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O ENTARDECER

O ENTARDECER

MOMENTO DIFÍCIL

 

OPINIÃO DA GERINGONÇA

A líder do BE disse que a relação com o governo está num “momento difícil”, depois de o Executivo voltar atrás na taxa sobre as empresas de “energias renováveis”. O lóbi das eléctricas é poderoso e o PS é permeável. “ Seria bom que o BE não fosse também permeável, mas para tal, ter-se-ia que dar uma oportunidade ao BE para ele mostrar toda a sua determinação! Se assim fosse, logo teríamos resolvido não só o problema da produção e custo da energia mas também, com felicidade, o da água, começando a produzir e exportar “Icebergs” em série. E, para espanto de todos, não mais haveria fogos arrasadores! Nem gente medíocre na política …..

 

A população da Terra

 

Ultrapassa em muito as 6 000 milhões de almas. O crescimento populacional aumenta a um ritmo impressionantemente progressivo. É certo que ele varia segundo as regiões, e porque as condições para o povoamento não se oferecem igualmente repartidas, a densidade populacional é também muito variável. Algumas zonas são praticamente desabitadas: as regiões polares, os desertos de África, da Ásia Central, da Austrália, da América, as grandes florestas, os altos cumes. Outras são fortemente povoadas: as zonas industriais da Europa e dos Estados Unidos, os deltas e as planícies da Ásia do Sudeste, e os arquipélagos japoneses e malaio. 

De qualquer maneira as estimativas oficiais apontam para uma população mundial, em 2050, da ordem dos 9 000 milhões de pessoas.

 

A “JIHAD” petrolífera

 

Segundo Duncan, é do interesse vital dos cinco países produtores do Médio Oriente um controlo apertado da torneira do crude ao longo dos próximos vinte e cinco anos. Os seus interesses de longo prazo (40 a 50 anos no século XXI) não são compatíveis com as pressões dos países importadores desenvolvidos que querem mais e mais milhões de barris por dia colocados no mercado e a um preço barato.

O Médio Oriente vai transformar-se, por isso, numa região escaldante no presente século (XXI). Uma «guerra santa» prolongada à volta do petróleo, com diversos episódios, não deve ser excluída dos cenários. A maldição do “ouro negro”, raro e essencial para os países industrializados, o petróleo surge associado à instabilidade militar, não só no Médio Oriente como no resto do mundo.

Olhando atentamente no mapa, a verdade é que a dicotomia zona de conflito/petróleo repete-se muitas vezes. Com a exceção do Mar do Norte – onde o petróleo é explorado pelo Reino Unido e pela Noruega e dos Estados Unidos, a maioria das reservas está localizada em áreas instáveis ou potencialmente complicadas. Já que neste caso os problemas não se limitam somente ao Médio Oriente.

Mais ao norte, no Mar Cáspio, numa extensão de território dividido entre a Rússia e algumas repúblicas da ex. - URSS, fica uma das reservas mais importantes do mundo. Nas previsões de muitos analistas, por volta de 2010, sairão dali muitos milhões de barris de petróleo por dia. No entanto as expectativas na extracção de crude, são tão grandes como o risco de conflito político e militar. ÁREAS DE influência muçulmana no seu passado, estas antigas repúblicas soviéticas (Azerbaijão, Turquemenistão, Uzbequistão) são permeáveis ao fundamentalismo islâmico, sendo, por isso, provável que usem o petróleo como arma para pressionar o Ocidente. Nesta altura já assistimos naquela zona, ao conflito entre a Chechénia e a Rússia, só aparentemente gerado por um referendo. Luta-se em nome de um nacionalismo, mas também por questões de estratégia económica. O território Checheno é fundamental para a passagem dos oleodutos que trazem o petróleo do Mar Cáspio. Ainda em zonas de influência islâmica mas no Norte de África, não do Médio Oriente, existe outro dos grandes produtores de petróleo e gás natural do mundo: Argélia. Vive-se aqui uma instabilidade acentuada desde que, em 1992, as eleições legislativas ganhas pelos fundamentalistas islâmicos foram anuladas.

