as coisas e a todas as situações. Os ciclos descendentes, são mesmo necessários à nossa realização espiritual.
Tudo isto justifica situações absurdas em génios do desporto, da cultura e, essencialmente, da política.
Quando alguém exige de um líder político, em exercício, crescimento, ninguém pode compreender se a natureza cíclica do Universo assim o desejará. É ela que determina os ciclos do Universo e com eles determina os seus necessários equilíbrios, para que o mundo continue na sua caminhada.
Contudo, convém distinguir crescimento económico de desenvolvimento económico:
Enquanto o primeiro se refere ao PIB, o desenvolvimento económico é um conceito que envolve outros aspectos relacionados com o bem-estar duma nação, como os níveis de Educação, Saúde, entre outros indicadores de bem-estar. Tudo isto se poderá atingir, com uma conjuntura cíclica favorável, sem ela nada feito. Também, tal crescimento só será atingido com pleno respeito pelas leis da natureza.
A Transição Democrática e os Militares em Espanha:
uma Análise Comparativa* Verão 2000 Nº 94 – 2.ª Série pp. 49-69 Felipe Agüero School of International Studies, Universidade de Miami * Intervenção proferida no âmbito do Colóquio “Forças Armadas em Regime Democrático”, Instituto da Defesa Nacional, Lisboa, Fevereiro de 2000. 51 NAÇÃO DEFESA A Transição Democrática e os Militares em Espanha: Uma Análise Comparativa. O início da transição da Espanha para a democracia foi convenientemente precedido, um ano antes, da revolução de Abril em Portugal. Enquanto esta última se tornaria conhecida como a revolução que desencadeou a terceira onda de democratização propagada do Sul da Europa à América Latina, ao Centro-Leste da Europa, à União Sovié- tica e a certas regiões da Ásia e da África, a transição espanhola viria a emergir como o modelo a imitar. A bem dizer este modelo surgiu porque, em parte, os agentes políticos e sociais foram influenciados pelo percurso da transição portuguesa. Para todos os intervenientes – funcionários públicos franquistas, ala dura e ala mais liberal do regime e do Estado, dirigentes laborais, partidos políticos – os acontecimentos aparentemente caóticos que ocorreram no país aumentaram a ansiedade e tornaram urgentes estratégias que resultassem de uma aprendizagem com os erros ou, pelo menos com o que fosse considerado como tal. Em particular, o súbito colapso do regime de Caetano às mãos dos oficiais esquerdistas surgiu como um sério aviso aos reformadores franquistas para os perigos da imobilidade e da continuidade. Em parte como resultado desta aprendizagem, mas principalmente em virtude dos factores políticos estruturais que se tinham feito sentir, apesar de tudo, as duas transições acabaram por divergir consideravelmente. O papel que o factor militar teve nestes casos explica, em grande medida, essas diferenças. Todavia, ao fim e ao cabo, ambos os países acabaram por conseguir instaurar sólidas democracias e obter uma supremacia inequívoca sobre os militares, por intermédio de líderes civis democraticamente eleitos, embora a um ritmo diferente e por vias muito variadas. FIM DO REGIME A primeira diferença prende-se com a maneira como o regime autoritário terminou em cada país.
A Liberation by golpe (libertação através de golpe) em Portugal, para utilizar a frase da autoria de Philippe C. Schmitter, marcou o colapso do regime e a sua repentina substituição por um outro. Em Espanha, pelo contrário, a morte do Caudilho, muito esperada ou temida, permitiu a continuidade das elites e a mudança de regime através de um processo peculiar que passou de “de la ley a la ley, por la ley” (da lei para a lei, pela lei), inaugurando o conhecido processo da reforma pactuada. A transição através do colapso versus transição a partir do topo, ou por negociação, tornaram-se categorias permanentes que tiveram origem nos processos seguidos por estes dois países vizinhos. Em Portugal, Caetano perdeu a oportunidade que a transição pós Salazar representou, no sentido de uma maior abertura do que a que efectivamente se verificou. Todas as esperanças de reforma caíram rapidamente pela base; o regime autoritário endureceu e com ele a inutilidade das guerras em África. E, precisamente à medida que as esperanças de reforma se desvaneciam, o golpe sem violência de Abril de 1974 punha, de uma vez por todas, cobro ao regime. A ausência de reformas a nível interno precipitou um colapso impelido do exterior que atribuiu aos militares, sobretudo às suas facções de esquerda mais activistas, o principal papel na transição. Em Espanha, pelo contrário, não houve hipóteses de uma tomada de poder reformista pelos militares. Ninguém duvidava de que a transição em Espanha começaria logo que Franco desaparecesse. Este acontecimento, que não era difícil de prever, tinha permitido que a todas as forças, a favor ou contra a reforma, ou defensoras de diversos tipos de reforma, se preparassem devidamente. Também o regime se tinha antecipado na organização da sua própria continuidade institucional e legal. Juan Carlos assumiria a chefia do Estado como Rei. Embora a morte do Franco fosse esperada, tal como a Felipe Agüero 2 Powell, Charles T. El Piloto del Cambio, : forma da sua sucessão, existiam muitas incertezas quanto às orientações que a monarquia e os seus governos viriam a seguir. Os militares espanhóis eram responsáveis por muitas destas incertezas, já que, muito provavelmente, os ventos da reforma que frequentemente sopravam da residência do Rei iriam encontrar uma firme oposição por parte das Forças Armadas.
Ter um blogue é muito importante para mim, Nele coloco as minhas neuras, alegrias, tristezas, dúvidas e nele tenho o retorno de muitas pessoas, através dos seus comentários. Tenho tempo disponível, e esta é uma das melhores formas de eu poder pensar o mundo, pensar as minhas conclusões, dentro dos limites vagos do certo ou errado. Na verdade, entre o certo e o errado, existem ainda milhares de alternativas de mudar algo, nas conclusões a que se chegar.
Normalmente, descrevo opiniões, mas também navego pela informação, que servindo para mim, servirá certamente a muito boa gente. Algumas são as vezes em que sou assaltado com a dúvida de estar ou não a debitar opiniões, nem sempre suficientemente estruturadas. Depois da primeira angústia, normalmente, concluo que estruturar uma opinião não será, decerto, o melhor caminho de entregar a minha mensagem. Uma opinião deve apresentar contornos vagos e nunca uma estrutura apertada.
Chego a visionar-me perdido num deserto e vislumbrar alguém a caminhar no meu sentido. Espero e olho nesse sentido deixando fluir um sorriso de boas-vindas. Esse, alguém, pede-me que o ajude a seguir o melhor caminho para encontrar o rio dos Desejos. Então, olhando o sol e o meu relógio, digo-lhe que não estarei errado se lhe aconselhar que caminhe para norte. Com a minha mão aponto-lhe a direcção correcta, mas, avisei-o de que a partir dali e para não se desviar, só poderá contar com a sua intuição e com os sinais que descortinar, desde que os saiba entender e descodificar. O meu interlocutor despede-se e agradece, iniciando, depois, a sua caminhada. Por mim, fico sem qualquer receio sobre a indicação que aconselhei a este desconhecido, contudo, também fico seguro que lhe indiquei um caminho que comporta uma largura muito grande e uma distância até ao seu objectivo, que muito dependerão das suas próprias análises e opções. Colocando as minhas opiniões ao alcance de quem as quiser aproveitar, nunca farei delas um caminho estreito ou curto. As margens que deixo, não representam mais do que a liberdade que cada um deverá ter para as interpretar como melhor entender, o caminho que sugiro nos meus artigos, será sempre o de um dos quatro pontos cardiais.
Alguns conceitos induzidos na sociedade, passaram a ser aceites com unanimidade. Este foi um trabalho árduo da comunicação social. Tal fazia parte do serviço público que tinham de prestar à sociedade civil. Entre tais conceitos, ficaria assente que todos aboliriam das suas mentes conceitos ultrapassados, como por exemplo “esquerda e direita, ou mesmo centro”, De facto ninguém, de há muito, conseguia explicar o seu significado.
O acesso ao poder nasce, das provas dadas no desempenho do trabalho local. O verdadeiro eleitor é o chamado “vizinho”, num sentido mais lato. Os candidatos nomeados para um desempenho nacional, são encontrados dentro deste grupo. Um mau préstimo a nível nacional afasta-os do regresso à política local. Portanto, o contrário também é verdadeiro. Mesmo assim, todo o poder se cria de baixo para cima. E nunca ao contrário como na ultrapassada “Democracia”.
É desta grande vontade nascida de uma opinião pública, anteriormente esclarecida, com total respeito pela neutralidade e verdade escrupulosas, que nasceu um poder indestrutível,
“Um poder da razão, da verdade e do serviço à sociedade”.
Há códigos de honra estabelecidos, tais como, “total transparência e entrega”.
A família está consagrada como a instituição mais sagrada da sociedade civil. Tem representação obrigatória na tomada de todas as decisões políticas através do Conselho Nacional de Família. Um conselho idêntico se aplica às franjas da sociedade ou seja; crianças e idosos. O Estado obriga-se a acompanhar os idosos (mais de 65 anos), até ao fim da sua vida. Porém, nenhum é obrigado a reformar-se, garantindo-lhes total dignidade de vida se o fizerem. Caso o queiram, terão de o requerer a um órgão local, mas tal não invalida que possam continuar a prestar alguns serviços sociais na sua área de habitação, incluídos num elenco para tal finalidade humana. Estar ocupado, faz parte da sua dignidade de vida.
De igual modo será garantida às crianças toda a segurança, evitando-lhes traumas de adaptações impróprias e chocantes. Existirá um Conselho de Pais para representação de todas as crianças, a nível nacional.
A “Constituição” em vigor, garante absoluto respeito pelo “ser individual” mas privilegia sempre o “interesse colectivo”.
O civismo ensinado nas escolas pelos órgãos de comunicação social, garante a redução das despesas com segurança, ao nível local e nacional.
Com um melhor aproveitamento da política habitacional e das instalações dos serviços públicos e empresariais, conseguem-se reduções elevadas no âmbito de todos os transportes públicos. Com isto consegue-se maior disponibilidade para os cidadãos no seu lazer e tarefas próprias, diminuindo os elevados gastos neste domínio.
O fazer e o admirar a arte, utilizando-a como fator de integração social e formador de identidade, é comportamento transmitido de pai para filho, e começa no berço, ao som das primeiras cantigas de ninar e das primeiras histórias de fadas.
Muito há que se falar sobre as histórias de fadas, a linguagem que os adultos encontram para penetrar no universo infantil.
As histórias de fadas oferecem muito mais do que magia e encantamento à mente de crianças de todas as idades.
Os contos de fadas, trabalhados há séculos por gerações e gerações de crianças, têm uma sabedoria própria e são o veículo ideal para introduzir a criança no seu contexto cultural.
As histórias infantis refletem-se no psiquismo infantil em vários níveis, conscientes e inconscientes. A utilização destas histórias permite uma ampla abordagem da problemática infantil por várias razões:
a mais óbvia é a razão estética: sendo agradável, capta a atenção da criança.
b- é uma atividade lúdica que permite o desdobramento do tema utilizando a criatividade e a participação ativa da criança, podendo ser transformada em dramatização simples, peça teatral elaborada, pintura, letra de música e brincadeira de faz-de-conta.
c- contar uma história estabelece e/ou fortalece os vínculos afetivos entre quem conte e quem ouve. Através das interações não-verbais que se estabelecem entre o narrador e o ouvinte, cria-se uma cumplicidade, uma empatia que fortalece a sensação de segurança e compreensão do outro por parte do narrador quanto do ouvinte.
d- ouvir histórias auxilia a criança a sentir-se incluída no mundo e integrada à realidade. Como os pais contam para ela que na sua idade ouviam histórias contadas pelos avós, e que ela poderá, por sua vez, contar a seus filhos, a criança pode identificar-se com os pais, projetar-se no futuro, modelar seus comportamentos e perceber-se como um elo vivo nas cadeias de gerações.
e- as histórias ampliam o vocabulário infantil e transmitem por estímulos subliminares todo tipo de informação cultural e conhecimentos teóricos sobre a história, a geografia, a religião e os costumes dos povos.