Devido à recusa em aceitar o poder nas mãos do partido islâmico, em pouco tempo, aquela era a mais próspera das nações do Norte de África passou a ser um país em guerra constante. Bastante vulnerável aos ataques do GIA (grupo Integrista Islâmico), a Argélia é, neste momento, uma ameaça para todo o Mediterrâneo e um enorme problema de difícil solução. A estabilidade política no Argélia é importantíssima para toda a União Europeia, na medida em que vem daí o gás natural, a principal alternativa de que dispõe relativamente ao consumo de petróleo. Se a norte a instabilidade é muita, no centro e no sul do continente africano a situação não é mais otimista. Entre conflitos étnicos e guerras de poder, ficam duas importantes reservas de petróleo: Angola e a Nigéria.

Em Angola, a guerra da independência durou quase 30 anos e decerto irá ter continuidade no enclave de Cabinda, região muito rica em crude. A morte de Jonas Savimbi, acalmou os conflitos, mas a paz em África apresenta, de forma constante, grande incerteza. A Nigéria, situada entre os 13 maiores exploradores, é conhecida pelos conflitos étnicos e religiosos. Na zona do delta do Níger, onde se fez a extração de petróleo, as empresas americanas anunciaram a suspensão das operações de extração dada a insegurança na área.

Segundo a “Human Rigths Watch”, o petróleo é a principal razão para inúmeros atentados aos direitos humanos naquela zona. A organização referencia execuções sumárias sem culpa formada e perseguições. Ainda em África, a grande aposta parece ser a extração no mar entre São Tomé e Príncipe e a Nigéria. Tal como, a Oriente, as grandes esperanças estão nos milhões de barris de petróleo que irão sair do mar de Timor Leste, país que, até 1999, viveu a ocupação Indonésia com a complacência da Austrália. Naturalmente por causa do Petróleo.

No continente americano, além dos Estados Unidos e do Canadá (em menor escala), a grande produção faz-se entre o México e a Venezuela, num eixo que inclui algumas das ilhas das Caraíbas, como Trinidad and Tobago. Também por estas paragens, como noutras partes do mundo onde o petróleo abunda, a instabilidade política, a grande diferença de classes e a corrupção marcam o dia-a-dia dos países e das populações. Terá ainda sido por causa do petróleo que os venezuelanos saíram à rua em Caracas, para pedir a Chávez que deixasse o poder. A empresa Petróleos da Venezuela foi a origem da greve de dois que parou o país. Apesar deste cenário de incerteza política nos países onde estão situadas as reservas de petróleo, a verdade é que as necessidades deste produto por parte dos países mais industrializados, vão continuar a crescer nos próximos 20 anos, sobretudo nos Estados Unidos. O Ocidente apresenta claramente grande fragilidade neste domínio. Estima-se que o consumo dos Estados Unidos seja em 2020 superior em mais de 10,3 milhões de barris àquele que teve em 1999, consideram-se também que a sua produção (das maiores do mundo) se irá manter. O que indica que a maior economia do mundo – que é também o maior consumidor de petróleo (19,9 milhões de barris por dia) – continuará dependente do exterior e das tensões nas áreas de extração, importando mais de metade do petróleo que consome. As estimativas de petróleo para 2020 mostram, no entanto, que o crescimento da procura irá aumentar por todo o mundo. Seja em África, na América latina, na Ásia, na Europa de Leste e na Europa Ocidental. Embora, no que respeita à União Europeia, o crescimento previsto seja menor. Tão industrializada como os estados Unidos, a redução na procura europeia pretende-se alcançar com a aposta no gás natural e no gasoduto do Norte de África. O petróleo ficará essencialmente para o sector dos transportes. A certeza é que a pressão sobre o consumo do petróleo irá aumentar nos próximos anos, mantendo-se como principal fonte de energia dos países industrializados.