A criança, ao aprender algo com o avô ou outro idoso, adquire respeito pela sabedoria adquirida, admira o outro, valoriza a tradição e deseja para si esta sabedoria enriquecida pelos anos. O ancião, por sua vez, ao ensinar, renova seu conhecimento , ao percebê-lo através dos olhos infantis; revive as boas lembranças, consolida sua autoestima. No contato entre velhos e jovens verifica-se um enriquecimento mútuo: os velhos melhoram a atenção, a memória, a saúde e o humor; os jovens ganham em paciência e em humildade. Através da cultura, o conflito pode transformar-se em parceria, a tolerância dar lugar à integração dos novos passos no mesmo caminho antigo.
Uma cumplicidade estabelece-se entre pessoas de todas as idades e de todos os extratos sociais frente a uma manifestação cultural. Por meio de um elo invisível, já não se trata mais de ser rico ou pobre, branco, negro ou mestiço, rural ou urbano – trata-se de SER brasileiro, e neste termo ‘brasileiro’, ao som do Hino Nacional, todos sentem-se iguais.
A identificação dos diferentes segmentos da coletividade frente a uma equipe esportiva, defendendo o nome do país nos Jogos Olímpicos, em um campeonato mundial, ou frente a um filme que concorra a uma premiação internacional, cria um forte vínculo ante o qual desaparecem as diferenças menos significativas. Em torno do ideal cultural é possível unificar toda uma nação e motivá-la para um importante trabalho de desenvolvimento social – lembremos o que ocorreu em diversos países após a Segunda Grande Guerra.
No Brasil existem atualmente diversos grupos isolados trabalhando a cultura com a intenção de integrar à sociedade segmentos marginalizados – menores, doentes e idosos. No caso do idoso, os cursos e clubes de lazer para a Terceira Idade são um importante fator de melhora de qualidade de vida.
A solução cultural é a melhor arma de que dispomos para combater os graves problemas socioeconômicos de nosso país, pois a cultura interfere na autoestima de maneira surpreendente, atribuindo valor, identidade, disciplina e motivação para mudar. A cultura proporciona prazer em SER, FAZER e PERTENCER, sendo este o prazer sadio do bem viver, força capaz de contrapor-se ao medonho prazer das drogas e da tendência autodestruição para que se dirigem os excluídos sociais.
A fechar 2014, é justo homenagear outra figura do ano: o português comum, que suportou falsas narrativas sobre ter vivido acima das possibilidades, quando afinal foram os casinos financeiros que delapidaram o País por gerações; todos os portugueses que sofreram cortes de pensões de salários e reformas, ou que enfrentam o desemprego e muitas vezes a miséria, e que derrotam todos os dias, como podem, a tentação de desistir; todos os que trabalham para manter a normalidade do País, resistindo a elites incapazes, a dirigentes corruptos e a políticos incompetentes. O português comum somos nós. E quem a tudo isto sobreviveu não pode – nem deve – ter medo de 2015. Pior é impossível. TAGS
Todos os dias o Governo decide. Quero dizer, “decide” e reincide. Com uma pressa inusitada. Umas vezes a reboque do BE, nas questões fracturantes, não vá o diabo tecê-las. Outras vezes, numa mistura de algum revanchismo e precipitação, como é o caso das medidas sobre avaliações no sistema público de educação (sobre estas conto escrever um post). Outras ainda, acelerando o ritmo da reversão de algumas medidas de austeridade fiscal e de rendimentos, mesmo que ainda sem Orçamento para 2016. Além disso, apressa-se a eliminar o quociente familiar no IRS. E os feriados aí estão, frescos e repristinados, com a ironia de esta união das esquerdas incluir os religiosos. Também sem sabermos quanto é que nos calha pagar, o Executivo tenta manter a TAP maioritariamente nas mãos do Estado e reverte as subconcessões na área de transportes. Rápido foi também na resolução do BANIF sobre a qual, porém, se deve aguardar o resultado da Comissão Parlamentar de Inquérito para dilucidar muitas dúvidas e algum nevoeiro explicativo.
Não discuto a bondade de algumas destas tomadas de posição, em particular a progressiva eliminação da sobretaxa no IRS e a reposição dos salários na função pública, bem como a redução em 50% da CES sobre os pensionistas (a única que coincida nos programas do PS e do PàF). Ou o aumento do salário mínimo nacional.
Fui crítico de muitas medidas injustas tomadas pelo Governo de Passos Coelho. No entanto, o que me parece é que, agora, tudo está a ser feito com óbvia correria e ligeireza, com aquele sabor populista e algo ingrato para o anterior Governo, que, concorde-se ou não, permite agora a Costa a habilidosa reversão de decisões que foram tomadas no âmbito de um programa de ajustamento (por sua vez, imposto por uma anterior governação socialista). Entretanto, Sampaio da Nóvoa agradece e Marcelo Rebelo de Sousa tacticamente acompanha. A Europa está cautelosamente apreensiva e os investidores desconfiam sobre o modo como o Estado age entre Governos, ziguezagueando entre decisões e “desdecisões”.
O resto, o difícil e estrutural, aguarda. Talvez siga dentro de momentos, depois de esgotado o foguetório e a publicidade das boas medidas.
Nesta propaganda, incute-se a ideia que, de um lado, estão os bons, do outro lado, os maus, ou seja a nova versão maniqueísta da política portuguesa. E se alguma medida menos simpática for tomada, a culpa não será deste Governo dos bons, mas antes dos maus. Um acordo para governar tão impressivamente gizado na generosidade dos bons, mas com a necessidade de obter a condescendência dos maus para o que não interessa aos bons (como no Orçamento rectificativo).
Mais uma vez, esta gente metida no actual governo, vem brincar com os portugueses!
Para começar e como é habitual, deitam mão de uma linguagem que mais não tem que propaganda barata! Sem um pingo de vergonha, por tudo que fizeram a quem venceu as últimas eleições governamentais, voltam com a “lengalenga” do governo anterior! Diz aquela jovem da geringonça, sem respeito por nada nem ninguém:
- “Catarina Martins quer solução para as "pensões miseráveis" de quem pediu a reforma antecipada durante o governo PSD/CDS, após 1 de Janeiro de 2014 e até 2016. O BE vai propor um complemento de reforma para ajudar os lesados”.
Esta menina empoleirada em fantasias, com esta proposta deixaria de fora quem foi mais ludibriado sendo gente de bem, com grandes serviços prestados ao país, nos tempos de Sócrates e anteriores governos. Provavelmente pensa, que toda esta gente já morreu! O seu objectivo não é fazer justiça, mas tão só embrulhar o PSD e CDS, para mais facilmente continuar a destruir este país em proveito próprio. As reformas antecipadas vêm de longe e os cortes foram feitos com um governo sem margem de manobra, portanto amarrado à assinatura de Sócrates (PS) e da Troika num país deixado de rastos!
Mas a festa propagandista está longe de ficar por aqui! Como habitualmente também o actual ministro das finanças, companheiro da Catarina, diz do seu saber e sobre um orçamento que nada TEM DE PROVEITOSO PARA O PAÍS:
- “A solidariedade para com as vítimas dos incêndios chegou em forma de comunicado, onde se dá conta da decisão de adiar o prazo de pagamento de alguns impostos”.
Sinceramente, este senhor que pegue no seu carro e vá com a sua equipa ver o estado em que o país ficou. Faça como Marcelo ou, mais timidamente, como o seu chefe de governo também fez. Se abraçar aqueles que perderam familiares e amigos, sentirá um enorme remorso de não ter feito aquilo que por menos já fez anteriormente, ou seja: um perdão fiscal, e já se está a esquecer as devidas indemnizações para quem perdeu tudo que tinha na vida, sem a proteção governamental”.
Por último, e no sabor de que este é mais um orçamento de estado de continuidade, lamento repetirem-se os preconceitos ideológicos que prejudicam muito as nossas empresas, como se estas fossem o inimigo a abater. Nunca esquecendo a ideologia de fazer do estado o grande empregador e distribuidor de benesses, ofuscando que não é a iniciativa privada, com as suas empresas e empreendedores que criam os empregos e a riqueza de que o nosso país tanto precisa.
Entretanto, repete-se o simulacro de bonança e de fim de austeridade, dando continuidade às embrulhadas cativações, ofuscando a realidade sombria que se abate sobre Portugal, no seu todo!
Na quarta-feira, no Facebook o Dr. João Matos publicou isto: João Manuel Rodrigues Matos Depois de 40 anos ao serviço não posso deixar de partilhar convosco o desgosto que sinto por tanta gente estar a inundar a comunicação social com teses sobre a TAP sem saberem ou perceberem a complexidade que envolve o transporte aéreo.
Lamento que algumas pessoas, porque não existem muitas, com grande preparação nesta matéria se mantenham caladas. Na verdade, como alguns sabem, o problema da TAP transcende em muito a greve dos pilotos.
A propósito, quero expressar o meu profundo desacordo perante esta greve que, pela sua grande duração e impacto, desvirtua completamente o próprio conceito de greve. Efectivamente, deixou de corresponder a uma luta entre trabalhadores e entidade empregadora para passar a ser uma manifestação de participação em outras áreas.
Voltando ao nosso tema é confrangedor assistir, tanto a nível interno com internacional, a intervenções professorais do Secretário de Estado dos Transportes, sem se fundamentar num Secretário de Estado dos Transportes. Onde está definido esse programa? Como se pode participar em discussões de Céu Aberto Europeu, como se pode privatizar a ANA (gestão de aeroportos) e a TAP sem que as mesmas se enquadrem num programa de política aérea nacional? Saberá o Secretário de Estado dos Transportes ou quem o assiste o que deverá integrar esse programa?
Na verdade não sabe. E sabem porquê? Julgo que foi na semana passada que lhe perguntaram se não achava estranho que as “low cost” operassem em Lisboa no terminal 2 em vez do Montijo ou mesmo Beja, adiantando o facto de ele estar sempre a fazer a comparações com congéneres estrangeiros e todos as outras cidades europeias terem as bases das “low cost” mais afastadas. A resposta de Sérgio Monteiro, pronta e imediata como é hábito, limitou-se a dizer que não sabia e que a ANA não lhe tinha feito qualquer proposta nesse sentido. Então é a ANA que determina orientações políticas ou deveria ser o programa de política aérea nacional a fazê-lo.
Outra questão centra-se nas repetidas e regulares requisições que o Estado tem feito ao longo de muitos anos para transporte aéreo de entidades públicas e missões de várias categorias. Dever-se-ia fazer uma auditoria independente sobre as contas correntes neste âmbito, para se avaliar tudo quanto foi feito. Já que os números são importantes, estamos perante uma informação que nunca foi suficientemente apurada ou, pelo menos, publicamente conhecida.
Relativamente à recente greve para melhor esclarecimento, o Sr. Ministro da Economia declarou que o seu custo rondava os 30 milhões de Euros, 20 relacionados com perda de receita e 10 com apoio aos passageiros afectados. Então a estes custos não se deverão abater aos custos variáveis de voos não operados (obviamente os custos fixos permanecem quer se realizem as operações ou não).
A actual administração da TAP que sempre se pautou pela exigência e rigor profissional, pela segurança e, ainda, pela paz social, não tem nada a dizer neste momento crítico? A participação da TAP na “Star Alliance”, não lhe permite descortinar um plano de actuação adequado à situação? Não se esqueça esta administração que a opinião pública ainda não conseguiu entender porque aceitou manter tanto tempo a empresa com capitais negativos e nunca pressionou o Governo a estabelecer um programa de recuperação de capital, porque participou já nessa situação na compra da Portugália e, pasme-se, com a compra da VEM. Estas questões são pertinentes, sem qualquer dúvida. Quando o Dr. Jorge Coelho decidiu contratar esta administração, as companhias de aviação estavam já a reduzir a sua participação em empresas hoteleiras, empresas de handling, etc., e a TAP continuava a expandir-se para áreas complementares de forma quase instintiva ou por pressão externa? Isto, na minha opinião, deve ser esclarecido, mais a mais pelo facto do transporte aéreo ser rentável e só existir prejuízos oriundos de actividades adjacentes.
A TAP sempre colaborou profundamente com o turismo nacional, desde protocolos de colaboração com as Casas de Portugal como com o Turismo de Portugal. Colaborou também com as agências de viagem. Assisto agora a manifestações de preocupação dos seus responsáveis e ainda bem porque no passado não muito longínquo travaram muitos programas da TAP a favor das “low cost”, empresas que agora já não os tratam tão bem devido às novas tecnologias. Não sei o que lhes acontecerá se um dia a TAP desaparecer, dado que as vendas “on-line” conheceram um grande incremento. Por isso será bom que participem com os seus grandes conhecimentos na reabilitação da TAP principalmente junto dos representantes do Governo que, como sabem perfeitamente, estão muito mal preparados neste domínio. A propósito, a relação da indústria dos táxis com a “Uber” pode constituir um “case study” para vosso estudo.
Os pilotos devem assumir agora todas as questões que dizem dispor porque estiveram calados muito tempo e agora se nada mais disser a opinião pública não vai entender o vosso intuito com a decisão da greve desproporcionada.
Em termos finais, quero dizer que o Eng. Fernando Pinto tem muito a explicar à opinião pública, dado que o Secretário de Estado dos Transportes não o exigiu estranhamente até ao momento. Porque alterou nos últimos anos a sua participação na gestão da TAP? Porque não se opôs firmemente contra as aquisições da Portugália e da VEM, se está sempre a justificar os desvios com estas empresas? O que esteve na base da nomeação do Eng. Luís Rodrigues e na sua rápida destituição? O que justificou a saída de Michel Connaly depois de um entusiasmo de anos anteriores, alguns deles bem difíceis? Porque deu mais passos que a perna ao abrir tantas rotas, desenhando sem rigor um planeamento que haveria de culminar em perturbações de gestão desastrosas no Verão 2014? Porque é que, tanto quanto se diz em voz baixa, houve manifestações de desagrado e de aviso que não foram tidas em conta.
É triste ver o Eng. Fernando Pinto, principalmente quem leu as suas declarações anteriores à empresa que a TAP tinha de crescer para se impor nos mercados, vir agora dizer, precisamente ontem, que a TAP ter-se-ia de ajustar à sua dimensão mais adequada. Então, nós que sempre criticámos a greve dos pilotos, teremos de dizer, em coerência, que o Eng. Fernando Pinto, com as suas sucessivas e muito repetitivas contradições, não tem condições para planear o futuro da TAP.
Espero que todos os que vão ler este desabafo contribuam com as suas participações para elevarmos a TAP ao ponto alto que ela e os seus trabalhadores merecem
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“Depois da Casa arrombada trancas à porta”. Talvez o nosso Primeiro-Ministro, possa adiantar algo sobre isto, mas principalmente sobre o estado da maior companhia portuguesa pelo mundo fora, há mais de cem anos”. O orgulho dos portugueses pelo mundo fora”, vai morrer como o resto, agarrado a um socialismo de trazer por casa!"
Meus senhores, ouvir dizer asneiras, cansa muito! Mesmo muito. O senhor que fala por todo o lado, a quem os poderosos confiam o microfone, não se cala!
Mas antes de ele nascer, os seus pais, não eram críticos como ele é hoje. Só ficaram assim por terem de pagar as suas contas, lavar as suas roupas e ainda por cima, ouvirem chamar-lhes de, “ridículos”. Por isso, antes dos senhores “Costa“ salvarem o planeta”, e quererem corrigir os erros da geração dos seus pais, o melhor é tentarem limpar o seu próprio quarto! Procurando bons políticos para o partido e afastando aqueles que o levaram Portugal à miséria.
Talvez, também, controlando as cheias na capital, e depois, mostrando obra que não seja pública, nem que seja feita com o dinheiro desbaratado aos seus pais em reformas roubadas.
A ideologia punitiva sobre os mais velhos (obras públicas e PPPs), prosseguiu (2009) entre um muro de indiferença, um biombo de manipulação, uma ausência de reflexão coletiva e uma tecnocracia gélida. A política, mesmo que dolorosa, também precisa de ter uma perspetiva afetiva (nunca falsa e manipuladora), para com os atingidos. Já agora, onde pára um qualquer ministro das pensões de algum dos vários governos socialistas?
Andará ele, perdido, naquela geração de políticos que não tendo herdado nem o sentido de serviço público, nem largueza de ideais, governam, sem qualquer grandeza, e dão a impressão de apenas pretenderem fama, poder e dinheiro?
ARevolução do 25 de abril ocorreu numa situação de um escudo forte (cerca de 10 escudos para um marco alemão e 25 escudos para um dólar), com reservas de ouro em quantidade apreciável e numa situação de expansão económica. Hoje e com políticos como o senhor Costa, o nosso País está de rastos! Está na bancarrota, onde já esteve, por várias vezes! Mas, os políticos nunca estiveram tão bem!
De repente, no tal Abril, da “Vila Morena”, começaram-nos a dizer para não trabalharmos tanto e pedirmos mais aumentos de vencimento, fazendo greves. Muitos ingenuamente fizeram-no. No final dos meses os vencimentos começaram então,a estar em perigo. Havia boatos de que era preciso reduzir custos e despedir ou pré – reformar os mais velhos, aqueles que nunca quiseram fazer greve e só quiseram trabalhar. Aos cinquenta anos eram muitos que já estavam sentados nos bancos do jardim! Aos poucos vinham chegando cada vez mais e mais. Outros foram saneados ou fugiram do país. Hoje estão todos a pagar a monstruosa dívida deixada (2011) pelo governo do partido socialista! `
Trabalhadores que pagaram as suas reformas ano a ano e que agora lhe estão a ser roubadas para pagarem a enorme dívida deste país!
De facto, a senhora Merkel, tem toda a razão. Portugal tem licenciados a mais!
O país precisa sim, é de quem trabalhe muito, ganhe pouco e produza muita riqueza. Não para os políticos desbaratarem! Mas para garantirem o futuro dos milhares dos nossos jovens desempregados (também licenciados). Os médicos e os enfermeiros podem abandonar este país para ganharem melhor, quando quiserem, centenas de milhares de trabalhadores pobres já, antes, o fizeram, sem nenhum bastonário a pedir por eles! Ah, podem levar também os respetivos “bastonários”. O país não pode pagar altos vencimentos e a austeridade tem de ser para todos os portugueses, principalmente funcionários públicos.
- “O bolo não cresce; é sempre o mesmo (a tendência é para diminuir). O tamanho das fatias é que é muito díspar: diz-se 85% desse bolo é para a Classe Médica, muito imaginosa no método de inventar pretextos para aumentar a sua fatia e apenas 15% do bolo para todos os demais, onde estão incluídos os Enfermeiros, admirados a olhar para as diferenças abismais e injustificadas e, na sua opinião, soberanamente injustas.”
Quanto sobrará para os reformados, desempregados, inválidos e para todos aqueles que não trabalham para o Estado?
- Daqui a dez anos, vamos ter que contratar enfermeiros no estrangeiro, avisa Germano Couto, bastonário da Ordem dos Enfermeiros. Os enfermeiros estão a emigrar aos milhares e, quando começarem a reformar-se em massa, vai ser complicado assegurar a dotação adequada dos serviços, prevê Germano Couto.
- Quase não há dia que passe sem que nos entre pela casa dentro o ilustre bastonário dos médicos. A sua presença é tão assídua e sua voz tão familiar que já o reconhecemos com a mesma facilidade com que reconhecemos Mário Nogueira.
- João Grancho, presidente da Associação Nacional de Professores, disse ao CM que "a retenção tem sido diabolizada nos últimos anos (2009) " e que "todo o discurso é feito no sentido de tornar cada vez mais difícil a reprovação dos alunos".
- Mário Nogueira: 'Portugal não tem professores a mais, mas sim governantes' Etc., etc., etc.
Assim vai a máquina do Estado. A velha conceção socialista- comunista!
Este tipo de gente esquece por completo o estado em que o país se encontra! Quer mais gente admitida para satisfazer as suas clientelas! Mais e mais despesa no aparelho de Estado! O défice? O que é isso? A dívida pública é para SE IR PAGANDO!
Quer lá saber do estado da nossa economia! Quer lá saber se com os impostos pagos por um povo a sofrer de agonia, é possível fazer aparecer uma economia capaz de pagar toda esta balburdia. Falam em emigração, mas eles (patronos das pressões inqualificáveis) querem lá saber há quantos anos, milhões de portugueses emigram para não morrerem à fome! Eles só pensam na sua barriga e nem se apercebem que podem ser os últimos, mas, eles também irão morrer num país sem futuro para ninguém. O caminho é outro, é o caminho de uma sociedade civil forte e criadora de riqueza, porque isso, o funcionalismo público não faz! Ele só gasta e consome sem cuidar de saber respeitar um país como um todo!
ANTÓNIO BARRETO DESMASCARA O TRAIDOR ROSA COUTINHO
Nunca pensei que um dia ia ver a confirmação (carta) daquilo que se
Suspeitava e se ouvia, à boca cheia nos anos de 1975 até à independência
Ora leiam!
E HÁ TANTA TANTA GENTE, QUE TENDO SABIDO DESTA CARTA DO ALMIRANTE TRAIDOR,
NUNCA TEVE UM PINGO DE CORAGEM PARA O LEVAR A JULGAMENTO...É REVOLTANTE!
Descolonização: para os que têm a memória curta!...
Descolonização exemplar, segundo MÁRIO SOARES, e não só! 'Portugal, País de homens sem HONRA e sem VERGONHA, que nunca julgou ROSA COUTINHOe outros seus iguais.
domingo, 13 de Abril de 2008 Angola é nossa!
Holocausto em Angola, não é um livro de História. É um testemunho. O seu autor viu tudo, soube de tudo
Só hoje me chegou às mãos um livro editado em 2007, Holocausto em Angola, da autoria de Américo CARDOSO BOTELHO (Edições Vega). O subtítulo diz: 'Memórias de entre o cárcere e o cemitério'. O livro é surpreendente. Chocante. Para mim, foi. E creio que o será para toda a gente, mesmo os que 'já sabiam'. Só o não será para os que sempre souberam tudo. O autor foi funcionário da Diamang, tendo chegado a Angola a 9 de Novembro de 1975, dois dias antes da proclamação da independência pelo MPLA. Passou três anos na cadeia, entre 1977 e 1980. Nunca foi julgado ou condenado. Aproveitou o papel dos maços de tabaco para tomar notas e escrever as memórias, que agora edita. Não é um livro de história, nem de análise política. É um testemunho. Ele viu tudo, soube de tudo. O que ali se lê é repugnante. Os assassínios, as prisões e a tortura que se praticaram até à independência, com a conivência, a cumplicidade, a ajuda e o incitamento das autoridades portuguesas. E os massacres, as torturas, as exações e os assassinatos que se cometeram após a independência e que antecederam a guerra civil que viria a durar mais de vinte anos, fazendo centenas de milhares de mortos. O livro, de extensas 600 páginas, não pode ser resumido. Mas sobre ele algo se pode dizer. O horror em Angola começou ainda durante a presença portuguesa. Em 1975, meses antes da independência, já se faziam 'julgamentos populares', perante a passividade das autoridades. Num caso relatado pelo autor, eram milhares os espectadores reunidos num estádio de futebol. Sete pessoas foram acusadas de crimes e traições, sumariamente julgadas, condenadas e executadas a tiro diante de toda a gente. As forças militares portuguesas e os serviços de ordem e segurança estavam ausentes. Ou presentes como espectadores.