Motivações Económicas

 

A vastidão e complexidade da economia mundial é de tal ordem que seria fastidioso e pretensioso, enumerar toda a rede de interesses comerciais que provocam conflitos de dimensão assinalável! Ou tão-somente, instabilidade generalizada de forma constante.

Todavia no mundo actual, há uma rede comercial internacional, que se sobrepõe às demais. Sobretudo quando se fala de uma área geográfica, Médio Oriente, que está literalmente assente sobre uma gigantesca mancha do chamado “ouro negro”! Trata-se do negócio do petróleo.

Quando as tropas da coligação anglo-americana iniciarem o ataque ao Iraque, será já claro que o petróleo, principal fonte de energia do ocidente estará na origem da guerra. Tal como antes, fundamentava a posição franco-alemã, nas Nações Unidas, contra a intervenção militar, mais uma vez o “ouro negro” semeava a discórdia entre Estados. Este ouro «ainda vai trazer muita guerra na região» afiança Richard Duncan, o presidente do “Institute for Energy and Man”, sediado em Seattle, nos Estados Unidos. Como pano de fundo está um estudo prospectivo deste mesmo Duncan que aponta para um período muito crítico em que se vai jogar a liderança mundial desta escassa mercadoria, e cuja contagem decrescente já começou.

Duncan parte de duas constatações que não são contestadas por ninguém: as reservas de petróleo devidamente comprovadas são detidas em 77,6% pelos países da OPEP e, neste grupo, uma fatia de 63,8% está nas terras dos cinco «magníficos» do Médio Oriente – Arábia Saudita, Emiratos, Irão, Iraque e Kuwait.

Acontece ainda, ser este crude, em todo o mundo, aquele que apresenta os mais baixos custos de produção. Está muito à superfície e em terra. Entrando na prespetiva de Duncan, os cenários futuros do mercado de petróleo apontam para uma sucessão de datas com implicações geoestratégicas que não podem ser ignoradas.

Datas a Reter:

2006 - Pico da produção mundial de petróleo

2008 – Inversão da relação entre OPEP e produtores de petróleo não - OPEP

2025 – Domínio dos 5 países do Golfo dentro da OPEP

2040 – Produção mundial de petróleo caiu em 60% em relação ao pico de 2006 e os países do Golfo produzem 92% da produção de petróleo!

Por este estudo, oficialmente credenciado, a produção mundial de petróleo atingirá um pico mundial histórico em 2006, altura a partir da qual deverá entrar num período de desaceleração de 2,5% ao ano, caindo em 60% até 2040. A liderança absoluta da OPEP – e, por arrastamento, do ouro negro – será progressivamente localizada no Médio Oriente.

SER LÍDER SINDICAL

 

Um líder que não goste do que faz ou que realize as suas tarefas apenas por obrigação, acaba transmitindo isso mesmo à sua equipe, deixando-a desmotivada. Não adianta nada, ter todas as características e capacidades para exercer uma função de líder, se não gostar do que faz ou da empresa na qual trabalha; 

Ter uma desorganização pessoal pode reflectir-se na liderança e trazer diversas consequências para o seu trabalho. Um bom líder deve saber organizar, não só as suas tarefas, como também as da sua equipe e empresa. Pequenas atitudes como ter uma agenda, e um plano de controlo, serão o suficiente para manter um trabalho bem organizado.  Porém, nos dias de hoje, sem uma visão dos vários interesses em jogo, mais uma cultura geral da vida social e dos interesses comuns na sociedade, tudo o resto, será insuficiente insuficiente para um bom desempenho. Nessa visão que
anteveja o futuro da sociedade em que se vive, deve também executar um papel de agente social aglutinador e proporcionar a construção de um futuro comum, sem isso, nunca será um bom líder sindical, por exemplo.

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