A impotência ou a passividade cúmplice são uma coisa. A ação deliberada, outra. O que fizeram as autoridades portuguesas durante a transição foi crime de traição e crime contra a humanidade. O livro revela os atos do Alto-Comissário Almirante ROSA COUTINHO, o modo como serviu o MPLA, tudo fez para derrotar os outros movimentos e se aliou explicitamente ao PCP, à União Soviética e a Cuba. Terá sido mesmo um dos autores dos planos de intervenção, em Angola, de dezenas de milhares de militares cubanos e de quantidades imensas de armamento soviético.
O livro publica, emfac simile, uma carta do Alto-Comissário (em papel timbrado do antigo gabinete do Governador-geral) dirigida, em Dezembro de 1974, ao então Presidente do MPLA, AGOSTINHO NETO, futuro presidente da República. Diz ele: 'Após a última reunião secreta que tivemos com os camaradas do PCP, resolvemos aconselhar-vos a dar execução imediata à segunda fase do plano. Não dizia Fanon que o complexo de inferioridade só se vence matando o colonizador? Camarada AGOSTINHO NETO, dá, por isso, instruções secretas aos militantes do MPLA para aterrorizarem por todos os meios os brancos, matando, pilhando e incendiando, a fim de provocar a sua debandada de Angola. Sede cruéis sobretudo com as crianças, as mulheres e os velhos para desanimar os mais corajosos. Tão arreigados estão à terra esses cães exploradores brancos que só o terror os fará fugir. A FNLA e a UNITA deixarão assim de contar com o apoio dos brancos, de seus capitais e da sua experiência militar. Desenraízem-nos de tal maneira que com a queda dos brancos se arruíne toda a estrutura capitalista e se possa instaurar a nova sociedadesocialista ou pelo menos se dificulte a reconstrução daquela'.
Estes gestos das autoridades portuguesas deixaram semente. Anos depois, aquando dos golpes e contragolpes de 27 de Maio de 1977 (em que foram assassinados e executados sem julgamento milhares de pessoas, entre os quais os mais conhecidos NITO ALVES e a portuguesa e comunista SITA VALLES), alguns portugueses encontravam-se ameaçados. Um deles era MANUEL ENNES FERREIRA, economista e professor. Tendo-lhe sido assegurada, pelas autoridades portuguesas, a proteção de que tanto necessitava, dirigiu-se à Embaixada de Portugal em Luanda. Aqui, foi informado de que o vice-cônsul tinha acabado de falar com o Ministro dos Negócios Estrangeiros. Estaria assim garantido um contacto com o Presidente da República. Tudo parecia em ordem. Pouco depois, foi conduzido de carro à Presidência da República, de onde transitou diretamente para a cadeia, na qual foi interrogado e torturado vezes sem fim. AMÉRICO BOTELHO conheceu-o na prisão e viu o estado em que se encontrava cada vez que era interrogado.
Muitos dos responsáveis pelos interrogatórios, pela tortura e pelos massacres angolanos foram, por sua vez, torturados e assassinados. Muitos outros estão hoje vivos e ocupam cargos importantes. Os seus nomes aparecem frequentemente citados, tanto lá como cá. Eles são políticos democráticos aceites pela comunidade internacional. Gestores de grandes empresas com investimentos crescentes em Portugal. Escritores e intelectuais que se passeiam no Chiado e recebem prémios de consagração pelos seus contributos para a cultura lusófona. Este livro é, em certo sentido, desmoralizador. Confirma o que se sabia: que a esquerda perdoa o terror, desde que cometido em seu nome. Que a esquerda é capaz de tudo, da tortura e do assassinato, desde que ao serviço do seu poder. Que a direita perdoa tudo, desde que ganhe alguma coisa com isso. Que a direita esquece tudo, desde que os negócios floresçam. A esquerda e a direita portuguesa têm, em Angola, o seu retrato. Os portugueses, banqueiros e comerciantes, ministros e gestores, comunistas e democratas, correm hoje a Angola, onde aliás se cruzam com a melhor sociedade americana, chinesa ou francesa.
Para os portugueses, para a esquerda e para a direita, Angola sempre foi especial. Para os que dela aproveitaram e para os que lá julgavam ser possível a sociedade sem classes e os amanhãs que cantam.
Para os que lá estiveram, para os que esperavam lá ir, para os que querem lá fazer negócios e para os que imaginam que lá seja possível salvar a alma e a humanidade. Hoje, afirmado o poder em Angola e garantida a extração de petróleo e o comércio de tudo, dos diamantes às obras públicas, todos, esquerdas e direitas, militantes e exploradores, retomaram os seus amores por Angola e preparam-se para abrir novas vias e grandes futuros. Angola é nossa! E nós? Somos de quem?
Pessoalmente, acredito que este novo século, forçosamente, trará de volta uma nova ordem social e política. Porque, serão finalmente repostos o respeito e os tradicionais valores humanos. Nos dias de hoje, a “pirâmide” está completamente invertida.
Representará tal, uma conquista e uma vitória contra o crime organizado, a criminalidade económico-financeira, o oportunismo e o materialismo selvagem que têm vindo a revelar-se uma ameaça grave contra a moral, democracia e sociedade em geral, e da própria economia.
Quem tiver por hábito manter-se informado sobre o mundo, sabe de previsões de organismos internacionais cheios de credibilidade, no sentido de uma certeza absoluta: a escassez, dentro de duas ou três dezenas de anos, de bens essenciais à manutenção do nível de bem-estar dado como adquirido na Terra, pelos países mais desenvolvidos.
Serão os casos, além de muitos outros, do petróleo e, mais ainda, da água potável! A confirmarem-se tais previsões, e se outras soluções não forem encontradas, o «caos» instalado poderá tornar-se muito perigoso! Sabemos, ainda, que todo o pensamento é adivinhação, como referia Miguel Tamen na sua obra Maneiras de Interpretação. Dizia ele que só agora os homens começam a compreender o seu poder divinatório. Também dizia que só aquele que pode compreender esta Idade, ou seja – dos grandes princípios de rejuvenescimento geral – conseguirá apreender os pólos da humanidade, reconhecer e conhecer a actividade dos primeiros homens, bem como a natureza de uma nova Idade de Ouro que há-de vir …. O homem tornar-se-á consciente daquilo que é: compreenderá finalmente a Terra e o Sol, talvez mesmo, o próprio universo!
Mesmo quando nos servimos da ficção, o nosso pensamento pede adivinhação! Gente entendida e sabedora admite como provável que o surgimento do próprio ser humano tenha ocorrido há cerca de 1 7000 000 de anos. Até hoje, sempre a Terra deu ao Homem os seus meios de sobrevivência. Que estará para acontecer?
É na lógica de uma próxima escassez dos bens essenciais, por exaustão, que será de admitir a vinda de um «caos» mais acentuado. Tanta coisa vai mal no consumo, gestão e preservação dos bens da Terra! O primado do individual sobre o bem comum, por exemplo, é outro ponto que contribui para esta ruptura. Embora seja despiciendo subestimar o individual, um ponto essencial de equilíbrio colectivo é indispensável à nossa sobrevivência.
Parece, contudo, que depois deste «caos» em crescendo, surgirá a já anunciada nova Idade de Ouro. Poderíamos também chamar-lhe de «Paraíso», ou seja, alguma coisa bem melhor do que tudo o que tem existido até hoje. Esse “paraíso” virá, na normal convicção, de uma força universal a unir as pessoas, e que brotará por volta de 2040 na montanha Sinjar, no Iraque. Resultará ela, de uma nova cultura que, sem ofuscar a individualidade, conseguirá sobrepor-se a ela, fazendo desabrochar um novo sentido colectivo, quase perfeito, em consequência directa de se ter atingido um grau superior na sua civilização.
Novamente aquela região doa grandes rios, na qual nasceram as maiores religiões monoteístas do mundo e outras civilizações, será o berço de uma nova civilização! A Sociedade Global em pleno. Muitos apontam, hoje, duas vias para a globalização, ignorando, todavia, que em 2040 estará implementada na Terra uma terceira via! A Idade de Ouro.
Essa será a grande mudança a ocorrer e constituirá o desaparecimento da mediocridade e oportunismo que nos conduziram ao «caos», relativo, do início deste século. Assim poderá ser em meados do actual século!
As fontes de riqueza natural expandem-se desigualmente pelas diferentes regiões do Globo, com os aspetos curiosos e inesperados que a geografia económica revela. Se o crude e o seu derivado petróleo, sobressaem na importância de toda e qualquer economia, já vimos anteriormente que as reservas do Médio Oriente são consideráveis a nível mundial.
O petróleo, uma arma do Médio Oriente
Descoberto no início do século XX (a primeira exploração data de 1909 no Irão), o petróleo tornou-se um dos mais importantes elementos da economia mundial. Além de utilizado como combustível, vários outros derivados colocam o petróleo como base da economia de muitos países, sendo alvo da cobiça e sinal de riqueza para quem detém jazidas. O Médio Oriente, logo após a Primeira Guerra Mundial, já era o maior produtor petrolífero do mundo e, por isso, despertava o interesse das grandes potências. Assim, houve uma partilha dos países do Médio Oriente com a França e a Inglaterra, que passaram a dominar as empresas de exploração de petróleo. Para citar um exemplo, em 1926, a Irak Petroleum foi repartida entre Inglaterra, que detinha 52,5% das ações; França, com 21,25% e EUA, 21,25%; restando ao Iraque somente 5%. Cerca de 90% da produção mundial passou ao controle de apenas sete empresas, conhecidas como as “Sete Irmãs”, das quais cinco eram norte-americanas. Como consequência desse imperialismo, houve um grande êxodo rural na região, principalmente do Egipto para os países do Golfo, provocando desequilíbrios populacionais e económicos. Vale a pena lembrar que, apesar de se estarem a formar grandes riquezas, apenas uma pequena classe de privilegiados tinha acesso ao dinheiro e a maioria dos “petrodólares” eram investidos nos grandes centros dos países ricos, restando 7% de investimento aos países árabes. Com o nível de vida das populações a baixar, apareceu um forte sentimento de independência nos países árabes. Os produtores de petróleo passaram a pressionar as “sete irmãs” estabelecendo uma divisão de lucro de meio por meio e, em 1960, criam a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) para organizar e fortalecer essa política de independência. Os países membros são: Arábia Saudita, Emiratos Árabes Unidos, Irão, Catar, Kuwait, Iraque, Líbia, Gabão, Indonésia, Nigéria, Equador, Venezuela e Argélia. Em 1968, cria-se a OPAEP (Organização dos Países Árabes Exportadores de Petróleo), com o objectivo de defender os interesses referentes à nacionalização das companhias estrangeiras.
Também já vimos que foi nesta área do Golfo que nasceram das mais influentes religiões do mundo
Constatámos igualmente ser o Médio Oriente, uma das zonas que apresenta maior instabilidade política e social, sendo inclusive, aquela onde se desenrolaram nos últimos tempos mais guerras. O conflito entre israelitas e árabes, tornou-se latente há muitas dezenas de anos, sem fim à vista. É nesta zona que atuam muitos dos grupos de guerrilheiros organizados e conhecidos em todo o mundo. Logo nesta região que é das que apresenta maior densidade populacional. Naturalmente que existirão razões históricas na origem de todos estes factos, motivo pelo qual valerá a pena relembrá-los. As zonas onde se desenvolveram as primeiras civilizações históricas, apresentam uma baixa latitude nas suas terras, de clima seco e muito quente, onde os desertos ocupam lugar importante, deixando apenas como regiões favoráveis à fixação do homem as duas únicas grandes planícies (Egipto e Mesopotâmia), cuja fertilidade se devia à enchente dos seus rios: Nilo, Tigre e Eufrates.
A civilização egípcia floresceu durante mais de três milénios no vale do Nilo, dispersando-se pelas terras que o rio, extenso e impetuoso, tornava ciclicamente férteis. Venerado como um Deus que tudo dava e a quem tudo se agradecia, o Nilo Azul foi, assim, razão de existência para um povo que se iria mostrar inteligente e activo, ao ponto de erguer e estabilizar uma cultura que a História regista como a mais duradoira da Antiguidade. A decadência do mundo egípcio começa no século VII a.C., com o assalto das hordas assírias e, mais tarde, dos Persas. O Egipto torna-se por último uma província da Roma vencedora.
A civilização dos sumérios floresce na Mesopotâmia no fim do IV milénio a.C. Hamurabi, que foi o primeiro grande rei dos semitas, unificou toda a Mesopotâmia Meridional (ou Babilónia), mas a verdadeira unidade viria a ser conseguida por um outro povo semita – o assírio (1243 a.C.) que, embora sob constantes vicissitudes, foi o último grande povo do vale entre o Tigre e o Eufrates que dominou a região antes da conquista persa.
A Babilónia foi a primeira do mundo a pôr a alegria de viver acima da glória militar.
Babilónia capital, como Paris, era um centro de cultura internacional. E como Paris era um centro de diletantismo e divertimento. A mulher babilónia era a mais emancipada do Oriente. A poligamia era proibida mas a concubinagem era legal. E para além das leis, a mulher mandava no coração dos homens. Os célebres jardins suspensos da Babilónia, foram erguidos por Nabucodonosor para consolar as suas amigas. Vénus a mais querida das deusas babilónicas, era representada sob a forma de uma mulher em pé sobre dois leões. A força submetida à beleza. Uma frase resume a História do Médio Oriente até final do século XII: Um desfile de civilizações.
Em 1500 anos (cerca de 4500 a 3000 a.C.) os homens do vale entre o Tigre e o Eufrates e os do vale do Nilo, inventaram a roda e os transportes rodados, aprenderam a trabalhar o linho, construíram barcos à vela, descobriram os números, inventaram a escrita, aprenderam a irrigar as terras de cultura, criaram as primeiras cidades e revelaram o seu talento para as artes.
A invasão dos bárbaros provocou uma rotura na marcha da sua história
O Médio Oriente vinha sendo, deste modo, a fonte de civilizações brilhantes e sucessivas havia 40 séculos. Hordas sinistras de bárbaros saíram do centro da Ásia e semearam a destruição durante oito séculos nas terras luminosas do Médio Oriente: Genghis - khan e seus tártaros, Tamerião e os mongóis, Osman e os seus turcomanos. A crueldade desses tiranos estendia-se aos animais e às coisas inanimadas. Por onde passavam destruíam as ovelhas e as árvores. Na Mesopotâmia, demoliram os canais de irrigação. É difícil de compreender por que razão ou misteriosa sabedoria foi desencadeado em terras de gente tão humana e civilizada uma tão feroz barbaridade?
O império otomano governou a maior parte dos territórios árabes desde 1560. A Inglaterra teve uma aliança com os otomanos durante a maior parte do século XIX. Em 1899 o Kuwait tornou-se um protectorado britânico. Os otomanos aliaram-se aos alemães durante a primeira guerra mundial e por isso a Inglaterra, a França e a Rússia concordaram secretamente em Maio de 1916 em repartir as terras do antigo império Otomano. Por esta mesma altura a Inglaterra decidiu apoiar uma revolta árabe chefiada por Hussein, xerife de Meca e xeque do clã Hashemita, para derrubar o poder otomano e criar um Estado árabe independente, com a promessa de que todas as terras entre o Egipto, o Irão e a Turquia pertenciam a esse Estado. Depois da primeira Grande Guerra o território de Hussein foi repartido e foram formados Estados independentes. A Liga das Nações deu mandatos à França para governar o Líbano e a Síria, e à Inglaterra para governar a Palestina e a Mesopotâmia. Londres fez dos filhos de Hussein reis do Iraque e da Jordânia. A Síria e o Líbano tornaram-se independentes depois da segunda Guerra Mundial. Os protectorados britânicos, como o Kuwait, conseguiram o mesmo depois de 1960. Sob a égide inglesa é proclamado em 13 de Maio de 1948 o Estado de Israel. Um golpe militar derrubou a monarquia iraquiana em 1958. Em Abril de 1979 é proclamada a Republica Islâmica do Irão, depois da queda do Xá Reza Palevi e do regresso do líder carismático Ayatolla Khomeini. Decorridos que são oito séculos muito se tem passado na região do Médio Oriente e muito se irá ainda passar.
António Barreto. Este é um tempo de crise ou um tempo de mudança?
04 Novembro 2017 1.050
"Tempo de Escolha" é o novo livro de António Barreto. O Observador faz a publicação de um excerto do prefácio, no qual o autor mostra uma visão preocupada sobre a actualidade em Portugal e no mundo.
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Este é o mais recente livro de António Barreto, que reúne artigos publicados no Diário de Notícias entre 2015 e 2017 e entrevistas feitas entre 2012 e 2017. O Observador publica um excerto do prefácio no qual o autor apresenta uma visão preocupada sobre a actualidade social, económica e política, em Portugal, na Europa e no mundo.
“Tempo de Escolha”, de António Barreto (Relógio d’Água)
“É um tempo sombrio, cuja definição é difícil. Será crepuscular e decadente? Ou será uma crise de transformação, uma metamorfose? Ou um pouco dos dois? Estes dois anos, com uma extraordinária sucessão de eleições e referendos (Áustria, Itália, Espanha, Grã-Bretanha, França, República Checa e Alemanha, aos quais se deveriam acrescentar, por razões óbvias, os Estados Unidos da América), estão a definir o futuro da União, da Europa e do Ocidente. É patente a enorme dificuldade em reorganizar uma União que consiga evitar o agravamento da crise actual e que seja capaz de assegurar a igualdade entre Estados e nações, quando a desigualdade é crescente e a Alemanha, quarta potência económica do mundo, consolida a sua hegemonia.
À diferença entre Estados é ainda necessário acrescentar a desigualdade social e económica a crescer em quase todos os países ocidentais, mesmo se todos os grupos e classes conhecem melhoramentos da sua condição. Os países ricos e os ricos de todos os países vêem as suas fortunas aumentar quase sem limites, o que, graças ao trabalho, à inteligência e ao esforço, pode ser justo, mas que se traduz frequentemente numa atitude de desdém pelos menos ricos, os remediados, os pobres e os miseráveis. Se é verdade que as desigualdades podem ser motores da História e do progresso, não é menos certo que também podem ser a causa da explosão social. A União Europeia tem diante de si dilemas impossíveis. Tem de escolher entre a igualdade e a hegemonia. Como tem de decidir entre a coesão e a fragmentação. Só se salvará se escolher o mais difícil: a flexibilidade.
Uma Europa que tentou garantir a uniformidade e a coesão não soube garantir a diversidade e a flexibilidade. O mito da igualdade a todo o preço ruiu, quando percebemos que a uniformidade com assimetria é mais violenta para os mais pobres e os mais fracos. Ao querer forjar uma igualdade artificial, a União expôs as fragilidades de vários países e várias regiões, levando a situações quase dramáticas.
Pertencer à União, mesmo com as dificuldades que esta atravessa, é mais uma maneira de eventualmente contribuir para o seu melhoramento. Não para a sua dissolução ou para o abandono, como pretendem os nacionalistas de direita e de esquerda. Mas para o seu melhoramento. Por isso é importante estar dentro e ter algo a dizer.
Portugal partilha todas estas preocupações, faz parte dos problemas e bom seria que também fizesse parte das soluções. Ou pelo menos que fizesse ouvir os seus interesses nas soluções europeias. Continuo convencido de que é vantajoso para Portugal permanecer na União e manter o Euro. Não tenho a certeza de ambas as hipóteses. Até porque as questões económicas e financeiras ganharam uma tal complexidade e dependem de tantas circunstâncias internacionais, que uma opinião firme pode ser simplesmente crença teimosa. Mas parece-me que uma saída de Portugal do Euro seria, pelas consequências comerciais e sociais, pela incerteza e pela imprevisibilidade, um desastre económico. Mais ainda, uma saída da União seria dramática. A ideia de que não existe alternativa é evidentemente errada. Trata-se em geral de postulado inventado por quem defende um ponto de vista e não quer encarar a hipótese de outros pensarem de modo diferente. Existem alternativas à União Europeia. E, se fosse necessário, Portugal encontraria caminho alternativo. Mas, com o que se sabe hoje, esse caminho traria mais pobreza, mais incerteza e menos liberdade. Pertencer à União, mesmo com as dificuldades que esta atravessa, é mais uma maneira de eventualmente contribuir para o seu melhoramento. Não para a sua dissolução ou para o abandono, como pretendem os nacionalistas de direita e de esquerda. Mas para o seu melhoramento. Por isso é importante estar dentro e ter algo a dizer.
Ter uma voz na Europa transformou‑se numa esperança de todos, dos que querem essa voz para melhorar a nossa posição ou para diminuir os inconvenientes da integração, mas também dos que a querem para contrariar tudo quanto a União é e representa. “Ter uma voz na Europa” parece ser hoje um fenómeno de pensamento mágico: basta falar com a voz grossa! Basta falar alto com a Europa e as potências europeias, dizem uns! O que é preciso é dar um murro na mesa, afirmam outros! É preciso dizer não em voz alta e bom‑tom, garantem todos! Parece que, se Portugal fizer estas piruetas junto de Bruxelas, na Alemanha ou no FMI, venceremos! Esta espécie de voluntarismo adolescente é totalmente inútil, tem efeitos exclusivamente retóricos, alegra o eleitorado, contenta os fãs e inquieta todos os outros. Sendo certo que a submissão e a tibieza nunca são boas, a verdade é que a voz grossa não substitui o trabalho de casa, o pagamento das dívidas, a organização económica, a paz social, o apoio da população e a qualidade da sociedade em que se vive! Os Portugueses têm escolhas, mas estas não são entre a voz grossa e a voz fina! São entre cumprir os seus deveres ou não, governar com decência ou não, combater a corrupção ou não! Os Portugueses não podem escolher entre a tempestade e o bom tempo, mas podem, isso sim, em caso de tempestade, escolher quem os dirige, quem os pode orientar e ajudar a atravessar a tempestade. Podem escolher a frota, os navegantes e a rota. Mas têm de estar preparados para a borrasca.
Tanto em Portugal como na Europa e no resto do mundo, estes dois anos (o tempo destes artigos aqui coligidos) foram particularmente ricos em acontecimentos, bons e maus. Os maus são tantos e tão medonhos que quase nos habituámos, naquela que é uma real perversão da natureza humana: acostumámo‑nos ao horror, já não temos sensibilidade ao sofrimento e até somos capazes de pensar que a violência tem qualidades estéticas! As guerras no Próximo Oriente, os caudais de refugiados e de miseráveis que atravessam ou morrem no Mediterrâneo e o terrorismo islâmico por todo o sítio foram constantes neste tão curto período. Ofereceram‑nos imagens e relatos de arrepiar, como as cidades destruídas de Mossul ou de Alepo, os adolescentes assassinados numa sala de concertos em Manchester ou os barcos preparados para fazer flutuar e de vez em quando afundar milhares de refugiados, de modo a desencadear emoções e solidariedade..........
O responsável pelo governo fala, amiudadamente, em bons resultados económicos! Onde estão eles? A dívida monstruosa que o PS deixou ao país está aí e cada vez maior. O défice foi reduzido grandemente por Passos Coelho e o restinho que faltava foi manipulado com recursos a obras não feitas mas aprovadas na AR! Ou seja cativações ilusórias!
“Queremos construir uma sociedade decente em que todos possam aceder ao conhecimento”, disse o primeiro-ministro na mensagem natalícia, com pouco mais de cinco minutos, na qual elencou algumas medidas já tomadas pelo Executivo neste âmbito, como o alargamento do ensino pré-escolar às crianças a partir dos três anos de idade e o lançamento do programa “Qualifica”, para adultos. António Costa falou ainda do alargamento da majoração do abono de família a todas as crianças até aos três anos, de um programa para o sucesso educativo e de um novo modelo de avaliação.
O primeiro-ministro salientou os bons resultados obtidos por Portugal no estudo internacional PISA — em que pela primeira vez o país ficou acima da média da OCDE — e disse que esse “é o caminho que temos de prosseguir”, pois, defendeu, “foi este investimento no conhecimento que permitiu recuperar sectores como o calçado ou o têxtil, que melhorou a qualidade dos nossos produtos agrícolas e dos nossos serviços turísticos e que nos abriu as portas a novos sectores”.
António Costa disse ainda que é objectivo do Governo aumentar “os empregos de qualidade, que ofereçam confiança no futuro à geração mais qualificada que Portugal já formou”. O governante expressou o desejo de que essa geração “nunca mais seja forçada a emigrar” e admitiu que “a pobreza e a precariedade laboral são mesmo as maiores inimigas de uma melhor economia”.
O nosso primeiro-ministro parece querer fazer esquecer o maior ou um dos maiores problemas que Portugal tem pela frente: Pagar uma dívida externa impagável pela sua dimensão. Tudo isto é conversa para ganhar eleições, pois essa é na realidade a sua maior preocupação. Parece também querer esquecer que foi um governo, do qual fez parte, que deixou o nosso país entregue à TROICA!
Mesmo que conseguíssemos pagar a dívida, para nos desenvolvermos pelos nossos próprios meios, Portugal não é só dos meninos de três anos de idade, que muito terão de aprender para terem mais conhecimento que os seus pais e avós. Estamos a regressar aos tempos desastrosos das “NOVAS OPORTUNIDADES”! Seria bom que o senhor primeiro-ministro com o investimento que já fez aos senhores e senhoras investigadores, inventassem primeiro uma forma de fazer desaparecer toda a população que no seu benfazejo pensamento anda aqui a mais, OS IDOSOS. Depois poderia também tentar vender metade das nossas auto-estradas. Não esquecer que somos o País com mais auto-estradas por quilómetro quadrado. Em metade das que sobrassem poderia mandar plantar hortaliças e outros legumes que nós importamos para não morrermos à fome! Também seria bom que resolvesse o problema dos fogos e mandasse plantar entre os eucaliptos e choupos, muitas árvores de fruto para perceber que há coisas muito mais necessárias, como por exemplo acabar com os malditos fogos. Senhor primeiro-ministro pense depois que está a falar com gente que muito trabalhou por este país e que não gosta de “perdões fiscais, Qualifica”, rendas, cativações e cursos para adquirir mais conhecimentos, pois aquilo que o nosso país precisa é acima de tudo de pessoas que trabalhem e não de “loas” desastrosas e desanimantes. Por favor não nos desgaste ainda mais, mesmo com a barriga vazia. O socialismo não provou em país algum, muito menos provará em Portugal. Entretanto, o melhor é esquecermos os enormes “conhecimentos” dos seus apoiantes da extrema-esquerda!
- AQUILO que Portugal precisa é regressar ao sistema educativo que já teve, ou seja, com muito e bom conhecimento.
- Recuperar sectores como o calçado, mobiliário ou o têxtil? Estes sectores têm muitos anos de convívio de feiras industriais e de vontade para evoluírem, Também têm muito bons empresários feitos à sua própria custa e não das escolas públicas!
- Portugal não tem oferta turística de hoje, mas um trabalho desenvolvido desde há muitos anos!
- A geração de que fala não aparecerá nunca com os seus fantasiosos e dispendiosos cursos! Mesmo que assim fosse, nunca chegaria por menos de trinta ou mais anos. Um país desenvolvido consegue-se com muito trabalho, produção e respeito por todos. Nunca pela máquina do Estado, mas sim pela actividade privada.
Portugal beneficiou das ajudas do Fundo de Solidariedade da UE em 2003, aquando dos incêndios que devastaram o País e causaram um prejuízo avaliado em 1,2 mil milhões de euros. A Comissão Europeia aprovou um montante de 48,5 milhões de euros de ajudas provenientes do fundo, 42,4 dos quais foram utilizados. No ano seguinte, o País não pôde candidatar-se ao fundo por não ter atingido o limite mínimo de prejuízos estabelecidos pelo critério geral de atribuição do mesmo: prejuízos de três mil milhões de euros ou de 0,6% do PIB do país alvo de catástrofe.
Muita gente pensará: “Afinal, este ano foi tão pobre em fogos”?
Com o país a precisar da entrada de fundos da EU, e parece que não apanhamos nada! Depois querem o défice zero.
Mesmo assim, é muito estranho que nos últimos anos a população seja amedrontada com tantos fogos no país inteiro, de manhã à noite (principalmente nas televisões) e neste ano com temperaturas tão altas, nada. Bombeiros e televisões, jornais e rádios nem disso falam!
Mas, surpresa das surpresas, peguei hoje num diário que casualmente comprei e li: “ Em Vale de Amêndoa, as chamas eclodiram cerca das 15 horas, numa altura que os termómetros registavam temperaturas a rondar os 40º Este factor, em conjunto com algum vento que se fazia sentir, foi forte aliado das chamas que atingiram grandes dimensões.
Tais condições de certo fizeram fogos por todo o território! … A protecção civil registou ontem oito dezenas de incêndios!
Claro que não me lembrei de havia futebol e terá sido por isso que os fogos foram ocultados.
Temos uma comunicação social muito amiga dos portugueses que, desta maneira, puderam ver o futebol sem sobressaltos.
Provavelmente, se tivessem feito o mesmo nos anos anteriores, Portugal já seria campeão Europeu há muito mais tempo?
“É melhor ter umcachorro amigodo que umamigo do cachorro. ... dizer qualquer coisa idiota a umcão, faz com que ele vá olhar para ti e diga: 'MeuDeus, você está......! Salvo se você engrossar e levantar a voz!
O meu cachorro brinca o tempo todo! Mas, por vezes é preciso pará-lo! Só que ele não leva a sério a nossa intenção. Só modera a brincadeira e a supremacia sobre o dono quando nós levantamos a voz e falamos grosso. Nessa altura, fica olhando nos nossos olhos, para ter a certeza de que, realmente nós, queremos impor a nossa vontade.
Começo a perceber e a aprender com o meu cachorro. Veio viver comigo, tinha um mês de idade. Levou seis meses para começar a ladrar. Depois engrossou a sua voz, principalmente para o nosso vizinho e só muda de atitude quando eu faço o mesmo que ele! Aí, enrola o rabinho e respeita-me, afastando-se respeitador.
Não sei bem porquê, mas parece-me que “falar alto e engrossar a voz”, mesmo dizendo asneiras, é que está a dar! Num debate entre cachorros, a vitória está segura!
Um artigo de Jacques Amaury, sociólogo e filósofo francês, professor na Universidade de Estrasburgo.
"Portugal atravessa um dos momentos mais difíceis da sua história que terá que resolver com urgência, sob o perigo de deflagrar crescentes tensões e consequentes convulsões sociais.
Importa em primeiro lugar averiguar as causas. Devem-se sobretudo à má aplicação dos dinheiros emprestados pela CE para o esforço de adesão e adaptação às exigências da união.
Foi o país onde mais a CE investiu "per capita" e o que menos proveito retirou. Não se atualizou, não melhorou as classes laborais, regrediu na qualidade da educação, vendeu ou privatizou mesmo atividades primordiais e património que poderiam hoje ser um sustentáculo.
Os dinheiros foram encaminhados para autoestradas, estádios de futebol, constituição de centenas de instituições público-privadas,fundações e institutos, de duvidosa utilidade, auxílios financeiros a empresas que os reverteram em seu exclusivo benefício, pagamento a agricultores para deixarem os campos e aos pescadores para venderem as embarcações, apoios estrategicamente endereçados a elementos ou a próximos deles, nos principais partidos, elevados vencimentos nas classes superiores da administração pública, o tácito desinteresse da Justiça, frente à corrupção galopante e um desinteresse quase total das Finanças no que respeita à cobrança na riqueza, na Banca, na especulação, nos grandes negócios, desenvolvendo, em contrário, uma atenção especialmente persecutória junto dos pequenos comerciantes e população mais pobre.
A política lusa é um campo escorregadio onde os mais hábeis e corajosos penetram, já que os partidos cada vez mais desacreditados, funcionam essencialmente como agências de emprego que admitem os mais corruptos e incapazes, permitindo que com as alterações governativas permaneçam, transformando-se num enorme peso bruto e parasitário.
Assim, a monstruosa Função Publica, ao lado da classe dos professores, assessoradas por sindicatos aguerridos, de umas Forças Armadas dispendiosas e caducas, tornaram-se não uma solução, mas um fator de peso nos problemas do país.
Não existe partido de centro já que as diferenças são apenas de retórica,
entre o PS (Partido Socialista) e o PSD (Partido Social Democrata), de direita, agora mais conservador ainda, com a inclusão de um novo líder, que tem um suporte estratégico no PR e no tecido empresarial abastado.
Mais à direita, o CDS (Partido Popular), com uma atividade assinalável, mas com telhados de vidro e linguagem pública, diametralmente oposta ao que os seus princípios recomendam e praticarão na primeira oportunidade.
À esquerda, o BE (Bloco de Esquerda), com tantos adeptos como o anterior, mas igualmente com uma linguagem difícil de se encaixar nas recomendações ao Governo, que manifesta um horror atávico à esquerda, tal como a população em geral, laboriosamente formatada para o mesmo receio. Mais à esquerda, o PC (Partido comunista) menosprezado pela comunicação social, que o coloca sempre como um perigo latente e uma extensão inspirada na União Soviética, oportunamente extinta, e portanto longe das realidades atuais.
Assim, não se encontrando forças capazes de alterar o status, parece que a democracia pré-fabricada não encontra novos instrumentos.
Contudo, na génese deste beco sem aparente saída, está a impreparação, ou melhor, a ignorância de uma população deixada ao abandono, nesse fulcral e determinante aspeto. Mal preparada nos bancos das escolas, no secundário e nas faculdades, não tem capacidade de decisão, a não ser a que lhe é oferecida pelos órgãos de Comunicação. Ora e aqui está o grande problema deste pequeno país; as TVs as Rádios e os Jornais, são na sua totalidade, pertença de privados ligados à alta finança, à industria e comercio, à banca e com infiltrações acionistas de vários países.
Ora, é bem de ver que com este caldo, não se pode cozinhar uma alimentação saudável, mas apenas os pratos que o "chefe" recomenda.
Daí a estagnação que tem sido cómoda para a crescente distância entre ricos e pobres.
A RTP, a estação que agora engloba a Rádio e TV oficiais, está dominada por elementos dos dois partidos principais, com notório assento dos sociais-democratas, especialistas em silenciar posições esclarecedoras e calar quem levanta o mínimo problema ou dúvida. A seleção dos gestores, dos directores e dos principais jornalistas é feita exclusivamente por via partidária. Os jovens jornalistas, são condicionados pelos problemas já descritos e ainda pelos contratos aprazo determinantes para o posto de trabalho enquanto, o afastamento dos jornalistas seniores, a quem é mais difícil formatar o processo a pôr em prática, está a chegar ao fim. A deserção destes, foi notória.
Não há um único meio ao alcance das pessoas mais esclarecidas e por isso, "non gratas" pelo establishment, onde possam dar luz a novas
ideias e à realidade do seu país, envolto no conveniente manto diáfano que apenas deixa ver os vendedores de ideias já feitas e as cenas recomendáveis para a manutenção da sensação de liberdade e da prática da apregoada democracia.
Só uma comunicação não vendida e alienante, pode ajudar a população, a fugir da banca, o cancro endémico de que padece, a exigir uma justiça mais célere e justa, umas finanças atentas e cumpridoras, enfim, a ganhar consciência e lucidez sobre os seus desígnios.
Após a tertúlia desta noite em Queijas não poderia deixar de desabafar sobre as ocorrências e discorrências da pré-campanha no concelho e em Queijas.
Considero uma falta de respeito pelos actuais eleitos do PSD na Assembleia de Freguesia de Queijas, Hélder Sá e António Parreira, eleitos em 11 de Outubro de 2009 nas circunstâncias que são do conhecimento do Alexandre e do Ricardo. E não só.
As desconsiderações já vêm do passado recente em que nas visitas efetuadas as várias instituições da freguesia o signatário foi ignorado, nem sequer lhe foi dado conhecimento; aliás, não é caso único, o mesmo aconteceu em outras freguesias.
Estive presente hoje porque recebi na minha caixa de correio um convite generalista da JSD, que ainda por cima não tinha a hora do evento. Apesar do meu problema de saúde fiz um esforço para estar presente. Os representantes do PSD na Assembleia de Freguesia de Queijas deveriam ter recebido um convite personalizado ou, no mínimo, um telefonema.
O candidato à União de Freguesias de Carnaxide e Queijas deveria, por uma questão de educação e respeito, ter convidado pelo menos o 1.º eleito do PSD na Assembleia de Freguesia. O Dr. Moita Flores e o candidato Isidro de Brito deveriam na sua alocução ter referido a presença dos eleitos do PSD na Assembleia de Freguesia, Helder Sá e António Parreira e, também, por respeito a quem foi Presidente de Junta eleito pelo PSD no mandato 1997/2001, Sr. António Reis Luz.
Sem humildade, sem respeito e consideração pelo presente e pelo passado do PSD em Queijas e pelos que por ele deram a cara, não há Ambição que nos valha.
Como referi na minha intervenção para além de passar a “pasta” queria partilhar os 4 anos de mandato dos representantes do PSD e a postura da maioria relativa do IOMAF.
O Ricardo Rodrigues enquanto vereador com o pelouro dos cemitérios acompanhou o processo do crematório de Barcarena; eu e o António Parreira, na qualidade de eleitos do PSD, acompanhamos igualmente o processo, que está parado com os prejuízos daí decorrentes para Queijas (e Barcarena). E pareceu-me que o candidato Isidro de Brito não está ao corrente do processo do crematório. Quer ele, quer o Dr. Moita Flores, quando vierem a ser questionados, com mais propriedade em Barcarena e em Queijas, sobre o que vai acontecer ao crematório e ao incumprimento por parte do empreiteiro e entidade que o vai explorar (Tomás de Oliveira, Empreiteiros), o que é que vão responder? Que a Junta de Barcarena vai tomar posse administrativa da obra executada ou, a exemplo, das PPP do Governo central ou das PPPI de Oeiras, os prejuízos vão ser assumidos pelas actuais freguesias de Barcarena e de Queijas?
Sobre a mobilidade e falta dela em Queijas (é inaceitável que não haja uma ligação directa de transportes públicos entre a sede do concelho e Queijas) não se podem dizer trivialidades. Os dossiers devem ser estudados. No início deste ano o IMTT (que ficou com as competências da Ex-Direcção-Geral do Transportes Terrestres) renovou o contrato de exploração com a VIMECA. Portanto, dizer-se que se vai falar com a VIMECA não é nada, a actual Junta falou com a VIMECA, a Câmara falou com a VIMECA e o Governo via IMTT renovou o contrato de exploração com a VIMECA sem passar cartão à Câmara e à Junta!
No actual quadro legal só há uma possibilidade: a Câmara constituir os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos, a exemplo do Barreiro, Coimbra ou Braga. Não há qualquer outra possibilidade.
Quero acreditar que o candidato Isidro de Brito já tenha falado com a Provedora da Santa Casa, Dra. Eduarda Godinho, que lhe dirá o número funcionários que a Junta de Queijas tem no Infantário “O Traquinas”, que gerido pela SCMO em parceria com a CMO e JFQ.
Estou disponível para partilhar e passar a “pasta” ao candidato Isidro de Brito. O que eu tenho a transmitir também serve para o Dr. Moita Flores, por isso o pedido de reunião a três (ou a 4): Dr. Moita Flores, Dr. Isidro de Brito, Helder Sá e António Parreira. O Sr. António Reis Luz, a meu pedido, está disponível para ajudar, aliás como referi num email recente. É um apoio de peso a considerar.
O que as Pessoas querem é a resolução de factos concretos: crematório, transportes, centro geriátrico de Laveiras, centro geriátrico de Porto Salvo. Quais as propostas de Moita Flores, de Isidro de Brito, de Custódio Paiva, de Jóia da Silva e de Vítor Marques.
Mais informo que por uma questão de respeito para com a minha pessoa, para com o António Parreira e para com o ex-Presidente António Reis Luz, só voltarei a estar presente em Queijas em actos da campanha desde que formalmente convidado na qualidade de eleito do PSD.
Como não tenho e-mail pessoal do Dr. Moita Flores, peço que lhe façam chegar o conteúdo desta mensagem.
Com os melhores cumprimentos.
Helder Sá
(Eleito do PSD na Assembleia de Freguesia de Queijas)
As dívidas a terceiros de todos os municípios portugueses cresceram 3,2 por cento em 2010. No final desse ano as 308 câmaras, diretamente, deviam 8275 milhões, mais 255 milhões que em 2009. Várias autarquias viram o passivo crescer mais de 30 por cento em 2010.
Repescando informação sobre a gestão autárquica, de forma aleatória, pode ler-se:
“Os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de (?) estão a notificar mensalmente cerca de mil clientes por dívidas relativas ao abastecimento de água e saneamento, revelou o presidente da Câmara, que atribui a situação à crise”. "A crise é a principal responsável", afirmou à agência Lusa o presidente, um eleito pelo PS, referindo que "as pessoas têm dificuldades, cada vez maiores". Segundo o autarca, sente-se que "as pessoas não têm dinheiro, porque lhes é retirado por via de cortes ou porque estão no desemprego". “Endividamento do sector empresarial local aumentou 170 milhões no último ano e agravou em 25% os prejuízos das câmaras que as tutelam. Entre 2008 e 2009 autarquias contrataram mais 8 mil trabalhadores!”
“Em Portugal existem, segundo os dados mais recentes, 281 empresas municipais e destas 125 tiveram resultados negativos. No total, este sector empresarial deve 1531 milhões de euros, o que engrossa a dívida total das autarquias em 25%.”
Nos termos da Lei nº 64/2013, de 27 de Agosto estão as Autarquias Locais obrigadas a disponibilizar no respetivo sítio eletrónico listagem das subvenções e benefícios públicos concedidos. Este é um mundo no qual navegam o populismo, eleitoralismo, o amiguismo e até a injustiça!
Já no ano de 2002, a ministra das finanças afirmava ir impor às autarquias um limite zero ao endividamento total (em termos líquidos) a negociar com a Associação Nacional de Municípios.
Este endividamento tem a ver com o facto que mais ameaça a evolução do défice orçamenta do Estadol!
A penalização para quem ultrapassar os objetivos será concretizada município a município, através das transferências a que cada um tem direito com base na Lei das Finanças Locais.
Os anos passaram e os objetivos não se concretizaram. Caímos na bancarrota, no desemprego, na austeridade brutal e os cortes sobraram para cima dos desempregados, dos reformados e dos trabalhadores em geral. Muitas vezes com dois ou mais cortes brutais (caso dos reformados da atividade privada)! Os políticos, e demais servidores do Estado, ficaram incólumes ou quase!
Habitualmente, neste tempo quente de verão, Portugal arde de forma dantesca. Todos os anos, com uma normalidade que não conhece desvios, os incêndios entram pela nossa casa dentro, ameaçando e destruindo tudo aquilo que à sua frente surgir.
Vorazes e indiferentes ao que quer que seja, imperturbáveis no seu avanço, chegam até nós nesta época. Sem reserva, nem hora certa, todos os dias fazem o seu rol destrutivo! Os seus objetivos são sempre os mesmos e fáceis de prever, com reduzida margem de erro.
Donde vêm os incêndios? Quem os dirige? Andarão por aí à solta? Se são postos por alguém, o que pretende esse alguém? Dar trabalho aos bombeiros e permitir que os meios aéreos, destinados ao seu combate, sejam testados? Ao certo, sabemos que verão a verão, vimos as mesmas imagens, ou ouvimos os mesmos gritos de angústia e assistimos a renovadas promessas de que para o próximo ano será diferente.
Agora, o ministro da Administração Interna (MAI), Miguel Macedo, disse hoje, em Pombal, que as televisões fazem "especial gala na cobertura dos incêndios" florestais e não gastam "um minutinho do seu tempo" com a sua prevenção.
"Estão aqui as televisões e eu aproveito para dizer: Impressiona-me sempre que as televisões façam especial gala na cobertura dos incêndios florestais e não gastem um minutinho do seu tempo a percorrer o país, a ver o que está feito ou não está feito em termos de prevenção", afirmou Miguel Macedo, que falava no Teatro-Cine de Pombal, na sessão de abertura de um debate sobre "Desastres naturais - preparação, socorro, recuperação", promovido pela Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).”
Tem vezes, que mais parece que a comunicação faz gala com estas transmissões, e põe nelas o entusiasmo dos opositores ao governo, esquecendo que este ano, as coisas parece terem melhorado e faria sentido reconhecer o trabalho deste governo!
Cheia de emergência e com uma injeção de liquidez na mão, vai sobrar para uns tantos. Afinal, quem anda à chuva molha-se!
Nada de maus pensamentos fala-se, tão-somente, das cedências de liquidez de emergência conhecidas por “ELA” (Emergency Liquidity Assistancy).
Na terminologia da política monetária europeia, são empréstimos realizados pelos bancos centrais nacionais a instituições financeiras com problemas de liquidez. São operações, normalmente envoltas em, secretismo para não criar pânicos nos bancos e gerar alguma corrida a um banco assistido.
Muito se tem falado, ultimamente, deste assunto e até num hipotético banco que se poderia chamar de “banco do meu avô”.
Compete especialmente ao Banco de Portugal "velar pela estabilidade do sistema financeiro nacional, assegurando, com essa finalidade, designadamente, a função de refinanciador de última instância". Assim, o Banco exerce a supervisão prudencial das instituições de crédito, das sociedades financeiras e das instituições de pagamento. O Governador do Banco de Portugal preside ao Conselho Nacional de Supervisores Financeiros, entidade que integra o Banco de Portugal, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e o Instituto de Seguros de Portugal.
O Banco de Portugal exerce também a supervisão da atuação das instituições na relação com os seus clientes – supervisão comportamental. Neste âmbito, o Banco de Portugal intervém no domínio da oferta de produtos e serviços financeiros – para que as instituições atuem com diligência, neutralidade, lealdade, discrição e respeito no relacionamento com os clientes – e também ao nível da procura de produtos e serviços – estimulando e difundindo informação junto dos clientes bancários, promovendo uma avaliação cuidada dos compromissos que estes assumem e dos riscos que tomam.
Uma iniciativa importante do Banco neste domínio foi a criação do Portal do Cliente Bancário – que permite, entre outras funcionalidades, a apresentação de reclamações sobre as instituições supervisionadas ou de pedidos de localização de ativos financeiros em caso de morte dos respetivos titulares.
Pondo de lado o mundo da alta finança, demasiado complicado para um simples cidadão, toda esta regulação, tão dispendiosa para o povo, deve certamente servir para lhe dar uma certa tranquilidade quando aplica as suas parcas poupanças nos balcões de uma entidade bancária de prestígio. Se assim não fosse, decerto, que o regulador poderia avisar atempadamente os portugueses de todas as classes de algum perigo que andasse no ar. É até de supor, que tal entidade reguladora, deveria estar atenta àquilo que se vende aos balcões das entidades bancárias nacionais.
Pelos acontecimentos recentes, tudo faz supor que tal informação não tem sido oferecida às classes mais “frágeis”, ou seja, reformados, trabalhadores menos experimentados nas lides financeiras, no fundo aqueles que estão neste momento a pagar toda a austeridade e demais efeitos perniciosos da crise, ou seja dos erros políticos!
Lembro que quem tem cortes em reformas pagas numa vida de trabalho, mais situações anormais de desemprego, mais brutais aumentos de impostos, etc. tem de estar protegido quando faz aplicações como “obrigações” vendidas nos balcões de entidades reguladas a peso de ouro!
A grande maioria dos portugueses que estão a pagar esta enorme austeridade, desconhecem o teor da Lei que regulamenta por exemplo as tais obrigações.
Por razões óbvias vão a um balcão e acreditam naquilo que quem o atende lhe assegura! Será que é bem-informado? Quanto a situações de falta de liquidez e de outros tipos similares, quem o informa atempadamente? Será justo que ainda tenha que arcar com falências fraudulentas? Mal, mesmo muito mal irão as coisas se assim for!
É esta a ideia que preside ao movimento de geminação de cidades ou vilas, que despontou na Europa pouco após a segunda guerra mundial. Atualmente, a geminação aproxima municípios, cidades e vilas de toda a Europa, unindo-os numa densa rede de cidadãos.
É também um conceito através do qual cidades ou vilas de áreas geográficas ou políticas distintas criam laços a vários níveis, sobretudo a nível cultural mas também económico ou outro.
Abre vias para conhecer melhor a vida quotidiana dos cidadãos de outros países, trocar ideias e experiências, desenvolver projetos conjuntos, sobre questões de interesse comum.
A geminação de cidades e vilas caracteriza-se por um empenho significativo por parte dos cidadãos, podendo, pois, conferir um impulso importante ao desenvolvimento da cidadania europeia e mundial.
O Homem está agora a descobrir que o Mundo é global, aquilo que as aves, os peixes e os animais sempre compreenderam!
Não posso esquecer a rica experiência de quando liderei a elevação de Queijas a Vila e, hoje, sabendo que não podemos nem iremos ser elevados a cidade, imagino outros caminhos de manter a minha terra no mapa e alargar a sua imagem.
Em viagem pela Galiza e quase dormitando num autocarro, vi na berma duma estrada uma tabuleta indicando uma localidade chamada Queijas, tal e qual!
Passou-me logo pela cabeça poder ser uma oportunidade de aproximar as gentes da minha terra com os povos galegos, historicamente enraizados connosco. De criar redes autênticas e não forjadas. Redes que reúnam coletividades regionais e locais e intervenientes também na economia social.
Lembrei-me dos “Caminhos de Santiago” e visionei o Santuário da Rocha, vi o mar e as bacias de Vigo ou da Corunha ferventes de atividades de pesca tradicional, marisqueira e de aquicultura marinha... ocupando 4,1% das pessoas ativas, ou seja, 45 mil pessoas.
Na Galiza mais de 13.000 pessoas trabalham no cultivo do mexilhão etc.!
Lembrei-me do estuário do Tejo (Lisboa, Oeiras e Cascais) e numa oportuna aposta pela criação de emprego na pesca tradicional, marisqueira e na aquicultura, perfeitamente conciliável com a atividade turística. Depois de despoluída toda a bacia.
A aposta, certa, de Oeiras na área dos serviços podia ficar reforçada pala diversificação. A Galiza é hoje o principal destino das exportações portuguesas”, “ Nos primeiros 11 meses do ano passado, Portugal exportou mais de 1750 milhões de euros para a Galiza”, A Galiza tem hoje uma enorme importância estratégica para o comercio externo português”, “ 507 milhões de euros entraram em Portugal vindos da Galiza nos últimos 14 anos” !
Mais, calcula-se que mais de 30 mil portugueses trabalham do outro lado do rio Minho.
Imaginei logo intercâmbios escolares, a geminação de dioceses, acordos de cooperação cultural e porque não, a geminação das duas Queijas.
Busquei de novo informações deste “pueblo” e fiquei a saber tratar-se de uma localidade pequena, mas muito bonita, envolta em “ turismo rural” e situada muito perto da Corunha.
Para o topónimo da nossa vila de Queijas fala-se de 4 possíveis explicações e bastante diferentes umas das outras. Uma delas julga-se oriunda do castelhano ou do Espanhol como se diz mais vulgarmente. Assim, em castelhano, os substantivos comuns "quexigo, caxigo, e cassigo", referem-se a uma espécie de carvalho. Ora, esta árvore, geralmente, cresce em serras, montes e zonas pedregosas. Como Queijas se situa num local elevado, é possível que o nome venha daí.
Será que para o topónimo do “pueblo” da Corunha a explicação também radica nesta hipótese?
Com geminação ou sem ela, importa fazer crescer e engrandecer a tal rede de cidadãos e no caso de Queijas, do concelho de Oeiras, precisamos que esta terra tenha mais vida própria e par tal mais desenvolvimento económico. Porque não, nos poucos terrenos ainda disponíveis em Queijas, alguns com vista para o oceano, fazer nascer um polo empresarial que traga emprego local?
A revista Visão publicou o artigo de opinião, da autoria do filósofo José Gil, intitulado "O roubo do presente" que se transcreve de seguida.
"Nunca uma situação se desenhou assim para o povo português: não ter futuro, não ter perspetival de vida social, cultural, económica, e não ter passado porque nem as competências nem a experiência adquiridas contam já para construir uma vida. Se perdemos o tempo da formação e o da esperança foi porque fomos desapossados do nosso presente. Temos apenas, em nós e diante de nós, um buraco negro. O «empobrecimento» significa não ter aonde construir um fio de vida, porque se nos tirou o solo do presente que sustenta a existência. O passado de nada serve e o futuro entupiu. O poder destrói o presente individual e coletivo de duas maneiras: sobrecarregando o sujeito de trabalho, de tarefas inadiáveis, preenchendo totalmente o tempo diário com obrigações laborais; ou retirando-lhe todo o trabalho, a capacidade de iniciativa, a possibilidade de investir, empreender, criar. Esmagando-o com horários de trabalho sobre-humanos ou reduzindo a zero o seu trabalho. O Governo utiliza as duas maneiras com a sua política de austeridade obsessiva: por exemplo, mata os professores com horas suplementares, imperativos burocráticos excessivos e incessantes: stresse, depressões, patologias borderline enchem os gabinetes dos psiquiatras que os acolhem. É o massacre dos professores. Em exemplo contrário, com os aumentos de impostos, do desemprego, das falências, a política do Governo rouba o presente de trabalho (e de vida) aos portugueses (sobretudo jovens). O presente não é uma dimensão abstrata do tempo, mas o que permite a consistência do movimento no fluir da vida. O que permite o encontro e a intensificação das forças vivas do passado e do futuro - para que possam irradiar no presente em múltiplas direções. Tiraram-nos os meios desse encontro, desapossaram-nos do que torna possível a afirmação da nossa presença no presente do espaço público. Atualmente, as pessoas escondem-se, exilam-se, desaparecem enquanto seres sociais. O empobrecimento sistemático da sociedade está a produzir uma estranha atomização da população: não é já o «cada um por si», porque nada existe no horizonte do «por si». A sociabilidade esboroa-se aceleradamente, as famílias dispersam-se, fecham-se em si, e para o português o «outro» deixou de povoar os seus sonhos - porque a textura de que são feitos os sonhos está a esfarrapar-se. Não há tempo (real e mental) para o convívio. A solidariedade efetiva não chega para retecer o laço social perdido. O Governo não só está a desmantelar o Estado social, como está a destruir a sociedade civil. Um fenómeno, propriamente terrível, está a formar-se: enquanto o buraco negro do presente engole vidas e se quebram os laços que nos ligam às coisas e aos seres, estes continuam lá, os prédios, os carros, as instituições, a sociedade. Apenas as correntes de vida que a eles nos uniam se romperam. Não pertenço já a esse mundo que permanece, mas sem uma parte de mim. O português foi expulso do seu próprio espaço continuando, paradoxalmente, a ocupá-lo. Como um zombie: deixei de ter substância, vida, estou no limite das minhas forças - em vias de me transformar num ser espectral. Sou dois: o que cumpre as ordens automaticamente e o que busca ainda uma réstia de vida para os seus, para os filhos, para si. Sem presente, os portugueses estão a tornar-se os fantasmas de si mesmos, à procura de reaver a pura vida biológica ameaçada, de que se ausentou toda a dimensão espiritual. É a maior humilhação, a fantomatização em massa do povo português.Este Governo transforma-nos em espantalhos, humilha-nos, paralisa-nos, desapropria-nos do nosso poder de ação. É este que devemos, antes de tudo, recuperar, se queremos conquistar a nossa potência própria e o nosso país."
Se no desemprego conjuntural os empregos perdidos podem ser recuperados com uma melhoria da conjuntura, no desemprego estrutural, os postos de trabalho perdidos, muito dificilmente serão recuperados.
Vem a talho de foice, tudo o que se passou em Portugal nos últimos dez anos. Para um bom observador e amante do seu país e das suas gentes, o dia-a-dia vai-lhe deixando marcas que perduram. A propósito, citaremos a título de exemplo, um tão apregoado “choque tecnológico”. Também o gosto de falar na rua com as pessoas que nos dão “troco”. No caso, jovens e idosos que, embora em campos opostos, muito têm a ver com a “suposta evolução” da sociedade. Na verdade é ela, que mais mexe com o chamado “desemprego estrutural”. Foram milhares de postos de trabalho que o país perdeu, com a introdução de milhares de equipamentos eletrónicos que varreram gente ocupada dos seus locais de trabalho. Certamente com destino ao desemprego ou a uma reforma, talvez, “antecipada”. Somos um país de idosos que muito ofereceram a outras gerações mais novas. Graças a Deus não morreram, mas mesmo passeando pela rua e transportes públicos, se percebe, como foram tratados sem qualquer respeito. Repudio aqueles políticos que querem comprar esta boa gente com bailaricos e almoçaradas!
Quando esta boa gente comprava o seu bilhete de transporte público, falava, informava-se e convivia com quem os atendia. Depois do “choque tecnológico, falam para máquinas. Ainda se falassem com máquinas simples, vá que não vá, mas não falam para máquinas que só intendem uma lógica informática. Que contemplam “n” situações diferentes, com dezenas de botões que têm instruções em letra minúscula, com portas de acesso eletrónicas, sem qualquer indicação se devem ser acionadas para a direita ou para a esquerda. Com telefones, algures, a jeito de falarem para o boneco etc.,
Cabe perguntar a alguém: “Quem ganhou com aquela eliminação de tantos postos de trabalho?
Que respeito e carinho houve por milhares e milhares de idosos, que felizmente estão vivos e, mesmo vendo mal, são felizes?
Ora, em todo e qualquer país e em todas as sociedades civis, há um fio condutor que assegura o seu progresso e a sua existência. Também o seu futuro. Este fio condutor é composto fisicamente (?) de duas realidades diferentes: uma de natureza humana e outra de natureza sobrenatural. Esta última, representa o seu passado e os milhões de pessoas que o serviram, mas que já morreram. A natureza humana representa aqueles que estão vivos e a representam. Dentro desta, teremos de muito acarinhar, os idosos e as crianças na sua especificidade e limitações!
Este fio condutor obedece a regras inscritas, talvez, na natureza. Aquela parte do fio, de condição humana, pode aguentar esforços de distensão rápida ou mesmo de estagnação ou compressão, mas nunca de rutura.